quarta-feira, março 30

Fórum

Já houve, que esteja em descanço e na paz dos deuses, o Fórum Alentejo, agora tive conhecimento do Évora Fórum, movimento cívico com um claro objectivo, o de discutir de forma plural, livre e construtiva as questões que dizem respeito ao desenvolvimento da cidade e do concelho;
Bem vindo, quem vem por bem.
Apesar de afirmarem que não têm propósitos de poder ou contra-poder. Não nos movem segundas intenções políticas, é de destacar que em ano de eleições autárquicas, exactamente, de carácter concelhio e municipal, só fica bem a uma cidade como Évora e muito particularmente à sua massa cinzenta, participar, discutir, debater, construir. Haja ideias e oportunidades.

estranho

Peço desculpa de repescar um tema que andou nas capas dos jornais e abriu os diferentes telejornais no final da semana passada, falo da crise política no Turguiquistão.
Reconheço a minha ignorância geográfica e política, nunca imaginei que este país fosse assim tão importante e que, certamente pela sua importância geo-política, estratégico-militar, comercial ou económica fosse merecedor de uma tão grande atenção por parte da generalidade dos media portugueses.
Ou será só impressão minha?

depois do descanso

Vem confusão, pois claro. Uma pessoa descansa disto, desta coisa de blogar, de trocar ideias, de opinar sobre tudo e sobre nada, ganha alento, distancia-se dos comentários e das oportunidades, até pensa enquanto lê e não escreve nada, chega ao regresso e corre-se o sério risco de sair asneira.
Será?
A ver vamos.

domingo, março 20

Em pausa

Para evitar dislates daqueles que, cedo ou tarde, nos podemos arrepender, uma pausa pedagógica, para recarregar baterias, descansar os ânimos, recuperar vontades e, entretanto, aproveitar para mudar trastes, bugigangas e estórias cá de casa.
Eu volto um dia destes.
Boa pausa. Descansem da minha pessoa, da minha escrita, das opiniões e ideias que por aqui vou deixando que eu sei e reconheço que só vos fará bem.

sexta-feira, março 18

Programa

Programa de governo já há.
Apesar de ser um documento estratégico de acção, penso eu de que..., ainda peca por um conjunto demasiadamente aberto de intenções, deixa ainda espaço a acções mais contextuais.
Se por um lado é correcto e adequado, uma vez que permite a sua apropriação por diferentes actores socais e ir ao encontro de diferentes realidades, também tem a desvantagem de não vincular valores, metas e deixar os meios de se alcançarem esses objectivos ao sabor de algumas circunstâncias.
Pelo que me toca, benefício da dúvida a quem, agora chegado, necessita de tomar conhecimento e consciência da situação.

quinta-feira, março 17

subida


Posted by Hello
As temperaturas sobem, os corpos aquecem e as ideias ficam mais difíceis de circular.
Definitivamente que o tempo já não é o que era e que, para o bom e para o pior, estamos a viver uma época de transição.
Falta saber para quê, para onde, se melhor se pior.

quarta-feira, março 16

atitude

Soube à pouco que Inácio Esperança delegado regional do IPJ, solicitou a sua substituição ao secretário de estado da tutela.
fica-lhe bem, é de inaltecer, é de reconhecer nesta sua atitude, o empenho e a dedicação que tem colocado ao serviço de uma causa e de um partido no qual milita.
Fica-lhe tão bem que permite separar águas, mesmo dentro do seu partido, daqueles que servem o partido e servem o país e aqueles que por intermédio do partido e do país se servem a eles mesmos.
Quem me conhece sabe que sou defensor desta atitude, sabe que defendo a mudança de pessoas em função dos projectos e dos partidos ganhadores e detrimento da perpectuação saloia colada com cuspo de cegonha em famigeradas competências técnicas, o tanas.
Pena é que muitos apenas fiquem por interesses próprios, pessoais e atravessem partidos, políticas, conjunturas e situações como quem atravessa uma tempestade e não se molha. Das duas três, ou são invisíveis, ou outros têm rabos de palha ou... vá-se lá saber porquê.
Destaco a atitude do Inácio, valorizo os seus princípios na defesa de uma causa, que afinal é de todos, defender uma região. Há uns que parecem estar colocados a ela, mas isso são outros contos.

