terça-feira, agosto 23

o homem do piano

Ao contrário do que o Miguel afirma, e é no contraditório que muitas das vezes nos afirmamos e descobrimos, não foi o piano man que criou uma ideia na opinião pública. Prescisamente o contrário, a opinião pública e em concreto os meios de comunicação social ingleses, numa primeira fase e depois europeus, é que criaram uma ideia, uma opinião, uma estória sobre este personagen.
Repare-se que não havia argumento, apenas o silêncio; não havia pretexto, apenas o desconhecido; não havia conhecimento, apenas desconhecimento. E, apesar de tudo, criou-se uma estória que acaba por se confirmar que é uma não estória.
O Piano man apenas criou condições para que a estória surgisse.
Talvez apenas neste ponto seja comparável, pelo menos em alguns aspectos, a estratégia do piano man e o governo de Sócrates.
Mais do que ele proporcionou foi mais aquilo que nós quizemos ver, quizemos ler ou perceber numa actuação ou nas expectativas nele depositadas. A grande diferença é que o piano man chegou ao fim, enquanto o governo de Sócrates ainda tem muito que percorrer.

2 Comments:

At 9:33 da tarde, Blogger Miguel Pinto said...

Envio-te daqui [cá de cima, salvo seja] uma vénia à tua perspicácia e emancipação intelectual. ;)

 
At 12:20 da tarde, Blogger crack said...

Estou plenamente de acordo com o que escreve, pelo que faço minhas as palavras do Miguel Pinto.

 

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