terça-feira, agosto 31

novidades

Há muito que não disponibiliza novos links, novos bloques. Porque é novidade faço-o agora e destaco um blogue das redondezes que fala sobre um pouco de tudo.
Mas, porque é de uma cidade de que gosto, tem uma escrita escorreita e agradável, apresenta pontos de vista interessantes, em meu entender, resolvi aqui disponibilizá-lo.
Como é hábito não consto nas referências ali efectuadas, certamente por questões de reciprocidade.

já agora uma ajuda a quem puder ou souber. Referenciei há dias um blogue que teria um nome qualquer coisa como 2mil e uma fábula, será? ao qual não consigo voltar. Há alguém que me possa ajudar a referenciar o dito cujo? antecipadamente grato pela atenção.

notícias da terra

de quando em vez procuro ter tema para falar desta cidade. Outras procuro situar-me na região. Estou certo que por incapacidade e limitação minha mas não encontro um tema que, no âmbito das minhas incapacidades e estreitos conhecimentos, consiga levar até ao fim, consiga, permita-se-me este arremedo, descascar.
Não quero escrever apenas por opinar, perante a qual todos temos direito, ainda que possa não interessar à generalidade das pessoas, mas Évora e o Alentejo, carecem de um protagonismo que os seus diferentes actores [eu incluído, enquanto cidadão] não têm conseguido interpretar.
As visões em jogo são, no meu entendimento, algo estreitas, limitativas, condicionadoras da própria acção. Seja no turismo, onde permanece uma visão fixista, estática, ultrapassada, de uma região que é muito boa porque está parada no tempo, que tem produtos muitos bons por que são feitos à moda antiga, quase num orgulho de pobrezinhos e simplezinhos, como na política onde se discute apenas porque voto ao lado, discordo porque me fica bem e permanece uma discussãozinha pobre e barata entre um norte alentejano, Alentejo Central e um Baixo Alentejo obrigando, à viva força, à existência de três alentejos. E, mais incrível, transversal aos partidos políticos, interno aos partidos políticos.
À parte estas pequenas discussões, que a poucos interessam mas que perante muitos mobilizam forças, vontades e empenhos, não consigo descortir uma ideia aglutinadora, uma visão prospectiva, um sentido estratégico, um protagonismo assumido.
A própria blogosfera é disso reflexo. Para muitos blogues de início de forma clara e assumidamente demarcada, agora acaba por ser pequenos apontamentos de oportunidades perdidas.
Isto por causa desta notícia, que acaba por perder sentido e oportunidade diluída que se encontra num fim de estação mais que amorfo.
Em meu entendimento e desejo esta região é mercedora de mais. Muito mais.

despertar

...o Mário tem hoje, no jornal da terra, um dos seus melhores momentos de escrita. Em face da morte de um conterrâneo, de todos conhecido, pela profissão, pela dimensão da cidade, pelas suas características e personalidades, a escita do Mário despertou, em face da morte, ou por ela mesma.
Não podia, seria indelicado da minha parte, deixar passar um momento que me tocou. Gostei. Parabéns mário.

enfim

depois de uma longa sensação de desespero, à espera das colocações docentes de que sou alvo, um enfim sós. Novamente no princípio de tudo, por vezes sinto que até da minha profissionalidade.
Sensação estranha esta de tudo ficar na mesma.

segunda-feira, agosto 30

Ousadias

... e algumas impertinências me sejam permitidas por jogar com coisas dos outros.
mas juntem estas duas partes - uma de texto, outra de imagem - e digam lá se não casam bem?.
Os autores que me perdoem, mas são dois sítios imperdíveis nesta blogosfera feita de tantas imagens e de tantas palavras. São sítios que valem pela imagem, o do Luís, pelo texto o do Mário. Não me enganei, não.

palavras sociais

... escritas nas paredes de um dos bairros mais pobres da cidade de Badajoz, paredes meias com o frenesim de hipermercados, stands de alta cilindrada: quem abdica dos seus direitos, abdica da sua dignidade.
Aparentes contradições? ou simplesmente coincidências do crescimento urbanístico? vá-se lá saber.

cumplicidades

São bonitas, pelo menos assim as sinto, as cumplicidades que a blogosfera permite e fomenta.
Umas mais cúmplices que outras, umas com mais ou menos vergonhas e alguns embaraços, mas que são bonitas, lá isso são.

domingo, agosto 29

músicas

As arrumações têm um privilégio enorme, redescobrimos coisas, palavras, imagens, sons que vemos, ouvimos e sentimos como se de uma descoberta se tratasse.
No meio dos discos oiço Swing Low, Sweet Cadillac, maravilhoso, dos deuses.

