quarta-feira, junho 30

o resto

Certamente será do calor, mas deixem-me colocar uma questão que, considero eu, pode ser impertinente.
Depois da festa do Euro (estou convencido que iremos à final, logo direi se seremos campeões), depois de resolvido o embróglio que Durão Barroso nos criou que restará de nós? Que Portugal nos restará? Com que espírito acordaremos nós?

refúgio

Ontem, em dia de S. Pedro, feriado municipal, dia de tourada e de toureiros, dia de visita à cidade e à feira, procurei refúgio junto ao mar.
Procurei as aragens marítimas para reconforto do corpo e do espírito.
Nem um nem outro estão reconfortados.
O corpo está vermelho, doi um pouco aqui e ali, fruto de algum destempero da minha pessoa ao sol.
O espírito pede mais do mesmo, mas refúgio, mais recantos e encantos de um brisa marítima, mais fresca, mais azul.

mais do mesmo

Infelizmente nem o circo político em que nos transformámos faz esquecer agruras. Infelizmente nem o desempenho da selecção faz ultrapassar dificuldades.
Felizmente, para alguns, a comunicação social este ano tem muito pelo que se entreter, mas Portugal continua, impunemente, a arder.
Os incêndios são mais do mesmo, em território onde tem reinado e marcado pontos a incompetência, o desleixe, o compadrio político e partidário.
Não deixem de reparar, mas Portugual continua a arder.

segunda-feira, junho 28

dificuldades

Certamente que por dificuldades de acesso alguns dos meus vizinhos da blogosfera, nomeadamente os conterrâneos, estão de fim-de-semana prolongado.
Ainda bem, é sinal que a crise não bate à porta de todos.

domingo, junho 27

adiamento

Seja porque modalidade o presidente da República optar, convocar eleições ou nomear Santana Lopes (ou quem a coligação entender) temos um país adiado, uma vez mais.
Para além da retoma, que dificilmente é perceptível no quotidiano do português médio, tudo o resto ficará em águas de bacalhau.
Independentemente do prazo de validade da opção que se perspectivar será um bailinho de cadeiras e de nomeações, de conhecimento de dossiês e de casos, será um tomar o pulso à situação, será uma apresentação de nomes, postos, cargos e funções.
Pela pressa que denotam em apresentar serviço útil antes das autárquicas imagino o que não sairá desta nova cartola governativa.
O gosto pelas reformas, pela ideia do betão, ou alcatrão, consoante o caso, a que a direita gosta de se associar, vai ser bonito ficarmos à espera do que nos irá acontecer.

surpresas

O ano tem sido fértil em surpresas políticas. Umas oriundas do ano anterior, caso da Casa Pia, outras recentemente surgidas, a banhada das eleições, a saída do primeiro-ministro.
Pelas reacções, quer político-partidárias, quer da comunicação social, fico a pensar que não estamos (teremos que estar? deveriamos estar?) preparados para a gestão deste tipo de situações.
Como é evidente e notória que a blogosfera ganha um relevo que seira, mesmo há um ano atrás, manifestamente difícil de conceber.
Seja a que patamar e a que nível da vida portuguesa nos referimos a blogosfera é um dos elementos, um factor, em meu entender, de todo em todo incontornável.
Mas há actores políticos, alguns com papel de relevo, que parecem olhar para o lado.
Será por descuido ou por não querer ver?

carreira

Ontem, em passeio pela feira, ouvi comentários à minha posição, expressa no post anterior.
Amavelmente e a coberto do anonimato deixam-me comentários e observações.
Convençam-se de uma coisa, penso pela minha cabeça, tenho uma boca enorme de onde saiem dislates e algumas barbaridades, mas o meu descanço é gostar de política mas não ambicionar qualquer carreirismo.
Daí defender algumas das ideias que esta câmara apresentou, daí eu ter aceite integrar as listas para as quais fui convidado, daí comentar, criticar e referenciar situações, estratégias ou metodologias com as quais não concordo.
Daí não acalentar esperanças de voltar a ser convidado para novas listas, muito menos em lugar que considere adequado.
Daí ter a clara pretensão de assumir publicamente as minhas posições e as minhas ideias.
Não esqueço, nem que seja por deformação académica, o passado. Procuro é valorizá-lo para um futuro.
Não quero discutir pessoas. Quero discutir ideias, projectos, políticas. Depois logo se verá quais os melhores actores.

