quarta-feira, maio 26

do alterne

Ontem, em face de uma reportagem da sic sobre o encerramento das casas de alterne em Brangança, reconheço que fiquei algo surpreendido.
Depois das movimentações das mães de Bragança, depois de o governador civil procurar impor a ordem, a moral e os bons costumes, depois do enorme confronto entre o local e o global com passagem pela newsweek, surgem comerciantes e cidadãos daquela cidade a queixarem-se da quebra do negócio, a reclamarem que voltou o sossego.
Em contrapartida, do outro lado da fronteira, numa pequena localidade com pouco mais de mil habitantes, as pessoas regozijavam-se pelas caras novas, pelas caras bonitas e, obviamente, pelo acréscimo de movimento e de facturação.
Contrastes de países e de culturas, de formas de encarar a vida.
A Sofia trás hoje o mesmo tema, colocado do lado dos sentimentos fingidos, dos exageros, das trocas vendidas, da fuga e do desconcerto, do engano e da fuga.
Entre um e outro, pergunto, levanto questões:
Que queremos nós para nós mesmo? Como encaramos o nosso presente e como concebemos o nosso futuro? Como construímos formas de ultrapassar as nossas contradições?
Os fins, do desenvolvimento, do económico, do social, do prazer, do que quer que seja, não justifica os meios. Mas temos de saber optar, temos de saber construir um futuro. E que não seja em falsas moralidades, em hipocrisias, em fingimentos levianos, em interesses mal definidos.