Este senhor, com este instrumento nas mão é simplesmente divino.

imprevisibilidade

Que todos temos um pouco de imprevisível é verdade, que há mulheres que são muito imprevísiveis, também o sabemos. Mas ele há com cada coisa.
A esposa está de serviço e eu, armado de boas intenções e algum romantismo, apesar e com os filhos à perna, resolvi esmerar no almoço.
O que se pode fazer, o que há de disponível, e lá vamos nós meter as mãos na massa, na carne, na fruta, no doce, onde se teve uma oportunidade.
A mesa estava toda jeitosinha ou, como a filha disse, catita.
A esposa chega num curto intervalo para almoço. Primeiro comentário de satisfação e agrado. Fiquei contente, depois do esforço e da dedicação de ter passado um bom bocado da manhã com as mãos naquelas coisas todas.
Mas... Depois, há mesa, fez justiça da clara imprevisibilidade das mulheres, ou de algumas mulheres [não quero correr riscos de generalizar abusivamente]. Comentário, entrecortado entre uma garfada aqui e outra ali, quer dizer que, apesar de fazer melhor, já não faço cá falta?
Comentários para que? é uma artista portuguesa na arte do desmancha prazeres.

Oportunidade

A blogosfera hoje é mais que uma raiz do pensamento. Começo a ter a leve sensação que é pensamento em si mesma.
Será difícil que alguém pense em cortar esta hipótese. Perder-se-iam belissímas oportunidades como esta do alentejando. Simplesmente genial de simples e directa que é.

eleições

Por enquanto apenas na terra do Tio Sam e, por isso mesmo, vei parar à minha caixa de correio esta peça - http://images2.shockwave.com/afassets/flash/this_land.swf.
Percam o tempo necessário para a acompanhar até ao fim e estou certo que não se arrependerão.

sábado, agosto 28

pagamento

Recebi, no decorrer da semana, uma carta registada com aviso de recepção oriunda do IRS. Pensei que seria a notificação do cheque que há muito se deseja cá em casa.
Mas não. Quando abro a carta reparo que, afinal, sou intimado a pagar 59€. Mas espera aí, eu já paguei isto, pensei para com os meus poucos botões de Verão.
Lá vasculhei os extratos bancários e acabei por encontrar. Pagamentos ao Estado, liquidado com data de Julho.
Afinal, das duas uma, ou tenho que pagar outra coisa no mesmo valor e com a mesma referência de pagamento ou simplesmente o Estado não consegue perceber que o contribuínte já pagou.
E ainda me falam em cruzamento de dados e de informação para perceber quem é devedor ou não? Estou mesmo a ver quem irão ser os desgraçados alvo destas trocas de informação.

barco

Na questão do barco do aborto o governo revela a sua hipócrisia, a sua arrogância e falta de bom senso, como revela um conjunto de valores dos quais o senhor Bush não desdenharia.
Felizmente que existe Espanha, para aqueles, perdão, para aquelas que podem. Provavelmente muitas que se afirmam agora contra este barco que, mais do que infrigir qualquer legislação, praticar qualquer crime, alerta para factos, dados concretos de uma realidade que continua, teimosa e hipocritamente a ser omitida, escondida, envergonhada e a desbaratar a saúde de inúmeras mulheres.
Haja vergonha senhores governantes. Haja vergonha.

rato

Dá-me a ligeira sensação que o meu rato, o do PC, pois claro, se terá passado. Procuro subir ou descer o ecrã e ele desliza exactamente no sentido contrário àquele que lhe solicitei.
Já o limpei, já lhe retirei umas quantas obstruções rotativas e permanece na mesma. Raticies.

