domingo, janeiro 30

confluência. todos sabemos que os partidos de governo, de poder, em momentos oportunos, nomeadamente em vésperas de eleições, são pontos de confluência de interesses, do desaguar de oportunidades para alguns, de mostra [ou montra] social para outros.
Ontem, na apresenção do fórum novas fronteiras - évora, do PS, a sala foi curta para tanta cara nova, o espaço estreito para tanta surpresa.
Como diria o outro, benvindo, quem vem por bem.

quinta-feira, janeiro 27

SLB. Reconheço, depois do jogo de ontem sentia-me cansado.
4 golos em menos de meia hora, um final de prolongamento impróprio para cardíacos, há boa maneira de um qualquer antigamente, pontapés de penaltis que ninguém falhava.
Mas o porquê destas flutuações, desta montanha russa que o SLB parece ser? um sábado para esquecer, próprio de um mau jogo de 3ª divisão. Uma quarta feira com sentido, correcções feitas ao intervalo, defesa em cima do adversário, anulações de elementos importantes.
Como será no próximo domingo?

Deprimidos. A partir do debate sobre as propostas para a educação diz o Alexandre num comentário a uma das minhas entradas, e eu subscrevo, que andamos deprimidos com o rumo que o país [não] tem. Deprimidos e angustiados e que teremos de "deixar de ver debates, de lêr blogs e jornais. Provavelmente [seremos] mais feliz[es]."
Este é um sentimento que percorre grande parte das amizades com quem me relaciono, das pessoas que conheço. A descrença é grande, as promessas, o debate sobre o país é fraco [reflexo do que somos?].
Mas ainda há esperança. Ou não?

quarta-feira, janeiro 26

Logo à noite? no derbi? epá, essa é que é matéria de interesse. Esse é que é assunto que vale a pena discutir, essa é que é efectivamente uma preocupação nacional, qual Paulinho das feiras, Platão ou Aritósteles do raio que o parta ou a constipação do santanete mor. Estamos é todos preocupados com o futebol.
Se eu voto? nesta eleição, por despeito e espanto, abstenho-me, o meu voto vai na tripla, tenho a certeza que não erro nem fico desiludido.

procissão. Ainda o padre está a pensar preparar a procissão lá mais do final do ano, as autárquicas, pois claro, e já há quem, pela praça de Évora, qual ressabiamento ou despeito de amor atraiçoado, comece a testar as suas munições, a praticar tiro ao alvo (e a acertar ao lado).
Se o panorama nacional está como está e é o que pode ver e ouvir, estou certo que as autárquicas, porque ainda mais fulanizadas, ainda mais personalizadas, vão ser tão ou mais bonitas que estas.
Isto é só o aquecimento.

da democracia. A democracia tem destas coisas, obriga os políticos a estar com o povo, a falar com o povo, a ouvir o povo, a ouvir o que se gosta e o que não se gosta.
Mas também tem momentos agradáveis quando os políticos se sentam no meio do povo a bebericar um bom tinto, a petiscar aqui e ali.
Será que a democracia faz mal ao colesterol?

segunda-feira, janeiro 24

impressão

de quando em vez há anedotas a circular que são pertinentes, digo eu, como esta que se segue:
Estavam 2 Impressoras. Uma vira-se para a outra:
- Esta folha é tua ou é impressão minha?

frio

está frio, muito frio e, segundo os entendidos, perspectiva-se ainda mais frio.
E estamos convencidos que vivemos num clima ameno, onde as temperaturas são [quase] sempre agradáveis.
É tão mentira, é tão falso como estarmos nos trópicos. E enão estamos preparados para isto. Morre-se. Infelizmente. E no silêncio.

domingo, janeiro 23

Benfica

Desculpem lá a imodéstia, mas na semana passada preferi ficar caladinho pois pressenti que uma andorinha dificilmente faria a primavera. Ontem foi o que se viu, um autêntico maremoto de imbecilidade, de ausência de qualquer sentido de jogo, sem qualquer ligação entree senctores. Cada um jogou o que sabia e o que ficou evidente é que, excepção feita a um ou dois elementos, sabem muito pouco.
Mais um ano para esquecer. Ainda que o dia de hoje não se afigure positivo para os restantes elementos.