sábado, junho 26

estabilidade

Concordo com todos aqueles que afirmam que o principal alvo da remodelação é o próprio primeiro ministro, Durão Barroso.
Quero, tenho ganas de concordar com a ideia agora sonegada ao Barnabé.
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Contudo tenho que assumir que não sou apologista de eleições antecipadas.
Primeiro porque seria o pleno e claro reconhecimento da fulanização da política, em detrimento dos partidos, das ideias e dos projectos.
Segundo porque considero, eventualmente fruto de uma vontade intestina, que a coligação não se aguentará por muito mais tempo, provavelmente mais um ano, a ver se consegue chegar às autárquicas.
Terceiro porque a manter-se a coligação, com remodelação e novo primeiro ministro, se evidenciarão todos os sinais do que é efectivamente o PPD e o PP em governo.
A semelhança com a saída de António Guterres, fica-se por aí mesmo, pela semelhança. É certo que o presidente convocou eleições, mas não havia nem um maioria nem hipóteses de estabilidade política parlamentar.

desabafos

Não me apetece ver televisão. Não tenho paciência para ler. Não me apetece estar aqui, neste meu deserto, quente, abafado, onde nada corre e tudo mela.

andanças

Durão deixa o país.
O governo fica entregue, tudo o indica, a Santana Lopes.
A próxima remodelação, que terá de contar com o parecer de Santana, deverá incluir cinha jardim, lili caneças e outros que tais.
Estamos servidos.

quinta-feira, junho 24

bicos dos pés

Estou certo que um dia destes estarão por aí a dizer que me estou a colocar em bicos dos pés, a querer chegar onde não posso alcançar.
Não sou, longe disso, nem a isso tenho pretensões, o defensor da câmara e de José Ernesto.
Mas sou socialista, apoiei e apoio esta câmara e todos os seus elementos.
Sei também que não é fácil ultrapassar décadas de ideias feitas, do estabelecimento de pré-conceitos, de uma participação fingida e cerceada aos interesses pessoais e partidários.
Sei também que esta câmara tem um quoficiente de expectativas deveras elevado, que queremos tudo e já, que queremos contrabalançar o contragosto nacional com uma política local, que a blogosfera trouxe mecanismos de participação ainda há dois anos atrás impensáveis na sociedade e de que a cidade tem estado arredada.
Sei que depois de um início titubeante muitos deixaram este espaço, reaparecendo agora uns, redefinindo espaços outros.
Mas, certamente, que estão a valorizar palcos que conferem pouco protagonismo e actores que pouco mais são que secundários. Mas para o que quiserem, cá estou.

Venham mais 5

Gostei dos comentários que foram amavelmente deixados no post anterior, Évora XXI.
Gostei da ideia de ter incomodado alguns conterrâneos, provavelmente aqueles mesmos que não perdem tempo em leituras acessórias e agora as recomendam.
Gostei de ter iniciado uma qualquer discussão sobre os limites e os arrabaldes da cidade.
Gostei e gosto de trocar ideias sobre esta cidade, sobre o sue futuro e as suas perspectivas.
Para já apenas dois comentários.
Esta câmara, na qual integrei as listas para a assembleia municipal num honroso 23 lugar, foi eleita há três anos. Quero apenas com isto realçar que ao fim deste tempo reorganizar serviços, compreender mecanismos de funcionamento, definir um sentido organizacional e apresentar as ideias que ali estão presentes é obra. Mais não seja com o claro objectivo de discutir a ideia de cidade.
Segundo comentário, o PCP esteve na câmara mais de 20 anos, o único momento, que me lembre, em que houve discussão disse respeito à alteração do tabuleiro da praça de Geraldo, em tudo o mais, sentidos e oportunidades do seu crescimento, estratégias de afirmação da cidade, foi um quero, posso e mando de arrogância e prepotência mesclada com política pessoal e fulanizada na pessoa do então presidente.
Portanto, ainda bem que há ideias, ainda bem que se promove a discussão, que não se fique pela blogosfera, que haja possibilidades de se alargar a outros palcos.