coroa

Depois de uns quantos dias em que não percebemos que estávamos em Agosto o calor regressou com a força e a pujança dos últimos dias de férias.
Na aldeia, entre conversas tortas e coisas tontas, um velhote, por causa das variações do tempo, diz é a coroa de Agosto.

quinta-feira, agosto 26

do chaparro

Apesar de atrasado é sempre a tempo que damos os parabéns a quem de direito.
O nosso conterrâneo O Chaparro, fez ontem um ano de blogosfera.
Apareceu num momento de queda de uma intensa troca de galhardetes que marcou a blogosfera eborense à coisa de um ano atrás.
Apesar de pouco frequentado pelo seu responsável, mantém a sua presença com um ou outro galhardete e uma teimosia em ignorar os que por cá andam, qual avestruz que se esconde para fugir à realidade.
Parabéns, e que apareça mais vezes.

crise

Que estamos em crise, já nós, infelizmente, sabemos, sentimos e nos apercebemos dos seus contornos.
Agora há diferentes formas de lidar com a crise.
A propósito da minha mudança de instalações solicitei a duas empresas cá do burgo um orçamento para uma estante. Isto vai para duas semanas. Até hoje, apenas uma delas me contactou a solicitar alguns elementos, o esclarecimento de algumas ideias em face do desenho que deixei. Quanto ao orçamento nada.
Afinal, a crise é mais para uns que para outros.

quarta-feira, agosto 25

silêncio

Desde que por aqui escrevo que procuro não fazer muitos alardes da minha escrita, da minha presença. Reconheço, contudo, alguma da minha impertinência, alguma das minhas aleivosias. Como reconheço que procuro referenciar os sítios de interesses, uns com mais interesse que outros, uns que ficam residentes e outros que apenas são focados de passagem. Mas procuro não esconder o gato e deixer o rabo de fora.
Mas é engraçado ver alguns que procuram silenciar outros, ver uns a procurar esconder outros, ver uns quantos que por qualquer pretexto ou limitação procuram o sliêncio.
Isto a propósito desta página que, com algum desplante não referencia nem metade dos blogues que se encontram referenciados em qualquer página oriunda do Alentejo. Ou é má fé ou é incompetência.

fazedores

Não vou defender que no outro tempo é que era bom, pois sei que era mentira. Mas começo por aí.
Antigamente a cidade de Évora tinha espaços onde se construiam ideias, se discutiam opiniões, se trocavam palavras, mais ou menos amargas, sobre tudo e sobre nada.
Os grandes cafés, seja nesta cidade ou em qualquer outra de média dimensão, eram espaços privilegiados para se saber e conhecer o quotidiano local, as histórias, as intrigas.
Eram espaços que ajudavam a fazer opinião.
Nos dias de hoje a praça do Giraldo estabelece-se como um dos pontos de encontros de uma dada geração que teima em não arredar pé das crónicas, dos comentários, do obituário local, da dissecação do jogo de ontem. Mas não serve já como local dos fazedores de opinião. Não é já um local onde nos possamos encontrar para debater e trocar ideias, para perceber como é que esta coisa funciona.
Posso ser o deslocado, posso ser eu que por razões várias, não circulo nos corredores onde se discutem ideias, se constroem opiniões, se faz a opinião.
Mas sinto falta de um espaço destes. Daí a minha prevalência neste espaço da blogosfera onde posso colocar a mimha opinião, partilhá-la com outros, beber em outros outras ideias e pontos de vista. Mas Évora carece de um maior dinamismo público.

afogou-se

Ontem foi dia de balanço para os lados do Instituto de Socorros a Náufragos. À noite mais dois que se afogaram em mares diferentes. O Benfica, que não há meio de arranjar traquejo para ultrapassar tremeduras saloias e ingénuas demais para um clube que quer (queria) recuperar algum do prestígio depauperado ao longo das últimas duas décadas. É tempo de demais para se estar na mó debaixo. A União de Leiria que morreu na praia.
São os clubes que temos. Para desgraça dos meus bocadinhos todos, resta-me pensar que sobressai o FCP, que vai para além da mediocridade e da mediania saloia da generalidade do futebol português.

