segunda-feira, maio 31

público e privado

O Blog do Alex, posta 1482, por circunstâncias várias, coloca uma questão pertinente e a merecer a nossa atenção.
Entre o espaço privado e a opinião pública e a nossa opinião publicada, todo um espaço de abertura, transparência e exposição que pode dar oportunidade e espaço a manobras muitas vezes inadequadas.
O descanso dele, do alex e nosso, é a honestidade com que cada um faz o que faz. O resto são tretas e dores de cotovelo.

domingo, maio 30

dualidades

O Alentejanando, por causa da feira do tapete de Arraiolos, discorre sobre Influência muçulmana ou influência cristã, que, de quando em quando, se nos depara na construção da identidade do Alentejo.
Tenho que reconhecer que já foi uma das minhas áreas de entretem, nomeadamente na construção dos espaços da religiosidade.
Entre eles, um ideia sempre marcou o trabalho e o pensamento, a da confluência, umas vezes em confronto outras em amena cavaqueira, das dualidades que percorrem esta geografia, a do norte/sul, a da terra/mar, cristão/muçulmano, criação/criador.
Seja qual for a razão primeira deste espaço que é o Alentejo, uma coisa é certa, a da forte identidade cultural, a da marca profunda na vivência deste espaço que para além de individualizar, diferencia perante iguais.
Este é o Alentejo.

sábado, maio 29

da Europa

Começou a campanha para as eleições europeias.
Certamente que com olhares e valorizações profundamente diferentes de acordo com a nossa posição no espectro político partidário.
Mas nunca umas eleições foram tão importantes como estas, e por duas ordens distintas de razão.
A primeira porque é a Europa, a União Europeia e o seu colégio, quer de comissários quer de deputados, que define e determina muita da política nacional, que condiciona opções internas e nacionais, que indica opções e escolhe alternativas. A união europeia é um dos principais elementos reguladores da vida nacional. Deixar de optar nestas circuntâncias é deixar nas mãos de outros as grandes opções.
Uma segunda razão diz respeito à política interna. Mais que cartões vermelhos ou amarelos, mais que fat divers politiqueiros, interessa dizer, mostrar a nossa opinião. De acordo com os mentideros diz-se que o governo se prepara para conceber tolerância de ponto no próximo dia 10 de Junho, ótpima oportunidade para desvalorizar um acto da democracia e reconhecer, perante a eventual abstenção, que o povo não se manifesta simplesmente porque não discorda das opções nacionais deste governo.
As opções são nossas, as indicações são nossas, o voto é nosso.
Não prescindo dele.

dia de aniversário

Reconheço que ando com pouca vontade de escrever.
O cansaço, as solicitações, as obrigações, os deveres e outros que mais, têm definido o meu tempo e a gestão do meu quotidiano.
Hoje apenas uma fuga para dizer que é dia de aniversário cá em casa. A Maria, a mais nova, faz 7 anos.
Os dias de aniversário dos filhos cá em casa são vividos, pelo pais, entre um misto de prazer e felicidade entrecortado com alguma ângustia.
Os partos não foram fáceis, os primeiros dias deles não foram nada fáceis. Ela, a Maria, passou a primeira semana na neonatologia, acompanhada de cuidados, mimos, atenções e muitos tubos e agulhas que eu não acreditava que pudessem ser para ela. Mas eram, quer a atenção, quer os tubos, quer as agulhas. A mãe deitada, dormia, dormiu durante mais de 48 horas, por uma anestesia desadequada. A filha nada dizia, não se manifestava. Era eu, sozinho que percorria os corredores do hospital para ver uma e outra, depois para dar conta de uma à outra.
Sempre que há aniversários cá em casa, percorrem-me essas recordações, hoje algo gratas, porque tudo fica bem quando acaba bem, mas prometemos que mais filhos não, o coração não aguentava.
É também por estas que gosto de ser professor e encarar cada aluno como um caso, um desafio, um futuro.
Porque, apesar de tudo e exactamente por tudo, vale a pena.

quarta-feira, maio 26

boicote

recebi um mail que reza assim:

