terça-feira, agosto 31

notícias da terra

de quando em vez procuro ter tema para falar desta cidade. Outras procuro situar-me na região. Estou certo que por incapacidade e limitação minha mas não encontro um tema que, no âmbito das minhas incapacidades e estreitos conhecimentos, consiga levar até ao fim, consiga, permita-se-me este arremedo, descascar.
Não quero escrever apenas por opinar, perante a qual todos temos direito, ainda que possa não interessar à generalidade das pessoas, mas Évora e o Alentejo, carecem de um protagonismo que os seus diferentes actores [eu incluído, enquanto cidadão] não têm conseguido interpretar.
As visões em jogo são, no meu entendimento, algo estreitas, limitativas, condicionadoras da própria acção. Seja no turismo, onde permanece uma visão fixista, estática, ultrapassada, de uma região que é muito boa porque está parada no tempo, que tem produtos muitos bons por que são feitos à moda antiga, quase num orgulho de pobrezinhos e simplezinhos, como na política onde se discute apenas porque voto ao lado, discordo porque me fica bem e permanece uma discussãozinha pobre e barata entre um norte alentejano, Alentejo Central e um Baixo Alentejo obrigando, à viva força, à existência de três alentejos. E, mais incrível, transversal aos partidos políticos, interno aos partidos políticos.
À parte estas pequenas discussões, que a poucos interessam mas que perante muitos mobilizam forças, vontades e empenhos, não consigo descortir uma ideia aglutinadora, uma visão prospectiva, um sentido estratégico, um protagonismo assumido.
A própria blogosfera é disso reflexo. Para muitos blogues de início de forma clara e assumidamente demarcada, agora acaba por ser pequenos apontamentos de oportunidades perdidas.
Isto por causa desta notícia, que acaba por perder sentido e oportunidade diluída que se encontra num fim de estação mais que amorfo.
Em meu entendimento e desejo esta região é mercedora de mais. Muito mais.