quarta-feira, fevereiro 18

de bicicleta

Há pouco fui almoçar com a esposa ao seu local de trabalho. Quando fechei a porta de casa pensei, vou de bicla, exactamente, vou com calma, apanho um pouco de ar fresco e as ideias mais idiotas pode ser que se arrastem com o vento. Melhor pensado, melhor feito. Lá fui de bicla.
Mas não foi uma experiência lá muito agradável. Évora tem pouquíssimas pistas de ciclovias (será que estão pensadas para os espaços em reestruturação?), os condutores, desde os mais jovens em motociclos tronituantes aos mais velhos instalados em viaturas fumegantes, pouco (ou nada?) ligam a quem procura, calmamente, circular de bicicleta na cidade.
Para além de alguns calafrios, suplementares ao frio que se sente, o barulho e o fumo são incomodativos, transtornam quem circula pelas bandas mais próximas das artérias da cidade.
Apesar de existir uma política (ou uns políticos) que têm desencentivado a utilização de viatura própria, a alternativa é a viatura da câmara o que, convenhamos, não é nada agradável.
Sendo apoiante desta autarquia - apesar de todos os infortúnios e sortilégios - não sou conhecedor do sentido de uma política urbana que articule transportes e qualidade de vida, bem estar social, transportes colectivos e alternativas ambientais.
Certamente é desconhecimento meu.