sexta-feira, fevereiro 27

da escola

O Cravo, do blogue Os Mundos da Educação, contesta a minha ideia sobre uma escola de esquerda, questionando o que é a esquerda, o que é a direita, e que prefere "apenas a labuta diária, quase campesina, tentando obter resultados evolutivos...".
Concordo com ele. Certamente também concordará que as condições em que quotidianamente labuta, os recursos que diariamente encontra ao seu dispor, os meios com que as crianças lidam no seu dia-a-dia, estão, e muito, dependentes de opções político-partidárias, aquelas que condicionam um modo de vida, que procuram, o mais das vezes, criar mundovidências, modos de encarar o quotidiano.
É nestas diferenças, é nestes contextos que condicionam, no meu entendimento, a nossa labuta, que se insere uma escola de direita ou uma escola de esquerda. Uma escola apoiada por uma visão de esquerda ou uma escola apoiada por uma visão de direita.
E aí o Cravo assume, desde o princípio do seu texto, o reconhecimento do que é uma esquerda e uma direita, ele próprio o afirma.
Não sou a favor de modelos, tenho-o o escrito por diversas vezes e, particularmente, na troca de argumentos com o Miguel Pinto. Sou a favor de existirem, local e contextualizadamente, condições para que se possa definir uma labuta. E aí sou de esquerda. Por princípios políticos, mas também por questões partidárias. Sem receios. Ainda não os tenho.