quarta-feira, janeiro 7

da cidadania

A escola pública portuguesa deve ser um dos suportes basilares da formação de uma consciência de cidadania e da construção da democracia participativa. Isto fica bem e bonito, particularmente quando escrito e melhor soa quando se diz em voz alta. Geralmente todos concordam e acenam afirmativamente com a cabeça.
Acabei há pouco de redigir um texto que consiste num projecto de intenções para a "minha" escola que tem como pressuposto esta mesma consideração, a da escola ser uma espaço de exercício da cidadania.
Não há espaço nem tempo para as actividades extracurriculares da escola, uma vez que todas as acções desenvolvidas em contexto educativo, portanto também fora da escola, são curriculares e concorrem para um dado currículo, expresso ou oculto, de momento não interessa. Esta afirmação, ou a ideia que se lhe encontra subjacente, não é minha, não recordo quem a proferiu ou escreveu, mas concordo inteiramente com ela.
Parte-se de um dado problema, de um contexto específico que se procura contrariar, uma situação mais indelicada, diria eu, em o que pretende desenvolver mais não é que uma sensibilização para outros papeis que a escola tem e assume mas que habitualmente não são nem os mais valorizados nem os mais vistos.
A ver vamos como correrá, primeiro, a sua assunção pela escola, coisa que não se afigura muito pacífica neste momento, depois como será a receptividade dos alunos para acções fora do tradicional da escola mas que se afiguram como determinantes na e para a sua formação.