quarta-feira, junho 23

Évora XXI

Visitei o palácio de D. Manuel para conhecer as propostas da autarquia para a cidade.
Seis propostas, todas com a comum particularidade de rodearem o centro histórico.
Todas propostas e ideias arrojadas.
Uma conclusão meramente pessoal, há uma ideia de cidade e para a cidade que, para além de se conjugar com o programa eleitoral apresentado vai para três anos, se atira para mais longe.
Provavelmente nem todas as propostas serão realizáveis, quer no curto quer no médio prazo, mas o que mais entusiasma é existir uma ideia de cidade.
Pode não agradar e certamente não agradará a todos, mas existe. Discuta-se então, criem-se espaços, momentos e oportunidades para se poder discutir e debaterem ideias, objectivos, estratégias. Espaços onde se possa sentir que o municípe participa na sua estruturação, na consolidação do seu futuro.
Aproveite-se a oportunidade para, além de se discutir a cidade, se reforçarem mecanismos de participação e aprofundar a democracia.

terça-feira, junho 22

Retoma

Enquanto me entretinha com o meu pequeno almoço, olhava para a televisão que a esposa tinha ligado.
Sintonizada na TVI, dizia que, segundo dados do INE, o PIB nacional cresceu em Maio qualquer coisa como 0,6%. Este crescimento, ainda segundo a mesma notícia e segundo as mesmas fontes, decorria do maior número de dias úteis de Maio, uma vez que o dia 1, feriado nacional, tinha ocorrido num fim de semana.
Como conclusão só posso esperar que quando a informação chegar ao governo lá nos termos de prepar para trabalhar aos fins de semana. (Não seria a primeira vez).
Não consigo perceber se a notícia é simplesmente estúpida ou se estão a considerar que o povinho é parvo.
Já não tenho pachorra.

segunda-feira, junho 21

Leituras

Ando com vontade de ler e não me apetece.
Quero devorar, pelo simples prazer de o fazer, um qualquer livro, mas não sei qual.
Entro e saio das livrarias e dou por mim ou demasiadamente esquisito ou nada me agrada, nada me chama.
Aceitam-se recomendações.

explicações

Ontem, ao ver o jogo de Portugal, compreendi um pouco mais e um pouco melhor o que está por detrás do técnico J. Mourinho.
Compreensão da acção individual, integração do indivíduo num grupo de trabalho, criação e compreensão de objectivos indviduais e colectivos. Coisas simples.
Foi ver o jogo com um outro olhar.
E o mais engraçado é que não foi futebolês, foi análise organizacional.

acessos

Sabem do que não gosto da feira?
Dos acessos. Tenho pena que não estejam já prontos os trabalhos da zona envolvente às muralhas.
Não apenas a cidade e as muralhas ganham destaque, como a própria feira ganharia outra dimensão.
Com ciprestes e tudo.

domingo, junho 20

coisas simples

Coisas simples e bonitas. Contos, estórias de nós mesmo. Vale a pena ler, é ganhar tempo, é perceber a memória, é sentir esta gente, é compreender este pedaço de terra que alguém, um dia, designou de Alentejo.
Estórias de gente, estórias de vida. É o quotidiano.
É um quotidiano que se desvanece na memória, que se altera pelo futuro, que morre nas estradas, que se não altera por discursos políticos, que, apesar das variantes, não varia, mas que fica marcado em cada um de nós
.

remodelação

Apesar do jornal Expresso dar conta de uma eventual remodelação a prazo, poucas sãos as notícias e os comentários sobre essa possibilidade.
Em meu entender só podem decorrer de suas situações, por inevitabilidade dos remodelados e urgência da remodelação, ou, segunda alternativa, opção pela situação de esperar para ver o que dá.

