domingo, fevereiro 20

Mudança. Não sei se terá sido coincidência ou não, não sei se houve um qualquer propósito que um qualquer psi possa explicar, sei é que este fim-de-semana dei início à mudança de casa.
Processo longo, lento, saturado, onde se revêm ideias, se recordam momentos, se redescobrem lembranças, se reencontram imagens, formas e feitios de tempos que já passaram.
E comecei por este meu espaço, que, por ter sido no Verão, deu origen a estas crónicas e chamei de deserto. Agora sim, parece um deserto. Estantes vazias, apenas marcas do que lá esteve, pontos de ideias, apenas impressões disto ou daquilo. Espaço de sobra agora, quando antes me faltava.
Não sei, não faço a menor ideia quando irá terminar esta fase de mudança, em que estou apenas em trânsito, entre um ponto e outro e não estou em lugar nenhum. Agora preciso de um livro, lembro-me de algo que me apetece folhear e que já não está ao alcance, não está, de momento, disponível.
Como todos e como sempre, esperamos que a mudança seja para melhor. Ou, pelo menos, que valha a pena. Por mim seu e reconheço antecipadamente que vale a pena.