parabéns

Depois das impertinências, e da devida resposta, os parabéns ao Luís Carmelo.
50 primaveras já lá cantam. Bonita idade esta. As felecidades e os votos de mais 50.

terça-feira, agosto 24

irreverência

Pelo desculpa se sou impertinente mas não resisto a comentar uma ou outra situação social que pode ocorrer.
Amanhã o meu conterrâneo Luís Carmelo fará 50 primaveras. Ainda não produziu o suficiente para satisfazer aqueles que, como eu, gostam da sua escrita, do seu traço, do arrumar de ideias, do desmontar de sentimentos.
Mas o que quero abordar é a sua festa, espero que não seja surpresa, que já se comenta, que já preocupa uns e outras no arrumar do trapinho, no arranjar da toilete, etc.
Perguntei eu, entre o ingénuo e o irreverente, se andaram juntos no liceu cá da terra, uma vez que têm a mesma idade. Resposta negativa, apenas conhecimento social.
E tanta atarefação.

admiração

Enquanto na companhia dos filhos bebia um café e eles uma água senta-se a meu lado, no café arcada, a figura do prof. Eduardo Prado Coelho.
Lá saberá o que anda a fazer. Acompanhado da imprensa diária e de mais algumas revistas, que ficam sempre bem debaixo do braço, pediu uma água e um pastel de nata.
Senti vontade e curiosidade de o abordar, de comentar alguns dos seus comentários, de com ele trocar palavras para tentar perceber se a voz soa como nas palavras escritas.
Fiquei-me apenas pela vontade, de modo a evitar aquelas coisas típicas do contacto imediato entre o povo e a figura mediática em que, de dedo indicador espetado, se grita a plenos pulmões, hó mãe aquele senhor escreve no jornal que o pai lê; se não é ele olha que é muito parecido.

segunda-feira, agosto 23

discussão

A discusão que tem trazido o Partido Socialista entretido e algo distraído também, tem merecido do meu olhar a maior atenção e um gosto particular.
Atenção pelo teor das ideias e das propostas que se têm discutido. Há tempos defendi que esta discussão corria o sério risco de trazer para a praça pública mais roupa suja que argumentos, mais vozearia que ideias. Mas não. Felizmente e graças a qualquer um dos candidatos que se apresenta, a discussão só tem merecido felicitações e aplausos. (Ainda, é certo, que aqui e alí haja um trica ou uma baldroca que fica sempre bem no boneco e sempre ermite mais umas quantas linhas num qualquer jornal. as o grosso da questão, o cerne da dita cuja, tem, em minha opinião, tido elevação e seriedade).
As ideias são, todas elas aproveitáveis. Desde o choque tecnológico, à redefinição do papel do Estado ou à constituição de parcerias e novas formas de contratualização social, são elementos a aproveitar para um futuro próximo. Apenas me surpreende o facto de este conjunto de valores andar ou distraído ou menosprezado pela opinião públicada.
Um gosto muito particular porque se nota a maturidade e a diferença de posições entre os candidatos e, nomeadamente, daquele que gostava que fosse lider do PS, José Sócrates.
Se é certo que não tem a bagagem e a estaleca republicana e laica de Manuel Alegre nem a cábula preciosa de João Soares, não é menos certo que está a provocar um certo turpor a alguns sectores da direita.
Se é certo que tem um certo à-vontade perante as multidões e perante as televisões, não menos certo é que não tenha trazido argumentos e elementos à discussão que têm embaraçado uns quantos opinion makers.
Importante, importante é não nos distraírmos com pequenas coisas e esquecermos o essencial da questão, a governação do país e as ideias que para ela são fundamentais.

