terça-feira, novembro 30

eles falam, falam

ouvi há pouco que já se fala em eleições antecipadas.
Das duas três, ou passou alguma coisinha boa pela ideia do senhor presidente, ou alguma coisa menos boa se terá passado, ou ambas???

dia e noite

há uns anos atrás este era um dia dedicado à preparação de uma noite, a de 1º de Dezembro.
Era um dia dedicado a tudo o que era necessário para atravessar a noite feita de frio, música, cantos e encantos, companhias e tudo o que mais pudesse aparecer.

normalidade

desculpem lá os comentaristas da minha anterior posta, mas a treta é que o FCP lá continua a sua caminhada vitoriosa para mais um campeonato.
Os jornais, progressivamente, abandonam a temática SLB da capa e remetem-na para notas de rodapé ou páginas interiores qual desinteresse de assuntos ou do desalento dos adeptos que abdicam de saber (e pagar) mais (das tristes) novidades.
O certo é que a equipa do glorioso nada diz nem em nada se relaciona com esse adjectivo, de glorioso. É uma equipa vulgar, perdida, entalada entre tradições - a de ganhar, já com mais de 30 anos, e outra mais recente, a de perder, com apenas 10 anos mas mais, muito mais marcante.
Não deixo de ser benfiquista, não é agora, não será agora que desisto, mas entristece.

domingo, novembro 28

semelhanças

até que ponto este nosso Glorioso SLBenfica, se parece com o governo da nação?
na desagregação, está a cair aos bocadinhos, desagrega-se por sectores. Faltaram Petit e Miguel, mister Trap, profundo crente, rezou mas desta vez não foi ouvido e perdemos. Se calha a faltar, para além dos que hoje lá não estavam, Simão, então é que são elas.
Em Janeiro precisa-se de uma nova equipa. Pronto, tábem, esacapa um ou dois - dos que jogaram hoje.
Perceberam aquela substituição do Fyssas por Dos Santos? eu não. Mais um (ano, campeonato) pró tecto.
Enfim.

enfim

quase que me apetecia escrever o fim, mas prefiro antes este enfim, quase que em forma de suspiro, um prolongado e angustiado suspiro, em face das notícias políticas recentes.
António Guterres abadonou o cargo de primeiro-ministro com a invocação de evitar o pântano.
Jorge Sampaio, presidente da República, legitima Santana Lopes em nome da estabilidade e da continuidade de um projecto.
Porra, nem um nem outro acertou, perto que fosse, no alvo.
Isto cada vez mais parece um pântanos e estabilidade é coisa que este governo nem sequer imagina o que seja.
Estamos bonitos, estamos.

sexta-feira, novembro 26

perto, pertinho

a sondagem de Novembro elaborada para a RTP, Antena 1 e Público coloca o PS no limiar da maioria absoluta, com pouco mais de 46%.
Para além do reconhecimento da asneira da governação de P. S. Lopes e sus muchachos não pensemos que são favas contadas. Há muito trabalhinho pela frente, há muita ideia feita a combater, a destruir a desconstruir, a desmontar de modo a que, em face de pequenos aumentos e muita publicidade, não passe, quase que despercebidamente, o efeito destes dois últimos anos de governo à direita.
Nada de empandeirar em arco, que a luta continua.

quinta-feira, novembro 25

novidades

Passe a publicidade, que desta vez perdoo, abriu recentemente um novo espaço comercial em Évora. Dedicado aos papás (pai e mãe, entenda-se) e ao respectivo bébé antes, durante e pós gravidez/parto abre um espaço de oportunidade e uma oferta que Évora e os eborenses decerto estranharão.
Desde a ginástica preparatório para o parto, o acompanhamento e arrumação de toda a parafernália de necessidades, o acompanhamento técnico e médico, o parto, a recuperação da mãe pós parto, a criação de novos laços ou de pelo menos diferentes na família, mediante a adpatação ao meio aquático, as técnicas relaxantes para o bébé dormir ou fazer outras coisas, é toda uma oferta que enquadrada num espaço cheio de cor, desperta emoções e vontade de estar.
Vale a pena passar por lá, não tenho nenhum empatado, mas gostei efectivamente do espaço. Fica na zona industrial norte, entre a estação da CP e a rotunda da Opel, mesmo em frente aos mármores.