dos choques

em plena campanha eleitora acentuam-se as diferenças, mesmo que possamos dizer que não exitem diferenças entre os dois principais partidos, PS e PSD, só não as vê, quem não quer.
Fazem-se ouvir as diferenças ao nível dos choques - tecnológico, do PS, de gestão, do PSD e fiscal do BE. Logo aqui se fazem notar as profundas diferenças existentes sobre uma visão do país.
Centro-me apenas nos dois maiores partidos.
Um, o PS, acredita que formar e educar as pessoas, criar incentivos ao nível da investigação e do desenvolvimento, promover e favorer as competências técnicas e científicas será uma porta para o futuro. É uma aposta clara nas pessoas [lembram-se do as pessoas não são números], nas suas competências e qualificações.
Do outro, a visão que existe uma técnica da mudança, uma racionalidade que adoptada permitirá o caminho do futuro e das qualificações. Uma visão assente em capacidades técnicas de alguns, pois nem todos terão competências [ou qualificações] para a gestão.
Entre um e outro choque espero por medidas concretas, por uma visão do meu país e da minha terra, por um sentido do político na construção do nosso futuro.

sexta-feira, janeiro 21

de castigo

para meu castigo e prazer de quem por aqui passa, vou de fim-de-semana.
É bem feito e espero que seja doloroso.

do descentramento

de quando em quando basta afastarmo-no um pouco daquilo que nos absorve, do assunto com o qual incessantemente nos enredamos, para ver um pouco mais ou um pouco melhor.
Sobre estas coisas dos blogues um colega e amigo deixa-me esta referência:

... Tal como acontece em muitos outros campos, a massificação deste tipo de
espaços tende a dissolver muitas opiniões interessantes...


quarta-feira, janeiro 19

opiniões

... para além de certas divagações ontem ouvi um comentário que considerei deveras pertinente.
Alguém dizia que apesar de cada vez mais estúpidos opinamos cada vez mais.
Será que estamos mais parvos? será que opinamos sem fundamentos nem bases?

divagações

... de quando em vez penso, e ontem, já noite dentro, perguntava aos meus botões, serão os blogues uma manifestação da nossa solidão? ou apenas uma forma de afirmação marcadamente individual e individualista?...

mais um

... exactamente, mais um companheiro que solicita a divulgação. Desta feita temático, musical e local, um blogue da Associação Cultural Tritono. Não sabe o que é?, eu também não sabia, mas têm página na net e blogue novo.
Descobertas da multiplicidade do que somos e não sabemos.
Bem vindos, não se esqueçam de juntar a música às páginas.

terça-feira, janeiro 18

do mesmo

... agora que a posição, entenda-se, os senhores do PSD e PP, aparentemente tinham encontrado uma ponta para não mais largar, vai daí e o senhor primeiro-ministro dá o dito pelo não dito.
Assim, dúvido que haja credibilidade ou tocam todos ao mesmo ritmo?

culpa humana

ontem tive oportunidade de ver Culpa Humana, no telecine. Gostei. Bastante. De uma ternura extrema, quase que desprositada na sua tristeza, na construção do passado, daquilo que é presente.
Contradições, dirão uns, não, respondo e esclareço, apenas o fluir dos dias, o esconder dos medos, o escapar ao destino. Apenas impossível. Gostei.

dos lugares

tenho que reconhecer que há pessoas, nesta nossa santa terrinha e região, em perfeito despique para lugares, posições de destaque pós 20 de Fevereiro, esta é uma das situações que entristece a política, minimiza políticos, descredibiliza a democracia e empobrece a discussão.
Assumo que me sinto triste por ver, nesta altura do campeonato, disputas acessas, protagonismos desenfreados para que ficar na fotografia, com fome de poder, de vedetismo.
Por terem uma ideia sobre algo ou alguma coisa? alguns até reconheço que sim, mas outros, outros apenas e simplesmente por questões de poder, de protagonismo.
Pronto tá bem, ingenuidade minha, não seria de esperar outra coisa nesta altura, quando se aproximam alterações de cadeiras e se perspectivam vagas. Reconheço.
Mas assim?, tão desenfreadamente, tão impudicamente, de forma tão descarada?
Contenham-se, façam como o dinheiro que é colocado naquele banco, cresçam e apareçam. Apresentem ideias, digam de V/ justiça. Senão corre-se o sério risco de se fazer aquilo que outros já fazem, isto é, colocarem meninos, ainda algo imberbes e pouco vividos em lugares de gente crescida.

deserto

...cada vez mais a designação deste meu espaço faz sentido.
E não há meio de chover.

segunda-feira, janeiro 17

encontraram-me

... mais um pró monte, um que me encontrou, coisa que agradeço.
Não tive ainda oportunidade de o olhar com a atenção que merece e de tentar perceber por onde anda, quais os carreiros que procura trilhar, mas num olhar rápido percebi ou referenciei um conjunto de links que podem ser deveras interessante, nomeadamente na área da segurança da net.
a ter em conta.