mais

Sobre a feira, poisa claro, apenas para referir três distintas situações.
Vento a mais, gente a menos e preços odiosos (ou sou eu que ganho pouco).
Depois de umas noites quase tropicais, o S. João trouxe as noites desagradáveis, ventosas e algo frias.
Por causo do frio e do vento ou porque o fim do mês ainda está distante, senti pouca gente na feira, ainda que nas actividades económicas as pessoas se atropelassem, não é contradição, decorre da organização de circulação que foi dada áquele espaço.
Um qualquer carrocel para os mais pequenos uma ficha = 2€, 3=5€. Tenho dois filhos. Foi apenas um tomar o gosto, não há grandes hipóteses de exagerar.
Para além dos carroceis, há ainda que contar com a massa frita, os cachorros, o pão com chouriço, as bejecas...
Enfim, hoje regresso, para apreciar com luz do dia, ver uma ou outra das exposições.
Quanto às suas características (de organização, programa, variedades, etc) apenas refiro que é uma feira.

sábado, junho 19

Feirar

Vou feirar, apesar do ventos e das tradicionais noites de S. João, vou feirar.
Vou ver as luzes, as cores, os sorrisos das crianças, o olhar dos menos novos, os umbigos das novas, sentir a mistura de cheiros e aromas.
Vou feirar, em fim de semana.

sexta-feira, junho 18

fervor

Nota-se o fervor clubístico quando analisamos a acção e a intervenção da CM Évora. Seja para que lado for, reconheça-se também.
Não sou, muito longe disso, o arauto defensor da câmara ou do seu presidente. Não sou, porque em alguns pontos divergimos e, por outro lado, nem a câmara nem o seu presidente necessitam de defensores como eu.
Mas, convenhamos, ficar surpreendidos por o programa da Feira de S. João ser o que é, não acham que é um pouco deslocado? Pretender-se ia o quê como alternativa? jazz, música clássica, bailado, dissertações sobre o desconstrutivismo, discussão do impacto europeu na construção de políticas locais, o papel dos actores sociais na construção da identidade e cultura de uma cidade????
A feira e o seu programa são isso mesmo, uma feira, onde se conjungam interesses, onde chocam culturas, onde se espraia um local, onde existe diversificação, onde a porra frita cohabita com António Chainho, onde a música estridente da pista dos carrinhos se emiscui com o fado de Carlos do Carmo.
A feira é isso, é essa mistura de ambientes, sons, odores, é a circulação sem norte dos passos em procura do que não se encontra porque está em todo o lado. A feira é isso mesmo, e ainda bem.

quinta-feira, junho 17

Liberdade

Do que mais gosto nestas coisas do blogue é mandar uns bitaites de assuntos sobre os quais nada percebo. Isto é que é liberdade! - in Ideias Soltas.
Disse e disse muito bem. A blogosfera é objectivamente um espaço de liberdade, de circulação de ideias, de debate vivo, de construção de opiniões.
E não há machado que corte a raiz ao pensamento.

dos comentários

Tenho tido referência que, de quando em vez, o menú de comentários não funciona. Pessoalmente, sempre que ouvi o comentário, procurei aceder com diferentes origens e ainda não tive qualquer dificuldade.
Pelo facto solicito as V/ desculpas, mas pouco posso (e sei) adiantar estas circunstancialidades tecnológicas.
Espero que possam, sempre que assim o entendam, comentar os textos, é mais rico, permite aprofundar ideias e reforçar o debate.

quarta-feira, junho 16

a ter em atenção

Há que pessoas que admiro pela sua frontalidade, pela sua capacidade de, de modo simples e forma prática, dizer aquilo que aparentemente é complicado ou complexo.
Corroboro quase na integra esta posição da Arq. Helena Roseta, com quem há muito, me identifico.
Falta discussão, falta debate, falta confronto, falta a capacidade de ultrapassar, mesmo nos partidos de esquerda, algumas oligarquias, algumas figuras pardas que se fazem valer pelo acumular de situações do que pelos factos e acções que fizeram ou promoveram.
Será por isso que existem tantos blogues à esquerda?