simples

não sei se oficialmente já está aberto o espaço que circunda as muralhas da cidade entre a Porta de Raimundo e a de Serpa Pinto e que se prolonga um pouco mais para acima. Não sei se a fonte da Porta de Raimundo onde, segundo fontes locais bem informadas, se dispenderam balurdios e grandes fortunas, já terá sido formal e oficialmente inaugurada.
Não sei e desculpem lá qualquer coisita, nem quero saber.
Está bonito, simples e bonito. Um espaço que será fácil e rapidamente conqusitado pelos eborenses.
Faltam outros, faltam mais destes espaços é verdade. Mas esta é uma porta de entrada à discussão de outros projectos, outros espaços onde o cidadão deve ser prioritário e central na definição da cidade. [como estou certo que o coro de vozes maldicentes vai ser magnífico de apreciar].

início

estamos outra vez em cima de um outro Natal.
Não damos por ela, mas o tempo passa, os anos aceleram qual condutor português com Ferrari entre as mãos.
Estamos no Natal e inicia-se o processo de pensar a quem vamos reconhecer a amizade e o prazer da companhia, o que lhes vamos de dar, etc.
Para início de sessão começa-se pelos filhos, que começam a ultrapassar a idade de se contentarem com um boneco(a), um carrinho (de pilhas ou de bébé).
Depois, os pais e sogros, eventualmente uma peça de roupa que fica sempre bem e que é sempre útil - todos os anos é a mesma coisa em face da falta de imaginação, mas não só.
Depois os amigos mais chegados, aqueles que são padrinhos ou tios do filhotes. Um livro, um disco, uma garrafita, enfim, sempre o mesmo, sempre a mesma falta de imaginação e de oportunidade.
Depois aqueles com quem, por uma ou outra razão, mais nos cruzamos ao longo do ano. Um lembrança pequena, miudezas apenas para lembrar da simpatia e da amizade.
Mas que é um desatino andar a pensar no quê, para quem e no quanto já se gastou, lá isso é. E ainda me falam em espírito de Natal. E se criassemos um blogue com ideias de prendas para toda a gente? Sempre facilitaria a vida a muitos.

terça-feira, novembro 23

do silêncio

não sei se por confronto com a velhice do meu pai dou comigo a passar mais tempo a ouvir os outros do que a falar com os outros. Será que finalmente me entrou algum do juizo nesta cabecinha ôca?
Tenho uma paciência que alguns rotulam de santo, que não sou por muito que me possa pintar com essas cores (quais são elas?).
O certo é que este passar de anos e de aturar as gentes e de as gentes me aturarem deram por esta altura para me sentir não sei como dizer, velho? não sei se será uma resposta adequada, tenho dúvidas, quero ter dúvidas. Mais experiente, talvez seja essa uma das virtudes deste momento que atravesso.
Dou por mim a apreciar coisas vulgares, normais, simples, do nosso dia-a-dia, de um quotidiano que é feito por nós. A procurar não complicar aquilo que é simples e bonito, a não procurar acrescentar nada àquilo que está, penso eu, completo.
Alguns certamente sorriem com a evidência, com a constatação deste facto. Pois é, eu agora também. Gosto de sentir este tempo a passar por mim, como gosto de lhe reconhecer alguns dos seus efeitos.
É claro que há contratempos. No fim de semana passado, armado em rapaz ágil, capaz de entrar por uma janela que está mais ou menos a dois metros de altura esparramei-me todo junto, com todos os ossinhos junto no chão, num baque ôco e silencioso. Apenas soltie um ai e um porra que já não tenho idade para estas coisas. Mas entrei.

velhice

o meu pai envelhece dia após dia. Sinto-o a escoar-se no tempo, no passar dos dias.
Há anos atrás foi o coração que o ia levando para outros sítios e lhe limita e condiciona o dia-a-dia. Agora é a vista que o deixa ficar mais sozinho, mais isolado, mais dependente.
Sinto o meu pai a acabar-se, a ir-se, a esfumar-se.
Tenho 41 anos e tenho a sorte de os meus pais estarem por cá, me acompanharem, ainda me orientarem e ajudarem. Com esta minha idade há muito que eles tinha ficado sozinhos, sem referências, sem raízes.
O velho Manel, nesta sua sina de velhice, agarra-se à companheira de uma vida, que o atura, o ouve, o apoia, o ajuda. Torna-se mais quezilento, mais amargurado, mais rezingão. Mais velho, afinal.
Fico sem saber o que fazer, o que dizer, como agir entre a evidência da velhice do meu pais e a tristeza da minha mãe.

