domingo, fevereiro 22

Educação Sexual

Mais uma de tantas notícias dos últimos tempos.
Entendam-se, porra, estou farto de indecisões, indefinições (a fama, como dos alentejanos, era do Guterres, o proveito a outros dirá respeito), trocas e baldrocas, entendimentos por baixo dos panos e desentendimentos por detrás das câmaras.
Por mim tudo bem, só quero é perceber onde, no meio de tanta área curricular autónoma, cabem as disciplinas da quais tantos se queixam de os alunos portugueses pouco saberem.
Aceito que muito do papel de educador cabe, é da responsabilidade da escola.
Mas caramba, antes de uniformizarem tudo, de alto a baixo, deixem que as escolas, os professores, os alunos, os pais e encarregados de educação, os centros de saúde, as autarquias, se articulem, se cozam e entendam entre si, de forma local, contextual e localizada, para que possam definir o que pretendem, como pretendem, com quem e de que modo e maneira pretendem salvaguardar essa realidade preocupante e problemática que é a gravidez na adolescência, a gravidez indesejada, o aborto clandestino, a hipocrisia das gentes, a ignorância das gentes.
Uniformizar tudo, estandardizar tudo é nada querer fazer, é deixar franjas enormes de fora e meter tudo dentro do mesmo saco como se as realidades entre Rio Tinto e Maia, Porto e Lisboa, Bragança e Évora, Faro e Vila Nova de Milfontes, fossem todas iguais, uniformes, igualmente previsíveis.