sexta-feira, agosto 26

triste

Tenho, como consta na referência pessoal que se encontra ao lado, vários cães. Ontem morreu-me um deles. Um cão grande, preto, traçado entre o labrador e o rafeiro, pés e mãos grandes, enormes, um olhar terno, amoroso, um andar desengonçado que parecia não aguentar o peso ou a vontade, tanta, de brincar.
Fiquei triste. Gostava do cão, esforçamo-nos para lhe prestar os cuidados necessários que permitissem ultrapassar as dificuldades. Não resistiu e morreu.
Sempre que me abeirava do computador e pensava escrever sentia-me, como me sinto, condicionado por esta ideia, a da morte. Mas também a da relação que os meus filhos estabeleceram com ela. Entre a tristeza, o sentimento algo difuso de perda, e a indiferença, não perceptível se porque se trata de um animal se como defesa de sentimentos e da perda.
De quando em vez pergunto-me como será a sua relação com a more de alguém próximo, um dos avós, ou de pessoas próximas.
Serão os mesmos sentimentos que perdurarão?