segunda-feira, novembro 22

outras tentativas

mas não é só na capital que andam às voltas com nomes. Também por estas santas paragens as hostes não se entendam. Segundo oiço dizer as tentativas, os nomes, as jogadas são transversais.
O PS, para além de procurar garantir outros lados e outros confrontos, é em Beja que se afirma o mair embate; procura-se um nome, há vários, é certo, mas basta um para afirmar a hipótese de o último bastião cair.
O PCP, para além de querer manter o pouco que ainda tem e que sente fugir por entre os dedos, procura pelo menos uma hipótese credível de afirmação, quer em Évora quer em Portalegre. Mas há ainda pequenos locais, mais recôndidos mas não com menos expressão política e eleitoral.
O PSD procura garantir Portalegre, dúvido, criar alternativas credíveis em Évora e em Beja, consolidar posições e, eventualmente, abalançar-se a novos locais - mais uns que outros, a ver vamos. O grande desafio para este partido na região é não apenas apresentar nomes credíveis, um projecto alternativo que nem ria, mas também contrabalançar a acção do governo. Neste aspecto estão bem, pois a campanha neste sector à muito que começou e os valores apresentados para o orçamento de estado do próximo ano fazem pressupor que a luta - de conquistas ou de afirmações - não irá ser fácil.

tentativas

que a organização dos combates tendo em vista as autárquicas já começaram é uma evidência para quem gosta de acompanhar a política nacional.
Que as tentativas de encontrar o candidato certo para o lugar certo se sucedem, todos percebemos isso, particularmente quando é para conquistar um lugar perdido, um protagonismo desapossado.
isto a propósito do PS procurar um candidato à CM de Lisboa. Primeiro era António Costa, em minha opinião (eu sei que não vale nada neste argumentário e muito pouco cá em casa) o melhor candidato, um lider que assumiria um projecto, a união entre diferentes argumentos e sectores e uma acção política claramente necessária na capital, volto a dizer em minha opinião.
Descartado logo foi Manuel Maria Carrilho, porventura por alguém o pretender noutros lados, a ver vamos.
Ficou na calha um técnico (faltar-lhe-á a política), Mega Ferreira, não é de todo desinteressante, mas conseguirá ele na capital um décimo do que fez na expo milhões de euros a menos?, conseguirá ele trazer o capital político necessário para gerir uma capital?.
Agora atiram o nome de Ferro Rodrigues. Não sei se para desistir de Belém, se para experimentar e ver o que dá. Falta saber em que ficamos, mas este combate é demasiadamente importante para se andarem a desbaratar tentativas, hipóteses e, muito particularmente, pessoas.

auto-estima

dizem que a auto-estima do país está de rasto, que nunca esteve tão baixa.
Acredito, mas à semelhança do Partido Socialista e do seu lider, José Sócrates, apresento propostas. Querem aumentar a auto-estima? basta por dinheiro no bolso do português e logo verão e sentirão o aumento da auto-estima nacional.

quinta-feira, novembro 18

das entregas

hoje fui entregar a azeitona ao lagar. Passei lá pouco mais de três horas e aproveitei a oportunidade para disfrutar das pessoas, ver e observar aquele conjunto de velhos alentejanos, dobrados dos trabalhos da azeitona, da apanha, dos trabalhos.
É um prazer, uma sensação que vai para além da absorção, sentir que as pessoas, estes velhos que conversam sobre tudo e sobre nada, que mostram a passagem dos tempos, o cutir do sol e da chuva, do vento e das geadas, gosto de os ver, de me rever neles, de sentir que um dia serei, ou pderei ser, como eles.
Aqueles velhos alentejanos que passam o tempo da espera de mãos nos bolos, corrijo, não são as mãos, apenas as pontas dos dedos, como se os braços fossem demasiadamente curtos para chegar aos bolsos.
Eu era dos mais novos que ali estava, no meio de todos aqueles homens que entregavam a azeitona. O meu sentimento era dos mais velhos, observar e esperar. Com todo o tempo do mundo, o azeite que um dia escorrerá pelo galheteiro.

