Dores de crescimento
Pelo zaping que faço pelos blogues imperdíveis, definitivos e aleatórios, dou, nesta altura, com duas situações.
Primeira, um quase desaparecimento dos mais antigos, aqueles que lançaram ideias, provocações, solicitações e que foram, para o bem e para o mal, algo responsáveis pelo despontar desta ideia. Dentro deste desaparecimento é também de referenciar alguma reconversão, nomeadamente para plataformas nacionais (para o Sapo, predominante neste momento), com novas funcionalidades, novos desafios.
A segunda situação encontrada diz respeito a dois momentos diferenciados. Na área da educação o aparecimento de áreas mais específicas - como foram o caso do projecto educativo, da escola cultural, das tecnologias da informação, disciplinar, entre outras - (ganha-se em face do pormenor e do nível de contextualização, da ideia, perde-se pela capacidade de discussão, uma vez que o tema é demasiadamente restrito, fechado, para ser passível de uma conversa aberta, de troca de ideias e de opiniões). A segunda circunstância refere-se ao nível das conversas, particularmente evidente nesta plataforma nacional onde os comentários apelativos ao voeurismo são evidentes. É, pode-se dizer, uma estratégia, é certo, mas perde-se pela capacidade de discussão, parece que as pessoas estão mais interessadas em falar sozinhas, não importando do que falam ou se as ouvem e, muito menos, em obter qualquer tipo de feedback.
Faz parte do crescimento é certo, mas precisamos de alargar horizontes. Esta área é também uma constatação com a qual me tenho confrontado. Mesmo perante pessoas que utilizam quotidiana e regulamente a Net os blogues passam ao lado da generalidade das pessoas. Por desconhecimento? desinteresse?, fastio pela pulverização de ideias e blogues?. Dores de crescimento, provavelmente.
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