desadequação
Entre sábado e ontem, 3ª feira, marquei encontro em duas iniciativas organizadas na cidade de Évora que me merecem dois comentários.
Por um lado, o fervilhar de pequenos acontecimentos, pequenos factos que mobilizam gentes e mexem com um conjunto ainda significativo de pessoas. Sábado tive oportunidade de ver um conjunto de jovens, oriundo do grupo de teatro da escola secundária Gabriel Pereira, que, ao contrário do que se pensa e do que alguns dizem, mostram garras [os espanhois diriam ganas] de fazer coisas, de ocupar produtiva e culturalmente o seu tempo.
Gostei de os ver.
Ontem num seminário, organizado pela associação de jovens professores do alentejo que mostrou dinâmicas, vontade de mostrar trabalho e onde dois dos conferencistas, da extremadura espanhola, mostraram o que é fazer política, o que é procurar alternativas dentro das contrariedades, o que é procurar fazer um trabalho sério, sustentado e coerente. Gostei mesmo de ali ter estado.
Contudo ambas as situações foram atravessadas por uma certa, por vezes evidente, desadequação entre quem apresentava e quem ouvia.
Foi evidente esta desadequação, certo que as responsabilidades não poderão ser atribuídas a uns ou a outros. Será certamente um trabalho de organização procurar adequar os públicos à conversa, ou vice-versa. Todos ganhariamos.