sábado, janeiro 15

do contra

não podia estar mais de acordo.
Mais vale tarde que nunca e que se assumam na sua posição e na sua indisposição.
Pela urbe já há um partido do contra. Afinal, é das poucas coisas que alguns sabem [e podem] fazer.

futuro

é um regresso ao futuro o que nos salta destas imagens de Titã.

do nível

Estou certo que o nível da campanha eleitoral tem tendência para baixar, à semelhança dos ribeiros e das barragens com a ausência de chuva, mas aqui com ausência de chá, artigo sempre dispensável quando a comunicação social está por perto e parece que tudo vale, menos tirar olhos. Fico com a impressão que há uma tendência geral e genérica de americanização das campanhas eleitorais nacionais.

quinta-feira, janeiro 13

bocas

ontem, já noite dentro, dei com um papel no párabrisas do carro. Pela dimensão, um A4, pensei ser difícil de se tratar de multa [assumo que não estava bem estacionado], mas nunca se sabe onde pode chegar a modernização administrativa da divisão de trânsito, seja da PSP seja da CMÉvora.
Mas não. Felizmente não se tratava de multa, apenas de uma folha A4, distribuída carro-sim/carro-não o longo da rua, com um conjunto de adizeres referentes ao episódio do Ministro Morais Sarmento.
Recuso-me a reproduzir o panfleto, é insidioso e ofensivo, mas fiquei a perceber o porquê do senhor ter referido, várias vezes, o seu bom nome e o regresso à sua vida profissional e privada.
Muito sucintamente, o pafleto associava ou melhor, criava associações entre a visita do senhor ministro, o aluguer do avião privado e um conjunto de senhoras que, no final do ano passado, procuraram fazer o mesmo, mas por paragens mais sul-americanas.
Bocas.

certezas e apostas

para quem se passeia pela cidade de Évora, um pouco ao sabor do vento e à descoberta de cada esquina, fica com a convicção que muito se sabe e muito se perde nestas ruas e praças da cidade.
Não há ninguém que não aposte, forte e feio, num nome ou em dois, ou em três, só para ter a certeza que acerta, para isto, para aquilo ou para qualquer coisa.
No período que se atravessa as apostas recaem, necessária e quase que obrigatoriamente, nos eventuais ministeriáveis, no contributo eborense e alentejano para esse rol e para esse peditório. E já há quem, com a convicção do olhar, tenha a certeza que é este o nome para ministro disto, daquilo ou de coisa nenhuma, o director ou chefe de um dado cantinho.
Mas há aqueles que procuram alcançar um pouco mais longe e se atrevem a rivalizar com alguns blogues da praça no atiçar dos ânimos, no apontamento das falhas (só faltam ser geológicas), na referência deste ou daquele nome para esta ou aquela posição, situação ou lugar.
Em termos pessoais é um deleite passear pelas ruas da minha cidade. E é também um desafio, descobrir quem acerta e qual a percentagem de acertos. É ficar quietinho, porque o tempo o dirá.

quarta-feira, janeiro 12

rigidez

Há muito que gosto de ler Pacheco Pereira. Nos tempos que correm pode parecer hipocrisia, cinismo da minha parte, aproveitamento de quem da área do poder escreve contra estas pessoas, as suas ideias e a sua forma de estar na política e, essencialmente, no governo da coisa pública.
Isto tudo para destacar duas ou três ideias de Pacheco Pereira com as quais me debato há muito e perante as quais não conseguia trazer à liça com a clareza e a destreza deste autor.
Por um lado, a participação delimitada por aparelhos, sem que estes, por muito que tentem, consigam ir para além de si mesmos. À parte a fórmula dos Estados Gerais, bem conseguida e bem aproveitada em face do esgotamento da governação de Cavaco Silva, poucas experiências se podem referenciar de sucesso e mobilizadoras da população.
Por outro, a escassez de ideias bem evidentes não apenas nos diferentes aparelhos partidários mas também nesta blogosfera onde, há bem pouco tempo, pululavam ideias, debates, princípios, movimentos e fundamentos que agora sinto enredados na teia ideológica, circunscritos a pretensas fulanizações, enleados na surpresa das eleições.
Por um ou por outro lado, sinto que não será ainda desta que Portugal e os portugueses arrancam para a participação democrática, se reconhecem na política que é dita e que é feita, se revêm nas ideias em debate e nas propostas apresentadas.
Não sei o que falta, mas sei que falta ainda algo para mobilizar as pessoas em torno de ideias, do debate, da política e de reconhecer esta como um dos principais instrumentos da construção de futuros.
Ainda não será desta?