terça-feira, março 15

asneiras

Estou cansado. Sinto-me entre o exausto e a terrífica vontade de me espojar no meio do chão, rebolar qual caroquete em pão ralado.
Não sinto paciência para passear por estas paragens, como não sinto disposição de escrever. Navego entre páginas, faço um zapping entre ideias e não me consigo fixar em nada.
Tenho uma ou duas ideias para trocar com quem por aqui passa, mas por enquantoabstenho-me de alarvidades.
Afinal, poucos ligam aos meus desafios. Estão mais preocupados com coisas mais importantes, outros afazeres, por ventura determinantes na construção dos futuros.
Em vez de escrever asneiras, opto pelo silêncio comprometido.

segunda-feira, março 14


cansado Posted by Hello

domingo, março 13

Passem por lá

Passem por este sítio só e apenas para ouvir o som que lá está. Vale a pena. Agora, hoje, mais que nunca. Vamos a ver até quando. Mas enquanto dura, que pareça a eternidade.

desafios

As eleições autárquicas já mexem.
Fruto dos arranjos eleitorais de 20 de Fevereiro passado, há mexidas para todos os gostos, nomeadamente entre aqueles que mais perderam, fossem votos, fossem condições de afirmação política, fosse o que fosse.
No PSD local (Évora) reconhece-se o trabalho que não foi feito e dá-se confiança a quem lá está. O PCP regional faz jogadas de reorganização de tropas, seja em Beja, seja em Redondo (ambas com alguma surpresa minha, digo-o).
Como há os que procuram retirar dividendos de uma onda ganhadora.
Independentemente do contexto ou dos pretextos, o certo é que dificilmente o Alentejo poderá ficar igual áquilo que tem sido, áquilo que teimosamente o procuram colar (tradição, passado, cultura, arcaísmo, esquecimento).
Reconheço nestas próximas eleições mais que um desafio, um estímulo a que partidos e organizações, pessoas e sociedade civil possa dizer de sua justiça sobre o que quer e sobre o que pretende, e com quem, para esta região.
Se é certo que as eleições autárquicas são muito fulanizadas, apoiadas e definidas nos protagonismos locais, també é certo que a massa eleitoral hoje não corre atrás da promessa fácil, do negócio imediato, da crença ou da fé do amigo. O eleitor hoje assenta o seu voto na paresentação e discussão de ideias, de projectos, de protagonistas que vão muito para além do circunstancialismo político mais imediato.
Nem o PS pode descansar à sombra de louros, nem será linear que a onda ganhadora de Fevereiro se faça sentir em finais do ano, nem é pacífico que o PCP, apesar das trocas e das baldrocas, seja, em certos locais, um muro instransponível, um local inviolável.
É certo que há ainda muito tempo, que protagonistas e ideias têm espaço e tempo de afirmação.
Mas estas próximas eleições serão, em meu entender, um claro desafio a partidos e a pessoas.
Além do mais haverá que contar com esta poderosa ferramenta de troca de ideias, de discussão de opiniões, de desmontagem de cenários, que é a blogosfera. Não é nem uma moda, nem um veículo de intelectuais. É um espaço de partilha e de debate incontornável nas próximas eleições, espero que mais convictamente e com maior incidência que nas passadas eleições legislativas.

sexta-feira, março 11

ausência

Apesar de todo e completo benefício da dúvida ao governo que amanhã, sábado, tomará posse vejo nele uma enorme ausência de Alentejo.
Não é por que defendam mais ou melhor esta região. Como figuras nacionais e uma governação de âmbito nacional, torna-se difícil isolar situações, delimitar problemas, por muito específicos que possam ser.
Mas a sensibilidade da planície, o sossego dos campos confere outros olhares, permite outras perspectivas sobre esta enorme realidade, como poderia despertar outras referências, trocar outras ideias.
Não sei se será bom se será menos bom.
A ver vamos.
Mas que se nota a ausência, lá isso nota-se.