quarta-feira, novembro 17

trovas

não serão do vento que passa, como cantava o poeta, antes notícias destes tempos.
Nota-se, pela acção do governo, que existe uma preocupação de fazer passar ideias, mensagens que contenham algo de esperança, algo que vá ao encontro quer da afirmação de P. Santana Lopes, que a crise acabou, qual decreto regulamentar e normativo, mas também de politicamente correcto e inóquo. Ele é o fim da crise, a brigada fiscal, as medidas anti tabaco, etc, etc.
Estou seriamente desconfiado que não será sol de pouca dura. Estou seriamente desconfiado que iremos ter disto - demagogia, populismo, promessa fácil em verbo de enchar, o politicamente correcto e anafadinho, medida que agrade a Deus e aos diabos, ao grego e ao troiano - durante, pelo menos, mais um aninho. Até às autárquicas. Depois se verá qual a capacidade de ir até às legislativas.
Ou estarão já a pensar que ganhar as eleições legislativas são favas contadas????

terça-feira, novembro 16

da torre

o recém chegado blogue Torre de Menagem, criado e mantido por um conjunto colectivo de braços e vontades partilhadas, corre o sério risco de tornar uma referência em face de dois aspectos que o marcam e caracterizam.
Por um lado, por trazer, talvez sem querer, quem sabe, a construção partilhada de uma ideia de Alentejo. Coisa rara para os lados de Beja (que gosta de se demarcar e criar a sua própria fronteira do Baixo), mas que corre o risco de se afirmar e ainda bem que assim possa e deva de acontecer, pois só enriquece uma discussão e consolida uma imagem.
Segundo, os contributos diferenciados, apesar da similitudes das sensibilidades e das opiniões, só pode contribuir para se diversificarem ideias, pontos de vistas, olhares, como diria um amigo.
Exemplo disso é o conjunto de textos, entre a opinião e a recolha, referentes às hortas sociais. Entre as ideias e as metáforas, descubram-lhes as virtualidades.
estão de parabéns caro compadres.

campanha

o compadre Carlos, das ideias soltas, deixou o comentário numa das minhas postas onde refere o descaramento da campanha eleitoral que se instala na região em face da proposta, e certamente da garantia, do orçamento de estado para o próximo ano.
Sem caroços nem espinhas, a campanha inicia-se assim que entrar em vigor o orçamento de estado, sem a mínima das dúvidas, sem qualquer subterfúgio, está tudo lá, objectivos, intenções e acções que irão orientar a campanha.
Não se acomodem as atenções, não se escondam as vontades ou papamos com eles mais 4 anos, pois tudo está montado para que assim seja. Espero e farei forças para que não.

cavaqueira

ao frio de um final de tarde, em local impróprio para isso, à porta de um supermercado, troquei ontem conversa com o mestre do alentejanando.
entre convites e vontades, ambas de ir à taberna, à tasca do compadre, ficaram troca de ideias entre o que é Évora e o que é Beja, as dinâmicas e os blogues, as vontades e as acções.
fica, no meio de todo aquele frio, a vontade de nos encontrarmos em mais ameno ambiente, para dois dedos de conversa, para a entorna de uns quantos tintos e mais os petiscos que lhe andam pespegados.

segunda-feira, novembro 15

futuro

esta ideia, expressa na delimitação do distrito de Beja, é perfeitamente passível de enquadramento e cabimento no distrito de Évora.
para quem já teve possibilidade de folhear as páginas do OE, das grandes opções do plano e do PIDDAC para 2005 percebe que a campanha eleitoral está/estará perfeitamrente instalada, como compreende melhor a frase de Santana Lopes que já não se justifica a austeridade.
A incompreensão para Beja serve de igual modo para Évora, de acordo com os círculos do poder a atenção está onde estão os órgãos de comunicação. Onde estão eles, onde estão eles.