de mal a pior

isto não está mal, não senhor. Isto vai de mal a pior.
Cada vez me sinto mais curioso para perceber qual o impacto de tudo isto na sociedade portuguesa, qual a leitura que o eleitorado faz de toda esta trapalhada governativa, de quase três anos de uma coligação.
Creio que fazer pior é um bom bocado difícil.

terça-feira, janeiro 11

a partir da divulgação via correio electrónico chegou-me esta anedota:

Um casal conheceu-se numa festa e foi parar a um hotel.
A noite foi inesquecível.
No dia seguinte, entre olhares apaixonados, o homem disse: - "Pela
maneira que tu tocavas no meu cabelo, deves ser cabeleireira."
A moça retorquiu: "Adivinhou! Sou mesmo! E eu acho que tu és do Partido
Socialista."
O homem ficou de boca aberta. Quis saber como é que ela
tinha adivinhado a sua filiação partidária.
A explicação: - "É simples! É que quando tu estavas por baixo,
gritavas muito e quando estavas por cima, não sabias o que fazer..."


Espero que se consiga ultrapassar esta ideia e o PS se afirme, efectivamente, como um partido de governo, social e de futuro e a saber o que fazer, independentemente da posição em que se encontra.

segunda-feira, janeiro 10

do tempo

não sei se o tempo é aquilo que dele fazemos ou se é o tempo que nos faz. Sei é que gostei bastante desta afirmação da Maria com a qual concordo em absoluto.

arrumações

há quem persista no erro e, antes do final, antecipe cenários, construa efabulações, aponte vencidos e vencedores, protagonistas e actores principais e secundários.
Recuso-me a apostar na (re)construção de um erro, das provas já provadas.
Antes de construir o que quer que seja antes de tempo pode-se revelar descontextualizado, injustificado, infrutífero.
Isto porque há quem aponte hipóteses, eu sei que são apenas hipóteses, de nomes e de lugares. Como há 9 anos atrás, não se comentam os mesmos erros, não se persista no mesmo conjunto de asneiras.

quinta-feira, janeiro 6

convenhamos

seria difícil, no actual contexto, os partidos políticos apresentarem algum tipo de novidade, de reformulação, de reconfiguração de pessoas, de apostas estratégicas, de nomes e de protagonistas numa altura como esta em que as eleições surgem quase que de forma inesperada.
Talvez por isso mesmo, as listas dos partidos, de um modo geral, limitam-se a trazer mais do mesmo, da mesma maneira e assegurar algumas reformas mais ou menos douradas com o objectivo de se agarrarem quase que desesperadamente às fracas percentagens obtidas, ao esvaziamento progressivo.
Alternativas? Mudanças? lá mais para a frente. Quando? isso...

quarta-feira, janeiro 5

da confiança

...e da confiança.
Muito do que se joga nas próximas eleições vai no sentido de criar desafios e assegurar factores de confiança entre o Estado e quem o administra, o governo, e os cidadãos. E este pode ser um passo essencial na construção de uma administração pública moderna e da reinvenção do nosso quotidiano político e administrativo.
Tentarei, ainda que sucintamente, explicar.
A relação entre o Estado e o cidadão tem sido marcada, desde Salazar, pela desconfiança, pelo princípio assumido que quem não está no Terreiro do Paço não sabe, não pode, não tem conhecimentos, não domina a terminologia, os mecanismos os instrumentos que permitam gerir e administrar o seu domínio. Vai daí e as sucessivas tentativas são de controlar e comandar tudo e todos a partir daquele espaço mais que simbólico. A concentração de poderes, a assunção de funções a isso tem conduzido e reforçado essa situação - singelas tentativas foram feitas em sentido contrário, mais com base em atitudes pessoais, do que com sentido e orientação estratégica.
Quando se desconcentraram poderes, quando se deslocalizaram espaços, quando se autonomizaram funções, quando se delegaram poderes há, quase sempre, duas interrogações.
Por um lado, será que o Estado quer aliviar responsabilidades ou quer justificar atitudes ainda mais concentracionários. Ou, por outro lado, qual será a bandeira eleitoral a jogar porque o pobre desconfia sempre da boda.
Ora está na hora, é tempo do Estado, na figura do seu futuro gestor, assumir uma relação de confiança com o cidadão, assumir que este é maior e vacinado, que tem competências e saberes próprios, que hage de boa fé e com sentido de Estado, que procura, na individualização da gestão, o bem comum e a salvaguarda do interesse colectivo.
Que há excepções? obviamente, que há gatunos e incompetentes, também. Há que criar os mecanismos que permitam minimizar essas situações, definir instrumentos que permitam avaliar competências e práticas, corrigir disfunções.
Depois talvez exista espaço e tempo para que a administração pública seja um espaço diferente, diferenciador e estimulante para quem dela precisa e quem a utiliza.
Depois talvez seja possível repensar a administração pública.

