quinta-feira, dezembro 30

Bom ano

Apesar de não ser atreito a balanços, fica um voto sincero um
BOM ANO DE 2005.
certos que será o melhor de todos quantos já passaram, para isso trabalharemos.

bíblico

ainda a propósito do maremoto do sudoeste asiático, uma conversa entre três amigos.
Um, crente, apostólico romano, dizia que é um desastre de dimensões biblicas. Se fosse no tempo da redacção do novo testamento seria certo a dedicatória de um capítulo completo a este fenómeno.
Um outro, entre o agnóstico e o ateu, refere que nem Bin Laden faria melhor, tantos mortos, de tantas nacionalidades.
Um terceiro, claramente agnóstico, mas respeitador da Natureza diz apenas que não é preciso a zanga dos Homens para que Deuz faça sentir os seus desígnios e a mãe natureza expresse o seu poder.

terça-feira, dezembro 28

as últimas

é a última semana do ano, tempo, para muitos, de balanço, de diferenças entre o deve e o haver.
Não me levem a mal, mas abstenho-me dessa contabilidade. E faço-o por duas razões, ambas pessoais.
A primeira é que os balanços são sempre, ou devem ser, pessoais, entre aquilo que foi definido como ponto de partida e o que é desejável como ponto de chegada. Daí ser abusivo da minha parte querer analisar aquilo que não sei de onde partiu nem onde quer chegar.
Segundo, efectivamente o ano que se apresta para terminar não foi bom cá para casa. A saúde e a idade começam a determinar a cor dos dias, o contar do tempo. O melhor balanço a este nível decorreu de uma frase do meu pai que quando ouviu alguém dizer que foi mais um Natal ele corrigiu e disse, foi menos um.

quinta-feira, dezembro 23

gordura

eu, que já me sentia de consciência pesada, gostei mesmo deste mail recebido que transcrevo:

Neste fim de ano, aproveite as orgias gastronómicas sem culpa !!!!!!
O que engorda mesmo não é o que você come entre o Natal e o Ano Novo
...mas sim o que você come entre o Ano Novo e o Natal...

segunda-feira, dezembro 20

do Natal

em virtude da quadra e porque é de festa e dos respectivos preparativos, este espaço será actualizado com alguma intermitência, decorrente dos afazeres próprios.
Aproveito a oportunidade para desejar a todos quantos por aqui passam, e aos outros também, votos de um
FELIZ NATAL.

sexta-feira, dezembro 17

bocas

ouvi dizer, por ele mesmo, que o Mário se presta para juntar os seus pedacinhos de estórias e oferecer aos amigos, aos conhecidos e aos outros todos também em forma de livro.
fico à espera, pois sei que será merecedor de atenção, muita atenção.

irritado

ainda não tive oportunidade de participar em qualquer um dos confrontos gastronómicos promovidos por um qualquer blogue ou bloguista, individual ou colectivamente considerado, situação que me faz sentir algo a atirar para o irritado.
num dos primeiros encontros, realizado em Beja, fazia o meu pai anos, num outro estava para o Porto, num outro, já organizado no Alandroal, estava emfim-de-semana comprido, agora no de amanhã, em plena sulitânea, passo o dia em reuniões de avaliação.
Obviamente que é para uma pessoa se sentir irritado, obviamente que é.

quarta-feira, dezembro 15

anda cá brincar

em plena Pç. de Giraldo estão um conjunto de tendas que se dividem, de um lado, Évora solidária, onde está a CERCI e a A.A.R.A.S. e, do outro lado, uma tenda com organização do 3º ano de educadores de infância da Universidade de Évora.
É este último que destaco. Simples, prático, tão bem imaginado como apenas as educadoras são capazes. Elas, ainda alunas, simpáticas, acompanham e enquadram as crianças, explicam aos adultos o que é - esqueci-me de perguntar dos objectivos - e ficamos com vontade de dali não sair. Pintar um porta-chaves, construir uma qualquer figura do presépio, jogas jogos tradicionais, cozer uns bolinhos.
Gostei mesmo da ideia, tal como os meus filhos que dali não queriam arredar pé.
Parabéns.

