terça-feira, novembro 11

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Tenho estado ausente/presente. Sinto vontade de escrever e expor algumas ideias, trocar outras. Não tenho conseguido. Reconheço o meu cansaço quando, ao longe, o começo a ver.

O Luís respondeu-me, a primeira sensação foi de pensar que vozes de burro, a minha, chegam longe. A segunda foi a de considerar que, real e efectivamente, este é um espaço de discussão, de partilha. Faz-me lembrar, de algum modo, os meu primeiro devaneios com computadores, onde cada um ensinava, trocava as poucas ideias que detinha com o parceiro, com outro igual a si. Este espaço não é de parelelismos nem, muito menos, de igualdades.

Mas nele podemos construir ideias, apresentar impressões, descobrir caminhos e alternativas.

É isto que eu gosto. É isto que me tem obrigado, para além do meu cansaço, a vir aqui, a este mesmo espaço, periodicamente, regularmente, escrever, expor-me a mim e a um conjunto de ideias que procuro.

As da educação são claramente um desses mundos. Entre o global e o local - este famigerado glocal - a educação constrói-se e constroi mundovidências, define sinais de nós e determina sinais outros, marca territórios e sucumbe perante territórios.

Não ponho em causa a clarividência da descentração para a análise daquilo que pode ser central. o que me preocupa (??) é mais a construção das não territorialidades, não especificamente educativas, mas que na escola se degladeiam.

Não territórios educativos, escolares, profissionais. Não conheço a raiz do texto, mas atiro, à minha própria consideração, questões como onde colocar a profissionalidade, por exemplo docente, na construção de novos territórios profissionais. Sei que são determinantes na reconstrução de percursos individuais, que esta mundovidências são condicionantes do nosso olhar e do olhar perante o outro, mas como é que, do ponto de vista colectivo, de um dado grupo profissional, se constroiem não territórios, como se determinam eles, em face de que?, perante quem, o que, do como.

Provavelmente não saberei colocar a minha questão, levantar os meus problemas. Peço ajuda e colaboração a todos aqueles que comigam possam partilhar a descoberta da curiosidade da profissão docente.

Um abraço.
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