crónicas de fim-de-semana

Passei o fim de semana nos arrabaldes de Lisboa, do lado de cá, Almada, aquele que tem mais alentejanos por metro quadrado que qualquer outro lugar, em particular no Alentejo.
O pretexto foi o casamento de uma filha de um primo.
Primo ido para aqueles lados há mais de trinta anos, onde casou e teve filhos, onde teve trabalho e oportunidades outras de fazer vida e de se fazer à vida.
Na festa, tipicamente de aldeia, em plena cidade, pensei nos emigrantes e nas segundas gerações.
Enquanto uns gostariam de regressar à terra, a outros a terra nada lhes diz. É algo a que pertencem por mero acaso. Os problemas e as situações agora vividas são distantes daquela gente, daquelas terras. Os primos, agora em segundo grau, são peças de admiração, e alguma risota, pelas vestimentas, pelo falar, pela distância que nos une.
De uns a outros ficam apenas pequenos laços de amizades passadas, de uma consaguinidade cúmplice, de uma ou outra recordação de momentos traquinas passados na aldeia.
A festa, essa, foi gira, afinal como qualquer outro casamento.

sealy

A estação tonta ainda marca pontos, se faz sentir, marca o ritmo.
O país anda atrasado, será adiado?, nota-se uma certa dificuldade no arranque desta letargia de verão.
O governo procura passar o mais despercebido possível, nota-se a sua ausência dos telejornais, das notícias do nosso quotidiano. A oposição está a banhos, uns a descansar do stresse que foram as últimas eleições, outros a preparar festas e outros ainda a preparar novas lideranças.
Os serviços públicos ainda não largaram a conversa sobre a praia, a areia, os romances e as noites de verão. O comércio está parado, os empregados conversam uns com os outros encostados à umbreira da sua sombra. Os poucos clientes mais não são que turistas algo acidentados que procuram pechinchas em fim de estação.
Ando sem saber o que fazer. Se preparo e organizo o meu trabalho, mas ainda não sei onde irei estar, se me ponho em limpezas e a organizar a mudança, mas ainda me parece faltar tanto tempo.
Entre uma dúvida e outra, blogo, passeio pela blogosfera, disfruto de amizades e cumplicidades. Logo mais atrevo-me por uma esplanada.

sexta-feira, agosto 20

proximidade política 2

Ontem referenciei um blogue partidário, suporte a uma candidatura local. Hoje, porque só agora o referenciei, destaco o blogue de Manuel Alegre, candidato, como saberão, a lider do PS.
Não sei se os outros candidatos também têm blogue (mas qual a importância de um blogue?, para que serve um blogue numa candidatura partidária? - se ainda não percebeu é porque tem andado distraído(a)), mas confirma-se a ideia que ontem expressei, a da importância deste meio como forma de aproximar eleitos e eleitores, de participar na construção de novas formas de democracia.

província

Por causa do passeio de ontem, reforça-se-me uma ideia que discuto há muito com amigos, colegas e outros.
Évora continua a ser uma cidade de província, como o era há trinta anos atrás. É certo que cresceu, se diversificou em algumas áreas. Mas permaneceu a mesma e pequenina cidade de interior. Agora mais próxima de Lisboa, pouco mais de uma hora, e de Espanha, sensivelmente à mesma distância.
Se não formos exigentes, se não quisermos nada de específico ou de especial, o comércio da cidade tem para oferecer. Agora se somos um pouco mais exigentes, mais específicos ou queremos algo diferente o comércio eborense fica muito aquém das expectativas e nem de perto nem de longe encontramos aquilo que queremos. Seja um livro, uma peça de roupa, um acessório de bricolage, uma esplanada ou qualquer outra coisa.
As razões serão várias, diferentes, com diferentes causas e por diferentes razões. Mas enquanto Évora não ultrapassar esta menoridade não há estatudo político, próprio ou atribuído, que lhe valha será, cada vez mais, uma cidade de pronvícia. Falta saber se com pessoas de província também.

do descanso

Ontem, percorrendo lojas no centro de Mérida, encontrei um conjunto de capas de arquivo, um misto entre livro e capa, que me podem ser úteis no dia-a-dia profissional.
Utilizo muito fichas de formato A5 para coligir ideias, anotar opiniões, registar situações e que habitualmente andam dependuradas do meu bloco de notas, também da mesma dimensão. Ou lhe coloco um elástico ou andam constantemente a limpar o chão da escola.
Esta capa permite individualizar as fichas, conjunto por turma ou por assuntos, é prática porque pouco maior é que um vulgar dossiê A5 e cabe-me na pasta sem incómodos de maior.
Comentário da esposa, estás pronto para regressar ao trabalho, quando começas a pensar no trabalho é sinal que estás descansado o suficiente para regressar.
E é verdade.

