Um dos assessores do presidente da câmara de Évora o Prof. Luís Carmelo, numa das suas crónicas no jornal da terra, levanta uma pequena ponta do véu sobre o que serão algumas das apostas desta vereação face à estratégia da cidade. Ou, pelo menos, a alguns sectores.
Revitalização das fontes e repuxos, inquestionável numa cidade do sul com as temperaturas de Verão que tanto a caracteriza, do jardim público virado para o público e para a realização de espectáculos, de algumas praças, referiu a do Sertório em concreto, ou do Rossio.
Não era sem tempo que se começassem a afirmar as apostas de uma campanha que conquistou a população mas que também depositou inúmeras expectativas.
É fundamental, é essencial que a cidade se vire para o seu público, para a sua população.
Após tanto tempo virada para o turista, mediante uma afirmação cultural inquestionável nos seus objectivos últimos mas que marcou, ideologicamente, a vivência citadina, a cidade tem de se redescobrir.
E não é uma tarefa fácil, numa cidade em que ao longo dos últimos 25 anos não viu apostas estratégicas na redefinição do viver a cidade.
Como não se pode esperar que se faça tudo num mandato de 4 anos.
Precisamos de novos jardins, novos espaços verdes, de outras piscinas, de equipamentos lúdicos, de uma oferta que permita fazer crescer outras ofertas e outras iniciativas.
Évora tem de se afirmar como grande cidade do Sul, como tanto gosta de afirmar o seu presidente.
Mas, para isso, têm de ser definidas estratégias, como se concretiza essa afirmação ou, melhor dito, como se constroem alternativas a outros pólos urbanos, portugueses ou espanhóis, como se define uma complementaridade e não uma concorrência, entre feiras e certames, acontecimentos e iniciativas.
Este é, claramente, um desafio.
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