terça-feira, dezembro 14

dúvidas

outros ainda têm dúvidas, como eu.
Mas andei todo o santo dia perguntar, afinal qual é o problema.
Se calhar nenhum, estou é enjoado de pasteis de belém e fico com estas dúvidas, entre a azia e o enfartado.

pronto

desfeitas todas as dúvidas, se é que alguém as ainda as tinha.
Separam-se as comadres com a promessa de se juntarem um dia mais tarde.
O certo certinho é que ficaram ambas com promessas de juntos só com este amor, nada de promiscuidades com outros consortes (ou com azares).
A ver vamos, como diria o cego da minha terra.

alexandre, o grande

no fim-de-semana passado fui ver Alexandre, o grande.
Duas ideias retive do filme de Oliver Stone, o grande pretexto por ter ido ver este filme.
Uma metáfora política à unilateralidade de um mundo actual, onde se afirmam protagonismos mais em forma de fuga do que de construção.
Outra a irritação da lúxuria, volúptia e excessiva homossexualidade de Alexandre e dos seus mais próximos.
Avaliação final, uma banda sonora perfeitamente indescritível

cansado

reconheço este meu cansaço.
Apetece-me atirar para o meio do chão e espojar-me, divertir-me na inocência da brincadeira e do descanço que preciso.
Afinal, o rabo é sempre o mais chato de esfolar.

segunda-feira, dezembro 13

novidades

depois de um ligeiro aquecimento eleitoral (para o parlamento europeu) e de uma participação assaz diminuta, como irá ser a relação estabelecida entre eleitores, eleitos e blogues?
como se irá estrutura a construção da opinião (afinal, do voto) nesta blogosfera?
qual será a participação ou o contributo deste espaço de ideias para a definição dos indecisos?
como reagirão os partidos políticos a esta forma de participação?

sábado, dezembro 11

aceleração

participei recentemente em duas reuniões onde se leram actas de reuniões passadas, realizadas em finais de Outubro.
Foi engraçadíssimo constatar a rapidez da realidade, a velocidade das acções em clara contraposição ao pensamento, algumas vezes desfasado, dessincronizado de uma qualquer possibilidade.
Constatou-se um chavão dos tempos recentes, a necessidade de flexibilidade, de agilidade e de adaptabilidade de pessoas e organizações a estas mudanças bruscas, inopinadas de sentido, de práticas, da necessidade de irmos ao encontro da mudança ou da construção de outras realidades, por vezes divergentes daquelas que ajudamos a construir.
São os tempos senhores, os tempos que correm, que fogem por entre momentos, por entre oportunidades.

cidade

Só hoje faço a referência porque só hoje aqui me chego, junto desta maquineta onde de quando em quando deixo ideias e pensamentos, sonhos e ilusões.
Hoje é uma cidade, nova, novinha em folha, tem dois dias de vida.
Reguengos de Monsaraz é cidade, com aprovação por unanimidade (isto é, todos os partidos com assento parlamentar votaram sim, incluíndo deputados do circulo de Évora).
Parabéns a esta novel cidade.
Não tenho referências de blogues ou bloguistas oriundos desta nova cidade, como não tenho referências sobre eventuais conterrâneos daquelas paragens que por aqui passem. Mas fica a referência ao facto do Alentejo e do distrito de Évora ter mais uma cidade (já são 4 - Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo e Vendas Novas).

quarta-feira, dezembro 8

céptico

acredito que me chamem de céptico, péssimista ou qualquer outro adjectivo que sirva para caracterizar ou descrever a minha pouca, ou nenhuma expectativa, no desenlace dos grandes casos jurídico-mediáticos, em particular casa pia e apito dourado.
Acredito que fiquem como já ficou o caso Moderna, um detido e sem consequências políticas nunca provadas.
Ainda é o país que temos, com diferentes pesos e diferentes medidas, a diferentes veloccidades, ao ritmo do interesse de apenas alguns.
Sou apenas céptico.

