terça-feira, maio 18

das apostas

Há um conjunto de autarquias alentejanas que fazem clara questão em apresentar uma forte, quando não mesmo fortíssima, aposta na área cultural.
Ele são bailados, ele são exposições, ele são concertos de música clássica, ele são palestras científicas, ele são troca de beberetes sobre tudo e mais algumas coisa que se aparente ou cheire a cultura.
Eu pergunto é para quem, que públicos são visados, que estratégia autárquica, municipal é visada, que sentido cultural é definido?.
Caso paradigmático? Montemor-o-Novo, que apresenta um invejável patrocínio de sessões e manifestações culturais, num concelho onde não sinto, não quer dizer que não exista, uma preocupação educativa e formativa, quer de pessoas, quer de públicos, onde se assentuam, de ano para ano, o abandono da escolaridade obrigatória, onde o ensino secundário chega a pouco mais de 35% da sua população, onde os níveis de alfabetização e de iliteracia ainda são significativos.
Mas a aposta lá está, a imagem lá se constrói. Falta saber para quem, porque os propósitos, esses, são mais ou menos visíveis.