sábado, maio 7

boys and job

Ainda pensei se seria conveniente dar ouvidos a algumas vozes que, por uma qualquer razão, se escondem atrás do muro, atiram a pedra e assobiam para o lado como se não fosse nada com elas.
O anonimato, no espaço da blogosfera, é isso que me parece.
Mas enfim, porque reconheço que há que dar atenção a quem dela precisa duas notas sobre um texto que mereceu diferentes comentários, provavelmente pertinentes, sobre boys e jobs.
Sou um boy, assumido. Sou militante do PS, com prazer e orgulho de pertencer a um partido que é um dos alicerces da democracia portuguesa e um dos construtores do país que temos, é certo, mas também que queremos.
Como ali se refere, sou professor dos ensinos básico e secundário. Gosto de ser, gosto da minha profissão. Foi isso que me trouxe para a blogosfera é isso que faz com que queira compreender e perceber melhor os mecanismos de funcionamento da minha sociedade, do meu país (deixo propositadamente de lado os adjectivos, que agradeço).
Sempre que me perguntaram se queria dar o meu contributo disse que sim, foi assim no centro de área educativa do alentejo central, no PROALENTEJO ou na delegação distrital da protecção civil.
Tomei, tomo e tomarei posição, assumo o meu partido, dou a minha opinião sobre o que é estar na vida e na política.
Se ganhei algo, e não tenho dúvidas que ganhei, foi amigos (alguns inimigos também), conhecimentos, experiência, conheci melhor o que é esta administração, o que são e como são os pequenos nadas que persistem no quotidiano nacional (e regional) a obstaculizar o seu funcionamento, a causar entropias, desajustes.
Persiste hoje, como então, o meu interesse em promover as ideias de um país mais livre e democrático, onde não haja receios de defender ideias, tomar posições, defender opiniões. Sei, na pele, o que isso significa. Não abandonei essa defesa nem esses interesses. É isso que me move, é isso que me interessa.
Com a vida, na política, na escola ou com os amigos, tenho uma relação que designo de merceeiro, entre balanços permanentes de um deve e de um haver, em que apenas peço que o final, no acerto de contas, seja zero, nada deva à vida, aos interesses que defendi, às ideias que perfilho, ou à política em que milito. Que ela nada me deva, nem me sinta devedor. Ficarei, como estou hoje, de consciência tranquila.
Sou um boy assumido, com prazer e orgulho. Não procuro um job, já o tenho.