sexta-feira, julho 11

Novamente ao Mário

Sinto um gosto algo contraditório ao escrever drigindo-me, especificamente, ao Mário Simões.
Por um lado, um claro gosto de partilhar ideias, discutir opiniões, sentidos da vida e da política, opções e estratégias. Cada um a seu modo (reconheço que em determinadas circunstâncias o Mário é pior que eu) gostamos de discutir, os gostos, as ideias, as opções.
Mas sinto também algo de constrangedor, uma vez que prefiro, claramente, a situação ao vivo, à boa maneira alentejana.
A falta de oportunidas, o facto de cada um andar por seu lado, obsta a que isso seja possível. Salva-se o virtual de modo a que possamos estar mais próximos.

Pois é, confundes, no meu entender, protagonistas e protagonismos. Isto é, o facto de não existir, efectivamente, diferenças entre os protagonistas que referes e nos casos que referes, é também certo que opto por depurar esses protagonismos serôdios, caciqueiros e trauliteiros e aprofundar aquilo que caracteriza, de modo efectivo, a esquerda, no que ao exercício do poder diz respeito. E não é apenas a diferença entre o que é de esquerda e de direita. No exercício do poder há outras diferenças, as do diálogo, as da tolerância, as do sentido público.
Reafirmo o que disse, espero, um dia, ver a esquerda no poder, com maioria, com outros protagonistas, para podermos sentir essas diferenças.

tem um bom fim de semana