terça-feira, dezembro 7

afinal

Afinal, ele fala, fala mas não diz nada de jeito é a conclusão a que se pode chegar depois de hoje a casa civil da presidência da república dizer que o senhor primeiro-ministro afinal sabia tanto da dissolução da assembleia, como das razões que a isso conduziram o presidente.
Afinal, em que ficamos?
Ou será que o senhor primeiro-ministro ao fazer três vezes a pergunta se esqueceu de dizer que das três vezes a resposta foi sempre a mesma, que sim, que dissolveria o seu governo? Em que ficamos?

soarismo

se procurar bem fundo do meu baú da memória tenho sérias dúvidas que encontre uma qualquer razão para sempre ter afirmado que não sou, nem nunca fui soarista (quando foi 1º ministro não tinha eu idade para votar, nas primeiras presidenciais optei por Lurdes Pintassilgo, nas segundas lá votei em Mário Soares, tal como pouco mais de 70% de tugas) .
Não sei se foi por causas das suas famosas bochechas, não sei nem nunca, assumo, me preocupei muito em me autojustificar.
Mas é imperioso, é de manifesto bom senso, reconhecer a Mário Soares (como a Álvaro Cunhal, Sá Carneiro, Ramalho Eanes, já de modo bem diferente, Freitas do Amaral, entre outros) o papel crucial, determinante de me terem feito o favor de me deixarem viver em democracia, em liberdade circunstância que muito agradeço.
Não apenas por isso, mas essencialmente por isso e pelo papel que desempenhou na minha construção de uma ideia de política e de político, junto-me a todas as outras vozes, tronituantes ou singelas (esta mais minha), nos votos sinceros de parabéns, senhor presidente.

segunda-feira, dezembro 6

conforme

conforme a maioria parlamentar assim as conclusões a que se chega a propósito das causas do acidente de Camarate.
será que é exemplo para outras decisões - políticas ou judiciais?

domingo, dezembro 5

do espanto

ontem fui passear à cidade grande (Lisboa). Farto e algo estupidificado por estas bandas , em período de natividade, resolveu a família sair e procurar outros ares e outras paragens. Entre a indecisão de um lado (Espanha) ou outro (Lisboa) acabaram por pesar duas ideias que se revelaram algo de surpreendentes. Por um lado Lisboa permitia, para além das compras natalícias, obviamente, ir ver os Incredibles, por outro ir ver a maior árvore de Natal da Europa.
Pronto, perante estes dois argumentos, ganhou a cidade grande do burgo.
O espanto acontece quando dou por mim, em pleno centro Vasco da Gama, a ouvir falar mais espanhol que português. Corrijo, ouvi, de modo mais predominante, duas línguas, o brasileiro (nas lojas e lanchonetes) e o espanhol (nos corredores). A esposa, no seu sentido mais prático e pragmático, descansou este meu espanto lembrando que em plena autoestrada 8 em cada 10 dos carros que connosco se cruzavam na mesma faixa de rodagem eram de matrícula espanhola.
Mais espantado fico quando passo cerca de uma hora e pouco para fazer o percurso do cais do sodré a Belém, em fila de pára-arranca, para ouvir mais espanhol.
Já agora, os Incredibles, são mesmo incríveis. Simplesmente genial. Adorei.

sexta-feira, dezembro 3

casos

já aqui o escrevi por diversas vezes e em diferentes situações que não sou apologista de as pessoas se perpectuarem nos cargos, sejam eles quais forem (presidente disto ou daquilo, chefe de uns ou de outros, director de qualquer coisa), tenham eles a legitimidade que tiverem (eleição, nomeação, designação), seja o cargo que for (câmara municipal, escola ou jardim de infância, direcção de serviços ou de repartição, clube de futebol ou associação).
Considero eu, numa lógica saxónica, que essa perpectuação pode conduzir a alguns abusos de poder, a uma utilização abusiva da sua situação que decorre de um lugar ou cargo, como pode conduzir a uma troca/tráfico de influências que em nada benefícia o detentor do lugar/cargo, nem o dito lugar/cargo como também não benefícia a democracia.
não é apenas no futebol que esta situação ocorre. Todos teremos conhecimento de uma ou outra situação em que alguém terá "mexido os cordelinhos", "dado uma palavrinha" ou feito ou dito qualquer outra coisa para que uma situação se resolva, um processo se despache ou...
é esta pequena atitude, esta influência do conhecido que é amigo, da cunha ou do cunhado que faz, em muitas das situações, que estejamos como estamos - desorganizados, sem quadros técnicos qualificados, marcados por uma ausência de uma visão mais abrangente da organização a que pertencemos, dependentes da cunha ou do cunhado.
Chega.