memória

Há um ano escrevi:
Quanto mais tempo passa sobre o atentado de (...) Madrid, mais revoltado me sinto, mais impotente, mais triste. Não tenho conseguido vir aqui para escrever outra coisa que não seja partilhar com o planeta que por aqui passa, a minha sensação de embriaguez, a minha desconcertante incapacidade de comprender estas atitudes, estas opções. Sinto lágrimas nos olhos, apetece-me ser espanhol para partilhar esta dor de revolta.
É preciso lembrar, é preciso não esquecer, é preciso que a memória perdure para que coisas destas não voltem a acontecer, não encontrem cabimento, não haja oportunidade.

quarta-feira, março 9

frases (2)

... os blogues não são um fenómeno passageiro, uma moda, mas sim uma nova forma de expressão que veio para ficar...
Nem seriam necessárias mais palavras, tanto pode ser dito de forma tão simples e tão prática. Apenas acrescento o local onde saquei a informação, pois vale a pena ler o estudo.

em parte incerta

não desapareci nem estou em parte incerta.
Apenas trabalho e algum cansaço me impedem de escrever como gosto, de deixar o rasto que preciso.
Afinal, é apenas o final (quase) de mais um período lectivo, onde se conjugam trabalhos, afectos, sentimentos e coisas que tais. Resta pouco espaço e fracas oportunidades para uma escrita mais criativa, fora do meu contexto profissional.

segunda-feira, março 7

divulgação

Deixaram-me, num comentário mais abaixo, um pedido de divulgação que puxo para a frente da montra. O pedido diz respeito a um encontro, promovido pela SOIR Joaquim António D'Aguiar, sobre As raízes do Som.
Informação complementar em raizes-do-som, e texto complementar aqui mesmo, da responsabilidade dos senhores:

Raízes do Som: o passado revisitado. Este projecto resultou da necessidade
de reflectir sobre o nosso património cultural, nomeadamente o património da
musicologia tradicional portuguesa. É um projecto inovador, na medida em que
poderá proporcionar a aproximação a um género de música que importa preservar e
promover e que já teve um papel preponderante num contexto mais rural.A
abordagem a este tipo de música e às práticas rituais e culturais a ela
associadas, poderá contribuir para o conhecimento da cultura de transmissão
oral, das raízes das tradições rurais (...).

frases

Apeteceu-me, por clara impertinência, puxar para este meu espaço frases de outros locais, de outros autores, de fazedores de opinião, uns mais públicos que outros.
começo por E. P. Coelho, no Público de hoje, onde afirma:
Este Governo é o que é - à imagem de Sócrates. Isto é (no exacto oposto ao
estilo de Santana, que só faltou chamar Castelo Branco para o Ministério da
Igualdade), um governo sem faroladas, em parte tecnocrático, em parte ideológico
(...)

sexta-feira, março 4

de sobra

peço desculpa de ser, eventualmente, indelicado, mas não resisto a um pequeno comentário a este meu governo.
a este governo sobra-lhe em Lisboa o que lhe falta em Portugal.
Sobra em barba o que falta em sensibilidade e olhar feminino.
Está visto, está confirmado, o céu e a terra são difíceis de alcançar, ainda por cima na mesma vida.

quinta-feira, março 3

leituras

O Abrupto de hoje, na vez e na voz dos seus leitores [desconfio que um dia se tornarão e-leitores] traz-me recordações da minha infância, de tempos em que [como hoje] pouco dinheiro tinha exactamente na proporção inversa da muita sede de livros e leituras que também tinha.
Entre uma e outra lembro-me de duas situações que, para além da já referida biblioteca pública de Évora, me alimentavam a sede.
Uma era a papelaria Angola, agora com um estilo novo, qual quiosque de uma cidade, onde abundavam revistas, jornais e livros tudo ao monte e fé em Deus, amontoado entre caixotes, pacotes de cigarros, e um balcão idiota que dificultava o aceso à estante dos livros. Ainda por cima a papelaria Angola ficava, para mim e para todos aqueles com quem andava, num sítio estratégico. Exactamente por cima dessa papelaria ficava uma senhora que, de Verão, vendia pirolitos, chupa-chupa de sabores, feitos em casa obviamente e que, demolhados em açúcar queimado, eram a delícia da rapaziada. Tantos tostões roubei eu à mãe ou à tia para ir ali comprar pirolitos, descer e sentar-me no chão a ler livros de banda desenhada ou histórias de encantar que me apareciam na mão.
Um outro, ligeiramente mis recente, já pós 25 de Abril de 74, era a tabacaria do senhor Sofio, a meio da rua de Aviz, mais acessível pela proximidade de casa, de mais difícil acesso por tanto o pai como a mãe por ali passavam e eu, sem relógio, apanhado em leituras por vezes mais travessas.
A tabacaria do sr. Sofio permitiu-me alargar horizontes, pois trouxe para Évora uma coisa que, pelo menos eu, desconhecia então, a troca de livros. Levava uns quantos, o senhor folheava-os, mirava-os e, com aquele ar circunspecto no meio dos seus mais de cem quilos de largura, dizia que podiamos trocar por outros tantos, obviamente que quase sempre em número inferior, pois a casa nunca saía a perder.
Entre um e outro estabelecimento fazia o Verão, as férias então tão grandes como os dias. Perdia-me em leituras, desorientava-me naquilo que ainda hoje gosto de fazer, entrar numa livraria e mexer nos livros, folhear, ao acaso, páginas, ler aqui e ali um parágrafo, apanhar um sentido.