aniversário

hoje dou conta do aniversário da esposa, sempre uma boa altura de pensar o que se tem feito, como aqui se chegou, um balanço.
não digo a idade, mas digo que cada vez gosto mais das trintonas, madurinhas mas rijas, experientes mas com sensibilidade da descoberta, conhecedoras mas prontas para a exploração.
é um caso típico do signo escorpião, venenosa com a verdade, cruel com a sensura, sensível com o elogio, amiga do seu amigo.
como marido e companheiro aprecio a sensibilidade, o sentido da vida, o pragmatismo do quotidiano, o olhar feminino, o sentido desperto para o inesperado.
Como pai e companheiro o sentido de tolerância, de respeito, de bom senso com que procura orientar a sua acção.
Como companheiro apenas e somente me desperta a atenção o seu dinamismo, o seu sentido prático, a sua sensualidade, o seu olhar, o lábio irrequieto.
é a minha melhor amiga.
parabéns esposa.

domingo, novembro 14

final

a entronização chegou ao fim.
Inevitavelmente entre críticas à boca pequena e comentários de muitos e longos anos de poder de tudo houve e tudo marcou o processo de entronização.
Na minha (i)modesta opinião valeu por dois aspectos. Por uma clara assunção de poder, de medo de perder o poder, de jogos e interesses de poder, por um lado, mas também que é um lider a prazo. Todos aqueles que necessitam de afirmar o seu prazo de validade costumam, assim a história o diz, pecar por defeito.
Isto é, entre uma e outra das ideias que retive um claro e objectivo passeio intestinal. Para fora apenas o q.b. mediático de justificação da entronização.
Enfim, cenas normais.

quinta-feira, novembro 11

críticas

eu sei que é fácil e há muitos outros que o fazem melhor que esta minha escrita, mas não resisto em chamar a atenção para uma posta do Abrupto. Para além de ser um local incontornável pela escrita, pelas coisas simples, é também útil para desmontar a lógica que Santana Lopes e sus muchachos procuram instituir.
Deveras interessante, notem só:
Os Conselhos de Ministros fora de Lisboa não são novidade. O actual governo
tem-se especializado nesse tipo de reuniões, mas seria injusto atribuir-lhe
apenas este tipo de práticas (...) É uma maneira fácil de parecer que se faz
alguma coisa sobre a parte mais deprimida do país e, face à indiferença da
comunicação social nacional, sempre se pode obter algum interesse da regional.
Em véspera de eleições autárquicas, tem também alguma utilidade.

Tá tudo escrito e bem escrito por quem sabe do ofício.

cheias

não são ainda as cheias que tudo inundam, sobem pelas paredes e deixam marcas quer nas paredes quer nas almas das gentes.
Estas refiro-me às contas de e-mail do pessoal com quem trocamos graçolas, piadas e coisas mais ou menos próprias da Internet. Não acho piada andar a distribuir tudo isto e de volta receber aquela idiota notícia:

This message is larger than the space available in the user's mailfolder.
(#5.2.2)O tamanho desta mensagem excede o disponivel na mailfolder do
utilizador. (#5.2.2)

e pronto cá ficamos nós entristecidos pelo colega não se rir e não ter oportunidade de achar piada àquela coisa que nos fez rir.

milenar

mal dei por isso, mas o meu contador de passantes de quando em quando dá saltos. Hoje dei com ele a ultrapassar a fasquia dos milhares. Virei milenar. Obrigado pela simpatia, obrigado pela amizade de folhearem o pensamento que é meu, as ideias que são nossas, o sentimento que é de todos.
É um privilégio sentir que não escrevo única e exclusivamente para mim. Espero poder ser útil, que de inutilidades estamos todos muito cheios.

a torre

Com o devido descaramento faço a digulgação de um sítio que é de ter em consideração, séria e atenta, pois é de menagens, autonomias e afirmações locais que se trata.
Na minha caixa de correio, dei com este pedido, assim:
Aproveito descaradamente para fazer publicidade à Torre de Menagem com o
endereço:

http://torredemenagem.blogspot.com/

Cumprimentos

Carlos a.a.