construção

Quando o comentário crítico adopta posições de participação cívica e política, adquire-se uma elevação no discuro que será merecedora de atenção por parte de quem de direito e que dignifica quem escreve e quem pode responder.
Isto é, e eu tento trocar por miudos, utilizar um qualquer meio de informação para chamar a atenção do que está mal, do que foi esquecido, de tentar colmatar lacunas e deficiências é um acto cívico e de participação democrática. Se os responsáveis puderem dar resposta, o cidadão fica com a clara sensação de ter contribuído com algo de seu para o que é o bem comum.
Isto a propósito de um certo redireccionamento que o meu conterrâneo Mais Évora tem adoptado desde que regressado de férias.
Um artigo que me ajuda a compreender e a olhar, claramente sob um perspectiva diferente e mais interessante, digo eu, para a nova variante cidadina e um outro artigo onde, qual Diário do Sul, é feita a chamada de atenção para factos que, provavelmente pelo tempo, passam despercebidos aos responsáveis autárquicos.
Gostei. Não tenho que gostar ou deixar de gostar, mas que é bonito, lá isso é.

portunhol

Há uns anos, quando se discutiu e votou a regionalização, um dos argumentos dos defensores do não à regionalização, consistia em afirmar que Vigo se tornaria a capital do norte, Salamanca do Centro, Badajoz do centro sul e Huelva no sul. Não conheço os desenvolvido ocorridos em todas as zonas e nas cidades referidas, nem o protagonismo regional assumido, mas quanto à zona da Estremadura, nomeadamente a Badajoz é claramente a capital desta zona.
Ontem, nas ruas de Badajoz, praticamente apenas se ouvia falar português, aqui e ali entrecortado por um portunhol na qual uns e outros se procuram entender.
Para além disso, esta cidade raiana encontra-se com uma dinâmica comercial, económica, social e política imparável há já um bom par de anos, que fez com que se abrissem novas artérias, se renovasse toda a zona antiga comercial, aumentasse a zona habitacional e seja, clara e objectivamente, um fenómeno de atractibilidade regional que não tem nem comparação nem contraponto do lado de cá da fronteira.
E não houve regionalização.

quinta-feira, agosto 19

cassetes

Depois de muitos comentários e muita tinta, permitam-me a pergunta:
que me interessa a mim esta telenovela de k7 em punho?
que mais valia me pode trazer o apurar dos factos, se foram efectivamente roubadas, ou não, se a transcrição corresponde ao efectivamente gravado, ou não?
Que o segredo de justiça só o é para o que não tem dinheiro nem possibilidades de contornar pequenos obstáculos, já nós sabemos. Que há, como teve oportunidade de dizer o bastonário da ordem dos advogados, dois pesos e duas medidas na justiça, também já o sabemos. Que perdura nestes casos e nos tempos que correm a lei do menor custo com maiores proveitos, também.
Afinal, esta discussão interessa a quem? com que objectivos e finalidade? que discussão é esta, afinal.

proximidade política

No reconhecimento que efectuei pelos blogues favoritos, depois de regressar da minha pausa, encontrei um que me merece não um mas vários comentários.
É ele o blogue da candidatura de António José Dieb à distrital de Évora do PSD.
Este blogue e a posição que o sustenta, só pode merecer o meu reconhecimento e o louvor de trazer a política partidária para este espaço e defender uma transparência de posições e uma atitude que claramente não é usual e não cai lá muito bem nos seus próprios correlegionários.
A entender como verdadeiros e correctos os comentários que ali se encontram, eles denotam algum receio, algum comedimento por esta atitude.
Para aqueles que como eu defendem o debate de ideias, a troca de opiniões, a proximidade entre eleitos e leitores e a supremacia de uma democracia participativa, só posso e devo louvar esta iniciativa.
É certo que ainda lhe faltam ideias, posições e opiniões que possam fomentar aquilo que defendo. Como ainda falta algum tempo para as eleições internas, estou certo que elas aparecerão.
É, afinal, o reconhecimento algo incontornável desta realidade, do que ela traz consigo. Pelo menos e ao contrário de outros que consideram a blogosfera como um espaço de intelectuais e de arremetidas inconsequentes, Tó-Zé Dieb avança, com algumas cautelas, é certo, mas avança.
São pequenos passos que devem ser dados, a democracia é isto mesmo, participação, transparência, ideias, debate. Só pode ter medo quem não aceita a democracia.

