quarta-feira, março 2

regresso

no âmbito de um processo lento, moroso, demorado, atabalhoado que é o mudar trastes e coisas de um lado para o outro, de uma para outra casa, redescubro pequenos grandes prazeres, livros e textos coisas que em tempos me passaram pela mão e que por uma ou outra razão adquiri ou escrevi.
Peças soltas de um passado pessoal, aos poucos colectivizado pela família e pelos amigos, marcas individuais resultantes sempre de confrontos colectivos, com pessoas, com momentos, situações ou circunstâncias.
Já reencontrei peças que pensava nem ter, uma trabalhadas, assinaladas no correr do seu texto, com pequenas marcas ou com pequenos apontamentos, ideias ou pensamentos vá-se lá agora saber do porquê.
Textos, curtos e longos onde reencontro um prazer simples e despretencioso de escrita, apenas o fluir de sentimentos, o deslizar de alegrias ou de vis tristezas.
Até ao momento, felizmente, ainda não encontrei nenhum dos meus fantasmas, daquelas pérfidas lembranças que povoam o sótão da imaginação ou do nosso passado.