DIA 2 DE JUNHO NÃO METAM GASOLEO NEM GASOLINA
Boas, vamos fazer um boicote ás gasolineiras para dia 2 de JUNHO ninguém meter um litro de combustivel... Se não pusermos mão nisto agora nunca mais meteremos!!! Por favor ajudem a espalhar esta msg por mail, sms, folhetos nos cafés e nas ruas e perto dos postos de combustivel como eu vou fazer!!! Somos nós k mandamos no País!!! Sem nós o País não anda!!! Se pelo menos 50% dos Portugueses aderirem no dia 2 DE JUNHO será uma quebra muito grande, e com uma ameaça de um novo futuro boicote as gasolineiras até tremem!!!!!! Façam Copy Paste desta msg e enviem por mail e sms e escrevam Folhetos a dizer: DIA 2 DE JUNHO NÃO METAM COMBUSTIVEL!!! Vamo-nos unir!!!!!!!!!!!!!!!!!

vamos embora.

radical

Com a presença do primeiro ministro em terras de S. Bento, com os ânimos tão elevados como estiveram durante a manhã, a única esperança que é ao mesmo tempo um receio, é a de cairmos no radicalismo, na intolerância, na não consideração pelo outro, no desrespeito.
Já estivemos mais longe deste radicalismo. A isso nos obrigam.

da oligarquia

A sensação com que fico, ao ler este conjunto de títulos na secção nacional, é que está de volta uma oligarquia.
Após trinta anos, regressa, com espírito renovado, um novo look e novos objectivos bem como novos meios de suporte, todas as características socio-políticas que caracterizaram o período salazarista em Portugal, mas também a Europa da primeira metade do século XX.
Não é, ao contrário do que se possa pensar, um juizo de valor.
É uma constatação de factos.
A delimitação da esfera do poder por amigos e conhecidos, a gestão da coisa pública por técnicos e em face de questões técnicas, a sobreposição de interesses partidários em detrimento de interesses sociais, a clara obstaculização de acesso aos meios de comunicação, as visões únicas e autocentradas, a apresentação de valores inquestionáveis, a valorização do presente em detrimento de um futuro.
Sei que não simpatizo com este governo, reconheço o exagerado papel preponderante da economia e das finanças na estruturação social, por (de)formação académica tenho um olhar historiográfico, mas tudo isto, eventuais defeitos para alguns olhares, apenas reforçam o meu estado de espírito que os caminhos estão condicionados a algumas famílias, a alguns grupos político-sociais, que a escola uniformiza e não diferencia, que a equidade é um palavrão, que a igualdade de oportunidades é fóssil pré-histórico.
A ascenção ou, pelo menos e no mínimo, a mobilidade social está claramente condicionada, refreada, circunscrita a grupos de pertença.
Estou certo que não foi este o Portugal pelo qual muitos deram o corpo e a vida. Tenho a certeza que não é este o país que quero.

do alterne

Ontem, em face de uma reportagem da sic sobre o encerramento das casas de alterne em Brangança, reconheço que fiquei algo surpreendido.
Depois das movimentações das mães de Bragança, depois de o governador civil procurar impor a ordem, a moral e os bons costumes, depois do enorme confronto entre o local e o global com passagem pela newsweek, surgem comerciantes e cidadãos daquela cidade a queixarem-se da quebra do negócio, a reclamarem que voltou o sossego.
Em contrapartida, do outro lado da fronteira, numa pequena localidade com pouco mais de mil habitantes, as pessoas regozijavam-se pelas caras novas, pelas caras bonitas e, obviamente, pelo acréscimo de movimento e de facturação.
Contrastes de países e de culturas, de formas de encarar a vida.
A Sofia trás hoje o mesmo tema, colocado do lado dos sentimentos fingidos, dos exageros, das trocas vendidas, da fuga e do desconcerto, do engano e da fuga.
Entre um e outro, pergunto, levanto questões:
Que queremos nós para nós mesmo? Como encaramos o nosso presente e como concebemos o nosso futuro? Como construímos formas de ultrapassar as nossas contradições?
Os fins, do desenvolvimento, do económico, do social, do prazer, do que quer que seja, não justifica os meios. Mas temos de saber optar, temos de saber construir um futuro. E que não seja em falsas moralidades, em hipocrisias, em fingimentos levianos, em interesses mal definidos.

