quarta-feira, dezembro 1

alternativas

Para que estas eleições sejam alternativa e, essencialmente, para que o PS saia ganhador não basta afirmar a decomposição do governo, o facto de se encontrar, há muito, em processo de implosão ou de desmembramento.
Para que o PS seja e se constitua como alternativa não apenas política (que é) mas fundamentalmente governativa (que tem de ser), tem de apresentar nomes, rostos, pessoas que se constituam como tal, longe de casos ou situações facilmente identiicáveis pelo eleitorado.
Sócrates tem de arranjar forma de se distanciar de uma tradição político-democrática que marca o PS (para o melhor e para o pior) e que o consome num processo auto-fágico que conduziu à derrota em 2002 e a não alcançar a maioria absoluta em 1999.
O processo de construção de uma política governativa alternativa (e não em alternância) passa, nestes dois meses em diante, por apresentar para além de políticas, rostos que as personifiquem e que evitem que as pessoas saibam antecipadamente, previamente o que é que a casa gasta.
Quer em termos nacionais, quer em termos regionais, onde o processo é mais difícil de efectuar.
A credibilização da política tem um novo princípio, esperemos que convença.