A torre de menagem é uma imagem que sobressai da cidade de Beja, altiva, imponente, eleva-se muito acima dela, afirma a sua autoridade, como em tempos se afirmou a sua autonomia. Marca a sua características e define a sua particularidade de cidade.
Fica o destaque e a referência que é sítio de passagem e de se estar, com calma claro, pois é do Alentejo que se trata.

quarta-feira, novembro 10

da bifana

trabalho na terra das bifanas - da fama e de algum e bom proveito, não se safa Vendas Novas.
Por isso, hoje, entre o final da manhã e reuniões da tarde, perante o sol que espreita e retempera ânimos, optei por sair do meu espaço de trabalho e encaminhar-me para um dos vários sítios em que predomina a dita cuja bifana no pão.
Optei pelo percurso mais longo, caminhando entre ruas típicas de uma viragem de atitudes e de alteração de tempos e vontades, isto é, de um lado predominam as pequenas courelas, as quintinhas, algumas pouco maiores que um quintal de bairro, onde predominam as pequenas culturas, o complemento familiar, a batata, as couves, os limoeiros e as laranjeiras, onde tanto existem cães e gatos, como patos e galinhas. Do outro lado, predominam as vivendas típicas de um momento de afirmação política mas essencialmente social, com passeios largos, árvores frondosas e, como um golega diz, com janelas tipo fenêtre.
Chegado ao sítio de destino entretive-me com duas delas, fininhas, entre duas fatias de pão aquecido, com molho que deixa os dedos prontos a serem lambidos, chupados, numa qualquer atitude mais ou menos erótica para quem, de forma despercebida repara nesse acto feito de forma clara e óbvia. Um prazer, um deleite, uma delícia entre reuniões, que desperta a pouca vontade de ouvir falar das sempre eternas e sempre presentes banalidades.

terça-feira, novembro 9

presente ausente

não consigo, como quero e gosto, marcar uma presença asídua neste meu espaço. A disponibilidade de máquinas não é tão grande com antes, como a vontade não se manifesta do mesmo modo. Daí solicitar as desculpas ao facto de me ausentar, sem querer, durante períodos de tempos superiores ao normal. Não abandono nem é o fim deste espaço, é apenas a sua necessária e inevitável reconfiguração, fruto dos contextos e condicionalismos actuais.

novidades

para além do surgimento de algumas novidades mais locais a alteralção de um dos endereços incontornáveis na blogosfera eborense. O mais Évora mudou-se de armas e bagagens aqui para os lados do blogger. É a confirmação que a esta plataforma nacional tem dificuldades em gerir o tráfego, como é a necessidade de evolução deste sítio.
Bem vindo.

não concordo

... mas, certamente, terei poucos votos, farei parte de um qualquer colégio eleitoral minoritário, mas não concordo que o Estremosz in Loco esteja a chegar ao fim.
É certo que posso dizer as maiores barbaridades, o meu impacto é certamente mais ineficaz que qualquer dano colateral dos aliados, tão poucos são aqueles que [graças aos céus] têm a pachorra de passar por aqui, ler esta ideias e, certamente, menos ainda aqueles que me levam em consideração [e fiquem descansados que não estou nem me quero armar em calimero].
Mas esta blogosfera é incontornável, insubstituível na construção das ideias, na leitura do mundo, na percepção do que por aqui e por ali se passa, na compreensão desta realidade, na descodificação das suas inúmeras mensagens.
O Estremoz in loco é uma dessas minhas lentes. Espero, faço votos, destes silenciosos, destes pouco audíveis, para que fique, pelo mais um tempo. Aquele que seja necessário para perceber em que mundo estamos, em que terra estamos nós e em que terra queremos estar.

sexta-feira, novembro 5

da festa

a festa ainda nem sequer começou ou, utilizando uma metáfora mais usual, a procissão nem sequer pisou o adro da igreja, mas já há pessoal incomodado, pessoal que, há falta de outros argumentos, levanta a voz e se insurge com manifestos de recordação, qual post it de memória, sobre o prometido e o devido. Espero bem e aí estamos de acordo, que a memória das gentes não seja curta e se saiba comparar 25 anos com 4, o prometido e o devido entre uns e outros.
Estou certo que as gentes de Évora têm consciência do que foi feito, do que foi dito, do que foi prometido, do que foi adiado, do que é evitado por uns e por outros.
Mas, para além de levantarem a voz e de nos ajudarem a recordar ideias, digam-nos também dos projectos, das ideias, das estratégias, das apostas, das opções. Depois, e talvez só aí, possamos, em pé de igualdade, discutir. Até lá estou sentadinho à espera.