ainda a tempo

vai ainda a tempo a nomeação de um conterrâneo da qual tenho conhecimento que de quando em quando passa por aqui.
Será, certamente, por pouco tempo.

citação

permitam-me uma citação de um livro que me surpreendeu (pela positiva, pela capacidade de arquitectar um enredo que escorre pela história) por considerar oportuna nos tempos que correm:
não podemos modificar [o passado], que o presente é um reflexo do que
fomos, apenas isso, e que só há futuro se não recuarmos um passo. (pág.
386)

quarta-feira, dezembro 1

alternativas

Para que estas eleições sejam alternativa e, essencialmente, para que o PS saia ganhador não basta afirmar a decomposição do governo, o facto de se encontrar, há muito, em processo de implosão ou de desmembramento.
Para que o PS seja e se constitua como alternativa não apenas política (que é) mas fundamentalmente governativa (que tem de ser), tem de apresentar nomes, rostos, pessoas que se constituam como tal, longe de casos ou situações facilmente identiicáveis pelo eleitorado.
Sócrates tem de arranjar forma de se distanciar de uma tradição político-democrática que marca o PS (para o melhor e para o pior) e que o consome num processo auto-fágico que conduziu à derrota em 2002 e a não alcançar a maioria absoluta em 1999.
O processo de construção de uma política governativa alternativa (e não em alternância) passa, nestes dois meses em diante, por apresentar para além de políticas, rostos que as personifiquem e que evitem que as pessoas saibam antecipadamente, previamente o que é que a casa gasta.
Quer em termos nacionais, quer em termos regionais, onde o processo é mais difícil de efectuar.
A credibilização da política tem um novo princípio, esperemos que convença.

arranjos

a partir de agora é um vê se te avias de arrumações, arranjinhos, despachos à pressa, corações saltitantes de expectativa, entre outras delícias de ver e apreciar.
Na administração pública regional, esta mesma que está mais perto de nós, vai ser o bom e o bonito, a despachar e a arrumar papeis, processos, situações mais ou menos pendentes. Serão os contactos de amigos, de amigos de amigos, de amigos de conhecidos, de conhecidos de amigos, de conhecidos apenas. Ou mesmo de desconhecidos mas, por enquanto, ainda simpatizantes.
Estou mesmo a imaginar uns quantos senhores (ou senhoras) directores regionais ou que tais, de dentes afiados de tanto ranger, roucos de tanto vociverar contra a corja socialista, contra Sampaio e outros que tais.
Estou mesmo a imaginar a manhã de amanhã em que, entre a ângustia e a expectativa, as conversas sairão entre o comentário e a crítica, a voracidade do momento e o anseio do futuro.
Veremos em que sentido é a contagem, se crescente se descrecente.

perdidos e achados

ontem, no meio da confusão do cai-que-não-cai do governo, perdi duas postas, uma sobre a noite de 1º de Dezembro [onde dizia que em tempos era um dia destinado a preparar a noite], outra sobre a atitude de Sampaio.
Fiquei chateado, pois concerteza que fiquei.
Hoje procuro ideias para escrever e chego à brilhante conclusão que não consigo acrescentar nada de particular, diferente ou ainda que igual com um traje ligeiramente alterado, a tudo aquilo que se disse ou se diz sobre a situação política nacional.
O comentário mais simples e singelo que ouvi saiu dos lábios da esposa que, depois de uma manhã a fazer pensos e injecções, comenta que as pessoas, de um modo geral, parecem aliviadas.
Pudera...