leituras

Devem ser poucos os que, antes, durante e mesmo depois da minha geração, e que residiam ou estudassem nesta cidade de Évora não tenham passado, frequentado, utilizado a biblioteca pública de Évora.
Aqueles que, no meu tempo de estudante e tal como eu, passaram tardes inteiras na companhia daquele espaço, das figuras sempre presente e eternas do Chitas e da Jacinta, sabem que é um espaço maravilhoso.
Entrei nele pela primeira vez deveria ter uns 11 ou 12 anos, fruto de um trabalho do ciclo, daquelas coisas impostas pelos professores e que nos obrigavam a procurar outras fontes de informação.
O peso do espaço oprimia uma criança e, perante aquelas formalidades e a figura daquele homem que, de dedos amarelos, óculos fundo de garrafa na ponta do nariz, entre o corcunda e o encorvado, nos pedia o bilhete de identidade num tom de voz quase que sussurrado, sentiamo-nos ainda mais pequenos, constrangidos a penetrar naquele espaço quase de tons sagrados.
Mas, passado o receio inicial, compelidos pela necessidade, lá subiamos as escadas, curvavamos, cada um por seu lado e, chegados à imponente porta, a empurravamos com um típico guinchar de anos passados. Davamos por nós num imenso salão.
De um lado a figura imponente de frei Manuel do Cenáculo a ocupar toda a parede. Figura que nos vigiava, que vigiava namorados e leituras, textos e ternuras que também se trocavam naquele espaço, a tentar fintar os olhos de quem velava pela integridade do espaço, pelo pesar dos anos passados.
Do outro, o balcão a impor a barreira de ultrapassagem de límites que apenas atravessei, já grande, estudante universitário e onde se alojavam aquelas duas figuras que tudo conheciam, que tudo sabiam.
Sempre me impressionaram pelo seu conhecimento, pela simpatia que colocaram na relação com quem, ignorante e pequeno, procurava aquele espaço. Fossem temas de ciências, artes, humanidades, ofícios ou apenas prazeres simples de descoberta eles conheciam um livro, um título adequado, útil às pequenas pretensões de quem descobria a vida nas páginas de um livro, nos textos nas imagens.
Passados todos estes anos, tenho na Jacinta uma amiga indefectível, companheira de muitas e longas conversas, no Chitas um parceiro de cumplicidades, de troca de ideias e de amostragem de livros.
No ano passado, na pausa da Páscoa, fiz uma visita guiada com os meus filhos áquele espaço, ao reencontro dos livros. Com as mesmas pessoas, e outras que entretanto aparecereram, pedimos livros para estarmos ali, apenas a passar os dedos, a folhear pensamentos, entretidos a passar uma manhã.
Percorremos as suas diferentes salas, sentimos o peso dos livros, o cheiro dos anos, o respeito dos pensamentos e das ieias que aquelas estantes guardam.
Faz 200 anos. Penso que a cidade deveria ser convidada a participar nesta festa, que as portas se abrissem, que os livros pudessem, pelo menos uma vez, fugir, escapar-se pelas ruas e percorrer o exterior como sangue que nos enche as veias.