terça-feira, maio 25

que mais acontecerá

A propósito desta notícia, que mais irá acontecer a este Benfica.

segunda-feira, maio 24

das culpas

Esta de culpar os outros pelas incompetências próprias é engraçado e faz lembrar este país em que nunca somos nós os responsáveis. São sempre os outros.
Há sempre algo ou alguém responsável pela asneira que faço. Ou é o estado do tempo, bom ou mau, o piso, escorregadio, sinuoso, em mau estado, ou o outro que conduzia depressa demais, devagar demais, etc.
Só da cabeça do nosso primeiro é que poderia sair uma coisa destas....

domingo, maio 23

das paisagens e das pessoas

A propósito de uma imagem lindíssima, no alentejanando, à semelhança de muitas outras sobre o Alentejo, lembro-me de hgá uns tempo procurar imagens de pessoas no Alentejo/alentejanas.
Na procura, tendo como objectivo a criação de um poster sobre a região, consegui encontrar dois tipos de imagem que são, para quase todos os efeitos, as imagens de marca da região, paisagem física e velhos.
Imagens que caracterizem a juventude, em Beja, Évora ou Portalegre, nada. Imagens que caracterizam um quatidiano, nada. Imagens que associam juventude, dinamismo, futuro, perspectivas de longo prazo, nada. Associação entre tecnologias e Alentejo, nada.
Terá sido porque não procurei conveniente e adequadamente?
Será que é esta a imagem que os políticos da praça nos querem impor?
Será que decorre da imagem que as regiões de turismo procuram vender?

sexta-feira, maio 21

Portugal dos pequeninos

Concordo com Durão Barroso na sua resistência quando não mesmo teimosia em fazer remodelações.
Assumir uma remodelação, pequena, média ou grande, é reconhecer incompetências, desalinhos, desentendimentos, inadequações, partes mais fracas de um todo que se quer precisamente o contrário.
A substituição do ministro das cidades e do ambiente (que já cheirava mal) é uma prova disto mesmo. A recusa em dar parte fraca.
Ficam a faltar, no entendimento dos analistas, mais substituições. Eu digo o contrário. Deixem-nos lá estar, a quantidade de asneiras que produzem hão-de sortir efeitos e cair-lhes, assim espero e para isso trabalho, em cima.
Isto é um Portugal dos pequeninos.

do atrevimento

É um claro atrevimento nomear um senhor que ganha mais que o primeiro-ministro, que o presidente da República e, claro está, de quem o nomeia.
Como é atrevimento de um jornalista da SIC referir que são custos inevitáveis quando se quer um gestor competente. Se a competência se determina pelo vencimento do fim do mês, quero um aumento, e já. Se acusamos os clubes de futebol de viverem acima das suas capacidades mediante contratações sempre questionáveis, olha que...
Faz aquilo que digo, não o que faço...
É o desnorte, a desorientação... quem se lixa somos nós, os tugas.

quinta-feira, maio 20

da Europa

No âmbito da campanha para as eleições europeias, do próximo dia 13 de Junho, estive há pouco no Fórum Europa é Connosco, realizado na Associação de Estudantes da Universidade.
Deste fórum retive duas ideias.
Discutiu-se a Europa a partir de uma ideia de Estado-Nação, uma ideia oriunda do século XVIII, consolidada no século seguinte e confirmada, com base no princípio de Estado-Nação-Providência, ao longo de todo o século XX. Uma ideia que constrasta com a União Europeia, muito mais próxima (e aqui sem qualquer juizo apreciativo) do Estado-Federação (ou confederação).
Segunda ideia que retive, no confronto do já chavão glocal, isto é, entre o global e o local, num tempo em que a comunidade (local e social) é cada vez mais regulada por medidas oriundas de patamares europeus, qual a capacidade da comunidade local e social influenciar a capacidade de regulação europeia, logo mais global?

