sábado, janeiro 1

estabilidade

o senhor presidente da República, destaca a necessidade de estabilidade para a definição das tão ansiadas (diria ele) reformas estruturais.
Considero apenas duas situações algo distintas neste texto.
Por um lado um dos problemas nacionais é que a estabilidade está sempre do lado da maioria, de quem tem e detém o poder. Resta pouco, muito pouco aquém apenas procura fazer ouvir a sua voz e não tem argumentos capazes de contrariar o peso dos números, das percentagens. Está para vir o tempo em que estabilidade signifique diálogo, integração, harmonização, bom senso.
Por outro lado e apesar de considerar que muitas das reformas passam essencialmente pela correcção de disfunções, pelo equilíbrio de poderes e de fiscalização dos poderes, uma das reformas essenciais, uma das medidas imprescindíveis na sociedade portuguesa está directa e activamente relacionada com a educação/formação.
Na generalidade das situações não temos nem educação - para resistir a uma qualquer investida retórica e aí fazemos valer a prepotência e a arrogância do poder (seja por detrás de uma secretária, bata, formulário específico ou conhecimento especial ou que tal) - nem formação para nos conseguirmos adaptar a novas e a particularmente diferentes situações, limitamo-nos a copiar exemplos, a seguir os outros, a fazer o mesmo que os outros.
estabilidade deveria significar tempo para pensar a mudança, para organizar o que temos, para pensar o que queremos.
Muita das vezes estabilidade significa apenas fazer o que uma das partes determina.