terça-feira, junho 15

da comunicação

Tenho dado voltas à cabeça e não consigo perceber onde falha a comunicação desde governo com o eleitorado. Certamente que o problema será meu.
Teria sido algo engraçado, se não se tivesse tornado demasiadamente idiota, ouvir comentadores e analistas a abordarem as dificuldades, o déficite de comunicação do governo.
Hoje, o Público, volta à carga, logo num ministério que, coitado do senhor ministro, é incompreendido e criticado abusivamente.
Como não consigo perceber onde está o déficite de informação com o povo português, de este dizer que não sabe, não conhece, nunca ouviu falar, sejam de eleições, de propostas políticas, de reformas ou reestruturações, de alterações ao trânsito ou do que for.
Num tempo em que a informação nos chega de todas as maneiras e feitios, onde quer que estejamos, com quem estejamos, das duas uma, ou somos nós que não queremos ser informados, preservar um pouco da nossa santa ignorância, ou a informação peca por excesso e passa a ser contraproducente.

segunda-feira, junho 14

dos comentários

Sobre as eleições de ontem o melhor comentário que ouvi aconteceu hoje, na novel RTPN, da boca do senhor que é director do diário económico.
Disse ele, para quem teve oportunidade de ouvir, que este governo não foi compreendido pelo eleitorado, que, apesar da clara bondade das suas políticas, enforma de um déficit de comunicação, que tem, entre os seus pares, dos melhores ministros que o país já conheceu, e referiu explicitamente o ministro da saúde, esse mesmo que afirmou à boca cheia que as mulheres não devem ir para medicina, pois não rendem tanto com os homens.
Peço desculpa pelo português, mas este senhor ou é burro ou é estúpido, ou é ambas, pois ainda não compreendeu que o eleitorado nada tem de parvo nem de ignorante, nem é pau mandado, ao gosto de alguns.
É pena, para ele, mas é verdade, felizmente, para muitos.

da feira

Tenho consciência que a feira de S. joão e S. Pedro, recentemente rebaptizada de festas tradicionais da cidade, são terreno fértil para trocar ideias, debater opiniões, auscultar sensibilidades, procurar alternativas.
Recebi hoje um aviso que esta posta me poderia interessar. Obviamente que interessa, obviamente que quero debater a feira de S. João, como quero debater uma estratégia de afirmação para a cidade de Évora.
Para começar, com pequenas ideias, algumas frases feitas e muita vontade de participar, tenho que reconhecer três situações:
1 - ambiciono que a minha feira se afirme, como no passado, no contexto nacional, pela sua especificidade, pelas suas características, pela sua capacidade de inovação e arrojo, pela atractibilidade social e económica, pela festa, pelo acontecimento, pelo espaço em que se realiza e se afirma;
2 - é urgente redefinir a feira de S. João e S. Pedro como um espaço de afirmação social, económico, cultural e, sem receio, político. Mas, para que isso possa acontecer é urgente um novo espaço onde se possa e consiga aliar tradição e inovação, passado e futuro, cultura e desenvolvimento; Não é ali, onde se realiza há dezenas (serão centenas?) de anos, que essa afirmação se fará, todos temos disso consciência;
3 - como termos de ter consciência que é impossível queremos tudo em apenas 2 anos; o PCP esteve mais de 20 na câmara e não o fez, o PS deve-lo-à fazer e conseguir, deverá ser com o PS e com José Ernesto que se reequaciona a feira e sua estratégia de afirmação. Pedi-lo em dois anos é pedir muito, eu sei, mas que sejamos conhecedores de um sentido de crescimento e afirmação, para que o projecto e as ideias se possam afirmar e discutir.
A Feira está aí. A discussão, não tenho a mínima das dúvidas, também.
Vamos a ela.

domingo, junho 13

Viragem?