as portas

Felizmente que sem autorização, entra-me pela janela o som dos The Doors, penso que seja a preparação da Queima cá da terra, que se realiza em palcos próximos.
Um som escorreito de uma banda pela qual me apaxonei, infelizmente, há já uns anitos largos e que me fez, de resto à semelhança de um gosto de S. Beckett, visitar o cemitério de Paris onde está Morrison.
Que não seja confundido nem com saudades, nem com nostalgias etárias, apenas o imenso gosto de ouvir a voz de Morrison.

do positivo

A propósito do Portugal Positivo apenas lembro, caso seja necessário, que a onda de pessimismo foi encomendada por um discurso de tanga deste governo e que não são suficientes novos discursos, agora positivos, para nos tirar a depressão.
Há pessoas com fome, há pessoas amarguradas e angustiadas por que não têm emprego, há pessoas que perdem bens que sempre ambicionaram e para o qual trabalharam.
Há angustias inultrapassáveis com discursos positivos porque são sentidas na pele e nos mais profundos sentimentos das pessoas.
Há sentimentos feridos, pela perda do posto de trabalho, pela idade avançada, porque nunca tiveram outra oportunidade que não a do trabalho indiferenciado e sobre-explorado.
Neste sentido, permita-se-me a adaptação do cartaz do BE, guerra? só se for a este governo..

quarta-feira, maio 19

quem avisa...

Apesar do nosso Ministro da Administração Interna (Durão que o aguente por muito e bom tempo, pela quantidade de asneiras que produz, é óptimo neste governo) dizer que está tudo bem, que a final da taça decorreu lindamente e que nada de registo houve a assinalar, há quem avise o pessoal.
Este aviso é explicito, nada de rodeios, nem de rodriguinhos. Espero que o MAI perceba o alcance deste aviso. Faço votos para que consigamos passar despercebidos, mas....

de regresso

O Mário, um dos culpados de eu por aqui andar a deixar ideias e postas, está de regresso. Só espero que seja por muitos e bons tempos. Pelo menos enquanto dormir descansado de noite. Eu já sei que daqui a pouco há trabalhos, e dos bons.
Bom regresso. Fazias falta.

Évora para mais

No zapping que efectuo pelos blogues cá do burgo, dei, apenas hoje o que lamento, com uma referência a estas Crónicas do Deserto, no Mais Évora.
Deste meu lado e em face do comentário ali apostado, que agradeço, apenas duas pequenas e breves observações.
A primeira para referir que prezo a democracia e por isso integro neste meu espaço todos aqueles que, ainda que possuam posições e interesses diferentes dos meus, partilham comigo o desejo e a vontade de ter um país melhor e mais solidário bem como uma cidade mais simpática e tolerante e com maior qualidade de vida. Por isso, estão aqui aqueles que conheço e que vou referenciando.
A segunda observação para referir que estas crónicas há já algum tempo que deixaram de lado a educação, a escola e a minha vida profissional para se dedicarem exclusivamente a outras paixões, nomeadamente as políticas que, neste aspecto, partilho com muitos daqueles que têm Évora como pano de fundo nesta blogosfera.
A escola e a educação mudaram-se para outro sítio, aqui começava-se a ficar algo "atravancado" entre ideias, discursos e opiniões.
Em tudo o mais, cá estamos para debater, de forma aberta e clara, para uns, encapotada para outros, os princípios e os meios de construir uma cidade melhor, mais adequada aos que aqui vivem, que preserve a memória mas com ela saiba construir o seu próprio futuro.

comentários

Afinal sempre copnsegui, com algum esforço e ainda sem grandes garantias que tudo funciona minimamente, inserir os comentários.
Ficam à disposição.

Alterações

Em virtude da reconfiguração do próprio blogger, é possível, foi-me possível, alterar algumas das ideias que por aqui perpassam, mais correcta e adequadamente algumas re-configurações no layout.
Como não há bela sem senão, perdeu-se - de momento, assim espero - a possibilidade de inserção de comentários.
O correio electrónico, esse, está sempre disponível e à disposição dos interessados.

