segunda-feira, agosto 22

previsibilidade

Dizia Miguel Esteves Cardoso, no diário de notícias deste fim-de-semana:
"Em Portugal - para mais em Agosto - é tudo tão repetitivo e previsível que, caso se mudassem uns nomes, poder-se-iam vender os jornais de há um ano atrás. Os incêndios, a crise do governo, a recessão, os negócios da federação de futebol, as nomeações."
Parece uma reveladora e factual verdade. De tão evidente abanamos a cabeça no sim de concordância evidente.
Mas não é. As pessoas são diferentes, os factores por detrás de uns e de outros são diferentes, a nossa saturação é diferente. Nós estamos diferentes, mais velhos, mais cansados, mais fartos de tudo isto.
Com aquela afirmação até podemos pensar que não andamos para a frente, que marcamos passo. E lá culpamos o país, como se dele não fizessemos parte.
Fazemos e andamos para a frente, por muito que possa não parecer.