janta

hoje, daqui a pouco, vou tirar um petisco de coisas não muito usuais, pelo menos cá pró ge.
Época e região de caça vou enfrentar uma perna de veado, eu e mais uns quantos que a dita é grande. Acrescente-se à dita uns cogumelos salteados e um molho, segundo observações fidedignas, picante para aquecer o interior e temos a festa pronta.
Disponibilizo também, já agora, uma referência às entradas de presunto de barrancos (daquele que não há nos supermercados porque foi proibido pela União europeia, mas há em casa de amigos) umas chouricitas assadas de Estremoz (a localidade é importante para perceber a sua composição e textura), mais umas quantas coisas de vinagrete (orelha, polvo, coelho, etc) e outras coisas mais, tudo acompanhado com uns tintos diversos mas todos regionais, que aí, peço desculpa, sou regionalista, oriundos de Estremoz, Pias, Évora e Reguengos (ficam as terras porque são desnecessárias as marcas).
Para finalizar ainda me disseram (porque ainda não estava convencido) que estão à nossa espera uns doces conventuais feitos por um compadre que atesta a qualidade e é garantia de coisa boa.
Afinal, hoje é prá perdição e para o total protagonismo das calorias (estragar o que ando a poupar, enfim).

quinta-feira, novembro 4

sol

hoje, ao contrário dos dias anteriores, o dia surgiu com um brilhosinho nos olhos, raiados de sol, um amarelo que me contagia numa manhã de Outono.

surpresa

tenho que me confessar surpreendido pelo desfecho das eleições norte americanas.
tenho dúvidas sobre o seu impacto nacional e mais intestinos, já não tenho grandes dúvidas que vai fazer mal ao mundo, nomeadamente ao Médio Oriente, às zonas de conflito ou às divergências de interesses sejam eles petrolíferos ou ecológicos, atirados, uma vez mais, para as calendas.
Fico surpreendido com este desfecho, mas há dias alguém, junto a mim, comentava que o governo que mais durou no pós segunda guerra em Itália foi exactamente um de direita/extrema direita, com bases populistas e demagógicas, interesses mediáticos e sociais liderado pelo senhor Berluscuoni [peço desculpa se eventualmente mal escrito].
Por cá, afinal quais poderão ser os impactos? os reflexos da opção americana? será que o Portugal profundo, mais conservador, mais arreigado aos valores tradicionais da direita (família, pátria, trabalho, honradez) se irão manifestar e ser superiores à esquerda e à renovação política e social?
Coisas a descobrir nos próximos tempos.

segunda-feira, novembro 1

rodopio

é vê-los, é parar e perceber de onde vem tanta gente onde estava toda esta gente que fim-de-semana sim, fim-de-semana sim enche o espaços dos marches. E o engraçado é que os outros não ficaram às moscas, não senhor. Há gente para tudo e para todos, os espaços estão cheios, todos, que nem um ovo.
perceptível e entendível quando ouvi um senhor, entradote, pequeno, calvo, com forte proeminência logo abaixo do peito com claro rigor de esteriótipo alentejano, a dizer para aquela que penso ser a sua esposa, já que aqui estamos, aproveitamos e vamos ver o os outros.
Pois é, é fácil perceber que a variante à cidade já é escassa e que o Natal se aproxima.
Eram necessidades que eram satisfeitas noutros lados, eram necessidades que talvez até não existissem e que agora foram criadas.
Há espaço para mais??

às cores

não é apenas por ser véspera do dia de finados e ser o dia dedicado aos que já se foram para outros lados, mas aproveito hoje para escrever por estas bandas que gosto de cemitérios e que hoje estão mais bonitos que nos outros dias.
Sempre gostei. Pancadas que me ficaram de um poeta que [penso aí ter lido] afirmava o mesmo gosto. Percebe-se melhor o mundo dos vivos, como nos organizamos, de quem gostamos, como nos relacionamos.
Hoje, dia por excelência dedicados aos enfeites, aproveitei e espreitei o nosso cemitério. Pintalgados com mil e um cor, uma primavera feita de muitos tons, cores e odores. Fácil perceber onde estão os mais recentes e os mais afastados, os conhecidos e os desconhecidos.