terça-feira, maio 18

da citação

Não estou, por razões que pessoalmente compreendo e considero óbvias, habituado a ser citado, nem pelas boas, nem pelas más razões, isto é, por concordar ou por não concordar.
Mas de quando em quando sinto-me amachucado, melindrado na minha, direi, falta de sensibilidade.
Isto porque, se há um ano atrás os comentários e a blogosfera serviam para trocar ideias, para debater pontos de vista, para amadurecer posições, para confirmar pontos de vista, para reforçar políticas hoje apenas servem para discorrer a pena sobre um teclado.
Fica-se com a clara sensação que a blogosfera eborense pouco mais tem para dizer e escrever que não seja um conjunto de lugares comuns, de ideias soltas, de opiniões individuais e esporádias, de uma ausência de estratégia e de estrategas.
Há bonitas jogadas individuais, há aqueles que procuram imitar um qualquer Deco, mas que se ficam manifestamente pelas intenções.
Não haja receio de, por um lado, assumir posições - é da diferença que a pluralidade é feita, a democracia construída e as alternativas criadas - reconhecer nomes - são as figuras de cartaz que nós procuramos em primeiro lugar, são os mediatismos que valorizamos - e de, por outro, lado, reconhecer políticas e opções partidárias, fica bem e ajuda quem precisa, como eu, digo.
Enfim é o que temos... há uns tempos diria que é aquilo que merecemos. Será?

das apostas

Há um conjunto de autarquias alentejanas que fazem clara questão em apresentar uma forte, quando não mesmo fortíssima, aposta na área cultural.
Ele são bailados, ele são exposições, ele são concertos de música clássica, ele são palestras científicas, ele são troca de beberetes sobre tudo e mais algumas coisa que se aparente ou cheire a cultura.
Eu pergunto é para quem, que públicos são visados, que estratégia autárquica, municipal é visada, que sentido cultural é definido?.
Caso paradigmático? Montemor-o-Novo, que apresenta um invejável patrocínio de sessões e manifestações culturais, num concelho onde não sinto, não quer dizer que não exista, uma preocupação educativa e formativa, quer de pessoas, quer de públicos, onde se assentuam, de ano para ano, o abandono da escolaridade obrigatória, onde o ensino secundário chega a pouco mais de 35% da sua população, onde os níveis de alfabetização e de iliteracia ainda são significativos.
Mas a aposta lá está, a imagem lá se constrói. Falta saber para quem, porque os propósitos, esses, são mais ou menos visíveis.

da educação

Estive fora o fim-de-semana passado, em amenas conversas sobre a educação.
No meio destas conversas fiquei deveras surpreendido com um conjunto de número relativos ao Alentejo e que pedi para que me fizessem um desenho, pois tinha dificuldades em perceber.
Feito o desenho o esboço é mais ou menos este:
Média nacional de investimento das autarquias em educação, desporto e tempos livres - 16%
Média do Alentejo - 13%
Média nacional de investimento das autarquias em educação - 6%
média do Alentejo - 4%.
A fonte é um doutoramento que decorre numa faculdade de Lisboa, subordinado à tmática da teritorialização da educação e à construção municipal de políticas educativas, e que virá à baila lá mais para o final do ano.
Talvez os ocmpadres não fiquem surpreendidos com os valores. Eu fiquei.

domingo, maio 16

finalmente

Finalmente, foram precisos oito, oito anos, para que o benfica ganhasse alguma coisa.
Ganhou e logo ao Porto. Ainda gosto mais.

sábado, maio 15

eterno retorno

Pego num título famoso para voltar a falar do mesmo, isto é, após uma curta ausência, motivada por questões profissionais, regresso para falar de paixões e sentimentos.
Uma primeira referência para as coisas bonitas que reencontrei. É um prazer olhar aquela escrita, sentir as suas imagens.
Segunda referência para a circunstância do descentramento, isto é, quando se sai da nossa habitual posição de observação (e de observados), uma vez lá regressados reparamos em coisas novas ou, pelo menos, diferentes.
Esta cidade, apesar de se sentirem coisas diferentes, permanece enleada em teias e urdiduras que são difíceis de perceber e mais difíceis de compreender.
Na ausência tive oportunidade de trocar palavras com um colega sobre esta aparente falta de dinâmica local, quer política, quer universitária, quando comparada com outras realidades.
Razões difíceis de apontar. Mais difíceis de perceber.