Em 14 de Março, dia de eleições gerais em Espanha, perguntei aqui se isso seria uma vitória do povo espanhol e se essa vitória podia significar uma viragem no panorama político europeu.
Penso ser cedo para retirar grandes ilações da vitória de hoje do PS. Mas é importante ter consciência que há uma clara penalização por um conjunto de opções políticas e partidárias deste governo.
É importante eleger o PSD e Durão Barroso como os principais adversários e deixar de dar importância a quem não a tem nem a merece.
Hoje nas urnas, como ontem no relvado o Força Portugal, fez puff, apagou-se. Espero que os primeiros se fiquem por aí e que aos segundos reste alguma dose de esperança, fervor e humildade para ultrapassar a Rússia.

sexta-feira, junho 11

do desejo

Os blogues que apresentam Évora em pano de fundo têm um desejo em comum: a vontade de fazer mais, melhor, mais rápido.
É um desejo meu e, estou certo, um desejo daqueles que assumiram o rosto de um projecto e de um ideiário.
Todos queremos fazer mais e melhor. Mas mudar de um dia para o outro é difícil, mudar mais de 20 anos em apenas 2 é impossível.
Diz o povo, e bem, que depressa e bem não há quem. Apesar das alternativas, que se apresentam serem claramente orientadas e claramente (de)pendentes não vislumbro uma ideia de cidade alternativa, um conceito alternativo, propostas alternativas, globais, coerentes, estruturadas.
Vamos ver como se organizam, vamos ver que coligações se estruturam. Vamos ver que opções se definem. Depois a democracia manda.

política educativa

No zapping que faço descobri um conjunto de referências por dois conterrâneos, que utilizam postas minhas para zurzir em quem de direito.
O Mais Évora e o Modernizador, cada qual a seu modo e com o seu modo, utilizam referências minhas.
Tá bem. Mas pelo menos que se permita a construção de ideias e não apenas a existência de lugares comuns (ai o que eu digo e escrevo). Ou seja, se o Mais Évora gosta de zurzir a Câmara de Évora, apesar de quando em quando gostar de realçar o seu papel de benemérito citadino, já o Modernizador enforma de algumas modernices, isto é, e pergunto eu: será a educação indutora do desenvolvimento económico e social ou será o desenvolvimento económico e social o indutor da educação e do desenvolvimento educativo?
É que isto de dizer que é a escola/educação que puxa a carroça, para um lado e para o outro, parece que não é bem assim (veja-se Postman, 2002 ou Henry Levin).
Por outro lado, goste-se ou não, conheça-se ou não a Câmara de Évora integra um conjunto de cidades designadas de Cidades Educadora (veja-se também um excerto da sua carta de princípios) que comungam de um conjunto de princípios de construção de políticas locais de educação.
Queira-se ou não, concorde-se ou não, e a democracia é isso mesmo, não se pode mudar uma política (ou, mais concretamente, um pretenso discurso apolítico) que se sedimentou durante mais de 20 anos apenas ao fim de dois anos.
Custa engolir, eu sei. Mas é a verdade, por muito que até eu gostasse de a ver ao contrário.

quinta-feira, junho 10

Recordar

Depois da surpresa, em que este país se tornou fértil de há uns tempos a esta parte, é bom ler este artigo, recordar o que foi uma lufada de ar fresco numa campanha eleitoral claramente amorfa, claramente ao lado do objectivo central (a Europa), claramente com um vencedor antecipado, a abstenção.
Eu vou votar.

cá estou

Depois de uma pausa, estou de regresso, cá estou para partilhar ideias, paixões e tonterias.

quarta-feira, junho 2

do deserto

Regressaram, talvez com alguma dose de probabilidade de ficar, os dias que deram o nome a estas crónicas, do deserto.
Escrevo no meu sotão e, ainda que tenha janelas abertas e formas de minimizar o calor, tudo mela, tudo cola. A vontade de escrever esmorece.
Penso em como consegui eu criar esta crónica, há quase um ano atrás, quando as temperaturas tocaram o inferno e ele se fez sentir em muitas zonas deste país?