estórias de férias

Por onde andei a banhos, praia do Alvor, Portimão, deparei com uma cena que me entristeceu, me fez pensar e me coloca grandes interrogações.
A situação diz respeito aos sotaques portugueses, do norte minhoto ao sul algarvio, cada terra tem um sotaque que o caracteriza, distingue e marca não apenas a sua zona regional mas as suas características, particularidades e especificidades sociais.
Num dos meus lados um casal da zona de Viseu, a carregar nos ss, a trocar os vv pelos bb, não sentia qualquer constrangimento na afirmação do seu regionalismo.
Atrás do meu guarda sol, um outro casal mais os seus dois filhos do alto minho, como os anteriores sentiam orgulho e faziam questão de o mostrar por intermédio do seu sotaque.
De um outro lado, um casal, ele com pouco mais de 40 anos, ela lá perto, mais uma filha aparentemente no início da adolescência; quanto esta levantava um pouco mais a voz, a mãe repreendia-a com a afirmação que não tinham que mostrar que eram alentejanos.
Não quero generalizar, porque sei que não é passível de generalização, não quero ser abusivo mas que me senti incomodado, lá isso senti.
Que razões podem levar um casal a afirmar o seu regionalismo, a sentir orgulho do seu sotaque e um outro a sentir exactamente o contrário? que fantasmas ainda tingem a nossa memória colectiva que nos constrange e oprime?

quarta-feira, agosto 18

aquecer

Neste regresso tenho repegado na leitura e na escrita de modo lento, quase que cauteloso.
Quer na leitura dos amigos bloguistas, daqueles que considero imperdíveis (todos os que estão ao lado assinalados), tenho acompanhado com alguma desorganização, sem muito nexo, um clique aqui, um outro ali e quase que não me consigo aperceber daqueles que já regressaram de férias, daqueles outros que ainda não tiveram oportunidade de as gozar, como de outros que recentemente rumaram a outras paragens.
A escrita tem sentimento igual. Tenho algumas ideias para escrever, muitas vontades de trocar uma ou outra opinião, de comentar isto ou aquilo mas, pelo estado de lassidão em que ainda me encontro as palavras saem devagar, devagarinho e não encontro, por enquanto, coerência no meu raciocínio.
Pode ser que passe.

olímpico

O ano é olímpico.
A glória desportiva tem sido parca e avara.
Agora são os rapazes da bola que regressam a casa sem glória nem estórias para contar. Tudo aquilo que possam dizer poderá servir apenas para uma de duas coisas, ou se enterram mais ou sai asneira.
Em que ficamos. Felizmente não temos o senhor primeiro-ministro a pedir que tragam a taça. O presidente, precavido, foi mais comedido - gato escaldado ou apenas mais conhecimento do que o resto do comum dos mortais?

O fim da política (?)

