quarta-feira, novembro 10

da bifana

trabalho na terra das bifanas - da fama e de algum e bom proveito, não se safa Vendas Novas.
Por isso, hoje, entre o final da manhã e reuniões da tarde, perante o sol que espreita e retempera ânimos, optei por sair do meu espaço de trabalho e encaminhar-me para um dos vários sítios em que predomina a dita cuja bifana no pão.
Optei pelo percurso mais longo, caminhando entre ruas típicas de uma viragem de atitudes e de alteração de tempos e vontades, isto é, de um lado predominam as pequenas courelas, as quintinhas, algumas pouco maiores que um quintal de bairro, onde predominam as pequenas culturas, o complemento familiar, a batata, as couves, os limoeiros e as laranjeiras, onde tanto existem cães e gatos, como patos e galinhas. Do outro lado, predominam as vivendas típicas de um momento de afirmação política mas essencialmente social, com passeios largos, árvores frondosas e, como um golega diz, com janelas tipo fenêtre.
Chegado ao sítio de destino entretive-me com duas delas, fininhas, entre duas fatias de pão aquecido, com molho que deixa os dedos prontos a serem lambidos, chupados, numa qualquer atitude mais ou menos erótica para quem, de forma despercebida repara nesse acto feito de forma clara e óbvia. Um prazer, um deleite, uma delícia entre reuniões, que desperta a pouca vontade de ouvir falar das sempre eternas e sempre presentes banalidades.