terça-feira, maio 11

do sul

O Alentejo, de há uns anos a esta parte, entrou na moda e nos discursos sociais de umas quantas revistas.
Para o bem e para o mal este espaço regional ganhou visibilidade e atrái pessoas de todo o lado que gostam de visitar o exotismo português, perceber o porque das anedotas e disfrutar da gastronomia, sempre bem regada, da região.
Um dos blogues que mais aprecio, o alentejanando, traça um retrato adequado do que é aturar este patos bravos que vestem como nunca vi por aqui, que querem ser do campo com traços da cidade, que afirmam gostar do exotismo campestre mas apenas de algumas partes.
O que me chateia neste desenho social e político, são os protagonistas regionais que procuram preservar uma região para turista ver e disfrutar, esquecendo de quem cá vive. O que me chateia é quererem por aqui criar um espaço venatório, uma qualquer reserva índia. O que me aborrece é quererem guardar o passado esquecendo que é ao futuro que pertencemos.
Querer assegurar uma cultura e uma tradição não pode significar hipotecar o futuro, não pode ser proibir a esperança e o sonho.
Querer vender uma imagem de marca, um rótulo tem de ser compaginável com desenvolvimento. É isto que ambiciono, desenvolvimento, sustentável, equilibrado, e não apenas para uns quantos nomes da praça pública poderem escrever livros ou descansar. É para viver, poder aqui apostar e crescer.
É isto que os blogues andam há muito a conquistar.

dos blogues

Quando, há umas semanas atrás, comentei a dinâmica dos blogues do baixo alentejo, muitos olharam para mim com um claro olhar de desconcideração, outros chamaram-me intelectual, outros nem se dignaram a dizer nada.
Provavelmente todos esses hoje não se recordarão dos meus comentários mas certamente sentirão alguma inveja quando leêm as notícias.
Bem feita.

domingo, maio 9

da história

Surgiu recentemente um novo compadre bloguista, de nome História. Há semelhança de outros, não existe uma referência pela qual possamos identificar quem é, sobre o que é, o que deseja, ou o que o move. Há semelhança de outros a cidade é um património, uma ideia, a história entre o contado e o criado, um desafio.
Há afirmações e insinuações que são graves e mais grave se tornam quando escondidas por detrás do anonimato. A blogosfera eborense promete aquecer, estou certo disso, os desafios e os reptos lançados talvez surtam os seus efeitos e possamos trocar ideias. É delas que é feita a democracia, é delas que é feito o futuro.

sexta-feira, maio 7

das bocas

E do povo.
Perante a libertação de Carlos Cruz e perante a arrogância idiota de A. Ferreira Torres, oiço dizer, na boca deste nosso povo, que daqui a pouco os miúdos da Casa Pia são acusados de difamação.
Pode e certamente existirão argumentos que permitam aquilo a que assistimos, mas fica-se com a clara sensação que existe uma justiça para ricos e outra para pobres.
E depois ainda dizem que não existem diferenças entre PS e PSD, pois talvez não se vejam, mas que se sentem lá isso sentem.

das brincadeiras

O dia brinca comigo e connosco. Ora se mostra sorridente e soalheiro, ora se esconde atrás de uma qualquer nuvem mais ou menos cinzenta.
Parece que lhe está difícil a decisão quanto ao seu aspecto, quanto ao que vestir em véspera de fim-de-semana.

quarta-feira, maio 5

do terror

Ouvi há pouco e sem grande atenção o registo de três atentado em Atenas, sede dos jogos Olímpicos de Verão.
E nós por cá tudo bem, confortavelmente descansados?
Não há razões para alarmes?

terça-feira, maio 4

princípio do fim?

Para quem conhece a estrutura político-partidária do PSD esta notícia deveria assustar?
Será um perspectivar do princípio do fim?
Que consequências na organização e estruturação do partido poderá ter a saída da Prof. Maria José Stock?

segunda-feira, maio 3

Maio

Chegámos a Maio.
É porventura um dos meses mais lindos que existe no Alentejo. A explosão das cores, a multiplicidade de tons que se segue ao Abril das chuvas faz despontar sentimentos, lembranças e vontades.
Assim eu tenha vontade de continuar a bater no teclado frente a estas ideias.