sexta-feira, dezembro 3

casos

já aqui o escrevi por diversas vezes e em diferentes situações que não sou apologista de as pessoas se perpectuarem nos cargos, sejam eles quais forem (presidente disto ou daquilo, chefe de uns ou de outros, director de qualquer coisa), tenham eles a legitimidade que tiverem (eleição, nomeação, designação), seja o cargo que for (câmara municipal, escola ou jardim de infância, direcção de serviços ou de repartição, clube de futebol ou associação).
Considero eu, numa lógica saxónica, que essa perpectuação pode conduzir a alguns abusos de poder, a uma utilização abusiva da sua situação que decorre de um lugar ou cargo, como pode conduzir a uma troca/tráfico de influências que em nada benefícia o detentor do lugar/cargo, nem o dito lugar/cargo como também não benefícia a democracia.
não é apenas no futebol que esta situação ocorre. Todos teremos conhecimento de uma ou outra situação em que alguém terá "mexido os cordelinhos", "dado uma palavrinha" ou feito ou dito qualquer outra coisa para que uma situação se resolva, um processo se despache ou...
é esta pequena atitude, esta influência do conhecido que é amigo, da cunha ou do cunhado que faz, em muitas das situações, que estejamos como estamos - desorganizados, sem quadros técnicos qualificados, marcados por uma ausência de uma visão mais abrangente da organização a que pertencemos, dependentes da cunha ou do cunhado.
Chega.