Professor

não sei se o nome e a afirmação corresponderá realmente ao autor conhecido e reconhecido, mas não deixo de fazer referência aos textos, à palavra e às ideias deste outro senhor professor, afinal, um murcon.

paradigmático

hoje de manhã, na antena 1, António Macedo deu o mote e foi o paradigma da espera, quando afirmou que mais um dia em que não se passa rigorosamente nada, palavras do senhor, citadas de cór, uma vez que ainda não há nomes nem notícias políticas.
É paradigmática a situação que se vive em Portugal.
É um dos raros momentos que, fora da sealy season, não há política e os senhores da comunicação social ficam sem notícias, sem trabalho, sem algo ou alguém em que malhar.

quarta-feira, março 2

regresso

no âmbito de um processo lento, moroso, demorado, atabalhoado que é o mudar trastes e coisas de um lado para o outro, de uma para outra casa, redescubro pequenos grandes prazeres, livros e textos coisas que em tempos me passaram pela mão e que por uma ou outra razão adquiri ou escrevi.
Peças soltas de um passado pessoal, aos poucos colectivizado pela família e pelos amigos, marcas individuais resultantes sempre de confrontos colectivos, com pessoas, com momentos, situações ou circunstâncias.
Já reencontrei peças que pensava nem ter, uma trabalhadas, assinaladas no correr do seu texto, com pequenas marcas ou com pequenos apontamentos, ideias ou pensamentos vá-se lá agora saber do porquê.
Textos, curtos e longos onde reencontro um prazer simples e despretencioso de escrita, apenas o fluir de sentimentos, o deslizar de alegrias ou de vis tristezas.
Até ao momento, felizmente, ainda não encontrei nenhum dos meus fantasmas, daquelas pérfidas lembranças que povoam o sótão da imaginação ou do nosso passado.

profundo

Ontem as notícias referiram a morte de uma pessoa no hospital de Évora em virtude do frio. Hoje, e não será garantidamente notícia de qualquer órgão de informação, soube que uma família está desestruturada por causa da aflição, de não ter emprego, de ter contas para pagar, de ter bocas para alimentar. A aflição levou à intervenção da segurança social e dos tribunais, digladiam-se nos despojos de uma guerra, de uma crise.
E há que quem diga, por entre linhas, que estou preocupado com lugares, com cargos. Pois estou, pois não há meio desta situação se resolver, de ver outra luz no fundo do tunel em que nos colocaram. Precisamos de alternativas, de uma outra política de outras medidas, de outros protagonistas.
Este não pode nem deve ser o Alentejo profundo de que falavam, nem o fundo de um país que se quer afirmar europeu e desenvolvido.
Merecemos mais, merecemos melhor.

terça-feira, março 1

futebolês

assumo a minha grande ignorância sobre futebol.
O que considero saber aprendi de ver jogar (e nem sequer foram grandes jogos na sua generalidade), de ter a mania que jogava (obviamente quando era mais novo e não se registava um excesso de carga) e de ouvir os comentários dos outros (nos relatos, nas transmissões de tv). Sou, na perfeita acepção da palavra, um treinador de bancada.
Vibro q.b., não mostro muitas das minhas emoções, mas gosto do meu benfica e que ele ganhe.
Ao futebolês vou buscar o meu comentário ao empate de ontem. Lião de futebol técnico e táctico que o senhor professor deu a um aprendiz de Mourunho mas que para chegar à sua vâ tentativa se recorre de lugares comuns, banalidades e muito pretenciosismo.
Tivesso o Glorioso um maior equilíbrio - entre sectores e entre jogadores - eter-lhe-iamos dado uma valente coça.
Mas eu não percebo nada de futebol e o que aqui deixo é apenas e somente futebolês.

coisas do tempo

o tempo passa devagar?
Será?
Por vezes tenho dúvidas. Olho em frente, para o tempo que falta, nem sei para quê, e fico surpreso por faltar ainda tanto tempo, haver tanto tempo pela frente.
Olho para trás e fico deveras surpreendido por este passar do tempo, pela rapidez dos meus acontecimentos, pelo carácter tão rápido a vida tem.
E, afinal, o tempo é o que dele fazemos.