Este artigo, da prof. Maria Filomena Mónica, deixa-me algo irritado e com bortoeja na pele.
A insistência com que alguns sectores - políticos e ideológicos, mas também jornalísticos - teimam em sublinhar, que é chegado o fim das ideologias, da política e das ideias só me causa arrepios, comichão e incontinência verbal.
Como se existisse, de modo exclusivo, um tempo, um espaço, um lugar restrito das ideias, das convicções, das ideologias, das vontades de sonhar e de lutar por algo.
Como se o presente, marcado por estes tempos do mediático e do global, nada disso fosse possível, ficasse mal, deslocado no tempo e no espaço das ideias. A política, agora, e de acordo com essas cabecinhas, é um lugar vazio, acéfalo, onde a vontade de sonhar dá lugar ao supermercado de ideias.
Não sei se apenas são nostalgias próprias da idade, se incapacidade de ver o mundo que nos rodeia.
Será que os meus filhos não vão ter sonhos de lutar por um Portugal melhor? será que as disputas eleitorais se irão circunscrever a debates televisivos deixando de lado as disputas do nosso bairro, da nossa freguesia, da nossa cidade? Será que não se poderão determinar outras, talvez novas, talvez reformuladas, formas de participação e de debate?
Será que a defesa das ideologias e das ideias é fixista e exclusiva de momentos? ou será que podemos aspirar a outros momentos, a outras ideias?
Com toda a arrogância, pretensiosismo e tudo o mais, não concordo com a prof. Filomena Mónica.

campanha

O Partido Socialista anda, como muitos certamente saberão, em campanha para o seu lider. Ontem passou por Évora o candidato que apoio, José Socrates.
No meio de palavras de circunstância e atitudes politicamente correctas sobressairam duas ideias que me reforçaram convicções, me sublinharam as possibilidades de futuro.
Primeiro, o reconhecimento que senti nas suas palavras. Gostava de ter dito aquilo, daquela maneira, com aquela disposição. Este sentimento, de reconhecimento nas palavras de outro, é mais de meio caminho andado para que possa existir empatia e simpatia. As palavras foram simples, práticas e, como disse antes, politicamente correctas, diziam respeito a questões de geração, de monopólio de ideias, princípios e ideologias, de vontades de sonhos e de acções. Gostei.
Como segunda ideia que retive, a clara capacidade de concregar gente, de falar a todos como se falasse com uma só pessoa, a capacidade aglutinadora de olhar a todos e de nada excluir, seja por que razão for.
Foram duas ideias que me deixaram mais convencido da minha opção. Espero que seja possível convencer mais gente.

terça-feira, agosto 17

objectivos

Pelo facto de iniciar o segundo ano de escrita na blogosfera, pensei em alguns objectivos, meramente pessoais, e que me podem acompanhar e ajudar a perceber esta escrita.
Passado pouco mais de um ano de escritas, posso comparar momentos, dias, ideias, situações ou casos que se repetem.
Por isso, um dos objectivos é procurar evitar repetições, reforço de ideias, ainda que existam situações que pela sua particularidade poderão ser merecedoras de uma maior atenção.
Um outro objectivo para este meu espaço consiste em partilhar ideias, procurar pontos de vista que não sejam apenas meus mas que se enquadrem em preocupações ou situações mais abrangentes. Os comentários que me fizeram chegar, as observações que me foram feitos, as críticas que me atingiram assim o determinam.
Estas minhas crónicas não são um diário, como outros legitimamente o desenham e o preenchem. São antes um quadro de ideias, um ponto de encontro de sensibilidades, algumas não coincidentes mas que se reconhecem na blogosfera, nesta cidade de Évora ou nesta região Alentejo ou nas temáticas que abordo.
Assim e por isto mesmo, procurarei destacar, ao longo da semana, pequenas ideias em forma de apontamentos. Procurarei mais um questionar do que afirmar o que quer que seja.
Pontualmente procurarei desenvolver uma ou outra ideia ou situação que mexa comigo, com a firme convicção que falarei apenas sobre o que sei e o que conheço. Procurarei evitar palpites em áreas ou assuntos que não domino ou que me são estranhos.

de regresso

Pronto. É chegado o tempo de regressar a este meu espaço, a este meu entretém.
Passado quase um mês de pausa pedagógica, regresso com vontade de trocar ideias, debater opiniões, discutir pontos de vista, destacar perspectivas, enfim, para participar, mediante este meio, numa permanente (re)construção da democracia.
Depois de um final algo atribulado, antes da pausa, em que perdi alguma da noção de às quantas andava e dos inúmeros erros (ortográficos e de teclado), da repetição de ideias ou da sua falta de clareza, cá estou com um outro vigor para a segunda parte deste ano, para o início do que é o segundo ano de bloguices.