terça-feira, maio 3

apresentação

Após a apresentação de um dos lados da contenda é a vez daqueles que apoio dizerem de sua justiça. No próximo fim-de-semana é a vez de José Ernesto e Capoulas Santos apresentaram os seus argumentos.
Como não vou em cantilenas e choradinhos de um qualquer antigamente (vão dizer que já não penso pela minha cabecinha), como considero que nem tudo é mau ou errado, apresento, pessoalmente, três argumentos à continuação:
por que Évora está diferente - nem apresento ideias se para melhor (certamente alguns concordarão que sim) se para pior (certamente que outros tantos concordarão). O que considero deveras importante é apenas e somente este termo, este adjectivo - diferente. Depois de um quarto de século de monolitismo, de afirmação ideológica da cidade ao serviço de um partido é tempo de Évora se apresentar diferente. As pessoas sentem-no, expressam-no na apropriação que fazem de espaços e situações, contextos e ambientes.
porque ainda há muito para fazer, o que seria inevitável no final de um primeiro mandato onde houve que reorganizar serviços e funções, onde houve necessidade de conhecer cantos e recantos e descobrir alguns dos desencantos de uma governação local. Após este primeiro mandato onde nem tudo foi possível e muito é desajado, tal as expectativas depositadas na mudança, há que abalançar para outros voos com outros conhecimentos, com um outro comprometimento (político, é certo, mas também comunitário e social), finalmente,
é tempo de afirmação, político, antes de mais nada. Isto é, há que deixar para trás confrontos pessoais e saber afirmar políticas, quer da posição de governação, quer muito particularmente de uma oposição que se debate com fantasmas no sótão e esqueletos no armário. Há que devolver à cidade o seu espírito de participção e construção cívica e política que a marcou durante séculos, que entorpeceu em face do predomínio ideológico. Hoje e no futuro, há que reiterar a pluralidade e a diversidade (social, cultural, regional, ...) de uma cidade perante a sua região, salvaguardando a unidade (que não unicidade) e a coerência de um projecto, de uma ideia de cidade, de qual o seu papel no contexto regional e nacional.
Por isto mas não só por isto, estarei ao lado de Zé Ernesto e Capoulas Santos.

2 Comments:

At 11:50 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Um Presidente capaz destas afirmações só tem é que continuar.
Excerto de um texto da autoria da câmara municipal de Évora a propósito do lançamento do livro "Queridas Feras":

José Ernesto d’ Oliveira sublinhou ainda a importância de Évora nos mais diversos domínios, nomeadamente artístico e cultural, ao longo dos tempos, lamentando apenas que na última parte do século XX se tenha gerado “alguma elite cultural em torno de determinadas opções ideológicas” que “levou a alguma pretensa exclusividade da capacidade não só de produzir com qualidade como de produzir produtos que, agradando-lhe a eles, teriam de agradar a todos”.

Isto, explicou o autarca, “levou a que algumas produções fossem promovidas a produtos de qualidade e outras, feitas com trabalho, dedicação, competência e arte, fossem relegadas para um plano de segunda importância e infelizmente, para o País e para a nossa cultura a telenovela caiu nesses produtos de segunda”.

Uma atitude de “arrogância intelectual a todos os tipos deplorável e execrável”, segundo José Ernesto d’ Oliveira, que a sua gestão procurou alterar e cuja mudança já está a dar frutos, sendo a telenovela um exemplo disso.

o texto integral pode ser lido no sítio da câmara municipal de Évora em:
http://www.cm-evora.pt/Noticias/results_not_anteriores2.asp?mnuRow=378&mnuRel=Cultura

 
At 11:21 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Como na religião, também a fé não necessita de argumentos e justificações: ou temos fé ou não.
O Manuel Cabeça, neste texto, assume-se como um homem de fé, totalmente desinteressado, logo está ao lado do Zé Ernesto e Capoulas Santos, porque Évora está diferente.
Sem dúvida uma argumentação brilhante e inquestionável.

 

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