terça-feira, janeiro 4

escrita

de quando em quando apetece-me escrever ideias soltas, palavras vagas entre o desconcerto do pensamento e a descoberta do pleno e claro gozo da escrita.
Já pensei experimentar iniciar uma escrita sem um princípio derradeiro e com a clara certeza da dúvida de onde me pode levar a escrita, as palavras, as ideias que escorrem num espaço quase em branco.
As incertezas marcam presença e não me apetece discorrer sobre as banalidades do meu quotidiano, sobre aquilo que oiço no rádio ou sobre tudo e sobre nada.
quase que me apetece falar de banalidades que se aproximam da ideia e descaiem para o teclado, como se fosse este o motor da escrita, o ritmo de um pensamento.
Não é pois não?

domingo, janeiro 2

de regresso

terminada a pausa natalícia, cometidos alguns excessos (essencialmente gastronómicos) é tempo de regressar ao nosso quotidiano, ao dia-a-dia, à lufa-lufa.
Levantar cedo, organizar pequenos-almoços, ajudar os filhos, levar os filhos, enfrentar a estrada e a escola.
E pronto, mudou o mês, mudou o ano, a vida continua.
Felizmente.

sábado, janeiro 1

estabilidade

o senhor presidente da República, destaca a necessidade de estabilidade para a definição das tão ansiadas (diria ele) reformas estruturais.
Considero apenas duas situações algo distintas neste texto.
Por um lado um dos problemas nacionais é que a estabilidade está sempre do lado da maioria, de quem tem e detém o poder. Resta pouco, muito pouco aquém apenas procura fazer ouvir a sua voz e não tem argumentos capazes de contrariar o peso dos números, das percentagens. Está para vir o tempo em que estabilidade signifique diálogo, integração, harmonização, bom senso.
Por outro lado e apesar de considerar que muitas das reformas passam essencialmente pela correcção de disfunções, pelo equilíbrio de poderes e de fiscalização dos poderes, uma das reformas essenciais, uma das medidas imprescindíveis na sociedade portuguesa está directa e activamente relacionada com a educação/formação.
Na generalidade das situações não temos nem educação - para resistir a uma qualquer investida retórica e aí fazemos valer a prepotência e a arrogância do poder (seja por detrás de uma secretária, bata, formulário específico ou conhecimento especial ou que tal) - nem formação para nos conseguirmos adaptar a novas e a particularmente diferentes situações, limitamo-nos a copiar exemplos, a seguir os outros, a fazer o mesmo que os outros.
estabilidade deveria significar tempo para pensar a mudança, para organizar o que temos, para pensar o que queremos.
Muita das vezes estabilidade significa apenas fazer o que uma das partes determina.

do lume

acendi hoje pela primeira vez, a lareira do anexo da minha casa nova. Ainda não é nem foi, nem isso é pretendido como tal, uma inauguração. Foi antes uma necessidade decorrente do muito frio que se fazia sentir em pleno campo.
Ficou uma expectativa, a de que em torno do lume podemos voltar a contar histórias, a brincar com as palavras, a sentir as amizades.
Neste início de ano sinto saudades de um bate papo em torno de uma qualquer iguaria, o confronto de ideias, apenas pelo debate, apenas pela retórica, apenas pela troca de vontades em dizer algo, em manifestar vontades.
Já faltou mais.

ano novo

por muito que possa parecer, pelo menos à minha pessoa, aí está um novo ano, com vícios e virtudes velhas, velhinhas. Umas para garantir que por cá andamos, outras para termos a certeza que precisamos de continuar a lutar e a trabalhar por aquilo que queremos, outras ainda para trabalharmos para aquelas que julgamos que mercemos.
Enfim... ano novo vida velha. Os mesmos problemas, os mesmos anseios, os mesmos desejos, as mesmas vontades. Mudou o ano, podia apenas ter mudado o mês.