sexta-feira, julho 11

Novamente ao Mário

Sinto um gosto algo contraditório ao escrever drigindo-me, especificamente, ao Mário Simões.
Por um lado, um claro gosto de partilhar ideias, discutir opiniões, sentidos da vida e da política, opções e estratégias. Cada um a seu modo (reconheço que em determinadas circunstâncias o Mário é pior que eu) gostamos de discutir, os gostos, as ideias, as opções.
Mas sinto também algo de constrangedor, uma vez que prefiro, claramente, a situação ao vivo, à boa maneira alentejana.
A falta de oportunidas, o facto de cada um andar por seu lado, obsta a que isso seja possível. Salva-se o virtual de modo a que possamos estar mais próximos.

Pois é, confundes, no meu entender, protagonistas e protagonismos. Isto é, o facto de não existir, efectivamente, diferenças entre os protagonistas que referes e nos casos que referes, é também certo que opto por depurar esses protagonismos serôdios, caciqueiros e trauliteiros e aprofundar aquilo que caracteriza, de modo efectivo, a esquerda, no que ao exercício do poder diz respeito. E não é apenas a diferença entre o que é de esquerda e de direita. No exercício do poder há outras diferenças, as do diálogo, as da tolerância, as do sentido público.
Reafirmo o que disse, espero, um dia, ver a esquerda no poder, com maioria, com outros protagonistas, para podermos sentir essas diferenças.

tem um bom fim de semana

quinta-feira, julho 10

ao mário

O Mário afirma que é preciso repensar a política e a prática política do exercício do poder, que não há diferença no seu exercício, entre esquerda e direita. Certamente que o disse de modo precipitado, uma vez que mais não fosse este governo serve para vermos e sentirmos as diferenças entre o exercício do poder à esquerda e à direita.
Gostaria, um dia, de ver a esquerda no poder, a exercer o seu exercício, em maioria absoluta. Provavelmente ai se denotariam as grandes diferenças.
Como, contrariando uma vez mais o pensamento do Mário, a revolução não tem que acontecer no seio dos partidos, mas no âmbito desta chamada sociedade civil, reinvindicando os seus direitos, exercendo a sua influência, a chamar a atenção para outros pontos de vista que não os do imediatismo político, criar os seus próprios momentos.
E passa por aqui, pelo blogs.
Vamos blogar

O Verão

Está quente, estão dias de intenso calor, o que faz com que o pensamento não seja tão claro, nnem tão cristalino como qualquer um gostaria.
ainda aondo às voltas com os blogs, há pontos que não percebo, a sua leitura está a tornar-se algo monótona.
a ver vamos.

quarta-feira, julho 9

Um dos assessores do presidente da câmara de Évora o Prof. Luís Carmelo, numa das suas crónicas no jornal da terra, levanta uma pequena ponta do véu sobre o que serão algumas das apostas desta vereação face à estratégia da cidade. Ou, pelo menos, a alguns sectores.
Revitalização das fontes e repuxos, inquestionável numa cidade do sul com as temperaturas de Verão que tanto a caracteriza, do jardim público virado para o público e para a realização de espectáculos, de algumas praças, referiu a do Sertório em concreto, ou do Rossio.
Não era sem tempo que se começassem a afirmar as apostas de uma campanha que conquistou a população mas que também depositou inúmeras expectativas.
É fundamental, é essencial que a cidade se vire para o seu público, para a sua população.
Após tanto tempo virada para o turista, mediante uma afirmação cultural inquestionável nos seus objectivos últimos mas que marcou, ideologicamente, a vivência citadina, a cidade tem de se redescobrir.
E não é uma tarefa fácil, numa cidade em que ao longo dos últimos 25 anos não viu apostas estratégicas na redefinição do viver a cidade.
Como não se pode esperar que se faça tudo num mandato de 4 anos.
Precisamos de novos jardins, novos espaços verdes, de outras piscinas, de equipamentos lúdicos, de uma oferta que permita fazer crescer outras ofertas e outras iniciativas.
Évora tem de se afirmar como grande cidade do Sul, como tanto gosta de afirmar o seu presidente.
Mas, para isso, têm de ser definidas estratégias, como se concretiza essa afirmação ou, melhor dito, como se constroem alternativas a outros pólos urbanos, portugueses ou espanhóis, como se define uma complementaridade e não uma concorrência, entre feiras e certames, acontecimentos e iniciativas.
Este é, claramente, um desafio.

terça-feira, julho 8

Parece que isto dos blogs ou é mesmo moda ou o calor incapacita as pessoas.

reparei à pouco que quem tentava indexar os blogs, desisitiu, pela sua profusão, quantidade e disparidade.

afinal, como referi no primeiro, saí para o mundo numa má altura.

A amizade

Em dias de intenso calor, como estes que marcam os dias, parece que fervem as ideias e as amizades fritam em lume intenso.

Pouco sei dos amigos. Pode-se perguntar o que faço para saber algo deles. Como posso perguntar o que fazemos nós por eles.

O calor é insupotável. Tudo mela, torna-se pegajoso. Apetecem os dias frescos, a chuva, o vento forte. Ou apetecem as noites longas, as esplanadas, as conversas no silêncio da noite. como apetencem os amigos.

Mas andam afastados. Somem-se por entre as brumas da memória.

O que é bom é um eterno refazer, o reencontrar.

À procura das modas, à procura de deixar algum do anonimato a que todos temos direito, ou apenas a tentar dar cumprimento a um gosto, o da escrita, sobre temas que gosto, o Alentejo, a cidade de Évora ou a educação.

No meio destes espaço e autorização para que outros temas, ouros assuntos possam aparecer.
Aceitam-se todos os contributos, só não vale é dizer mal, pelo menos para já. Deixem-me crescer um pouco e depois então, digam mal, partam-me todo, mas não me insultem a vontade e o gosto da escrita.

Crónicas do deserto essencialmente por dois motivos. Porque, no momento em que escrevo e em que se consuma esta primeira vez, está um calor que mais parece do deserto (apesar de nunca ter estado no deserto, mas imagino-o).

Segunda razão porque estou deserto de ideias e com o claro pretensiosismo que consiguirei escrever o suficiente para alimentar esta ideia. A ver vamos.

Vai ser alimentado apenas por mim, pelo menos durante algum tempo.

Manuel Cabeça, professor do ensino básico e secundário, da disciplina de História, assumido socialista e benfiquista - os clubes da terra deixam muito a desejar e não permitem clubices.

À porta dos 40 anos, sem grande estória, do signo balança. Tem como gostos o jazz e a música popular portuguesa, contadores de histórias, como, p. ex., G. G. Marquez, M. V. Llosa, Eça.

Já plantou muitas árvores, tem dois filhos, escreveu dois livros, não publicados, felizmente.

Para além da educação passou pela então Comissão de Coordenação da Região do Alentejo, e pela delegação distrital de protecção civil.

É esta estória que faz com que aqui chegue, como diria o outro, com uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. Mas com vontade de fazer alguma coisa.

Assim o consiga.