equilíbrio
crónicas de coisa nenhuma sobre tudo e para nada.
Parece que o aperto ainda não é suficiente.
Escrevo as últimas linhas de um espaço habitual que está que não se pode. Parece um forno este meu deserto.
já fui feirar e já vim e, sou sincero, apetece-me mais.
hoje irei à feira, irei feirar. Preciso de descontrair, preciso do som dos carrinhos de choque, do cheiro a porra frita, de comer polvo assado salpicado com pó, de me zangar com os filhos, com as birrar de quero isto, quero aquilo, deixa-me ir aqui ou ali.
foi a primeira noite do que serão todas as outras, todas as que se lhe seguirão até ao fim dos (meus) tempos.
Aproxima-se a passos largos mais uma feira de s. joão, onde se acrescentou, de há uns anos a esta parte, a expressão festas populares da cidade.
Faleceram Álvaro Cunhal e Eugénio de Andrade, dois versos de um mesmo poema, Portugal no século XX.
a minha transfega, deste meu cantinho para um outro, novinho em folha, no meio do campo e dos passáros, lá continua na perfeita normalidade do caos.
No meio das "atarefações" e do stresse que é uma mudança de casa descobri que volto ao passado. Eu explico.
... finalmente, ao fim de quase um ano e meio após o pedido, a EDP dignou-se a fornecer-me luz, provisória e cara, mas hoje é o primeiro dia em que posso dar à luz na minha casa nova.
Ontem, em conversa de café onde se trocam opiniões e se formam olhares sobre o apertar do sinto, saiu-me pela boca a expressão que prefiro ser alvo de apertos por este governo, por um governo PS, do que por um qualquer governo de direita com laivos de popularismo popularucho.
Tenho pena de não ser criança, não por qualquer réstea de nostalgia - gostei e tenho gratas recordações da minha infância. Mas, apenas para poder disfrutar de um prazer que só uma criança tem, sente e disfruta, o de se ser criança.