sexta-feira, fevereiro 11

das eleições - nota 2 - dos protagonistas. O muito que se joga nestas eleições, e é consensual que muito do nosso futuro colectivo está em jogo, quer pela capacidade de sairmos do buraco e definirmos um rumo, quer pela assunção de novos protagonistas e de uma outra geração chegar ao poder, não passa nem pelo interior, nem pelo homem comum, ao contrário do que disse ontem Augustina.
Com muita pena minha e por responsabilidade quase que exclusiva de um pequeno país, reduzido à tabloidização televisiva, as pessoas, a pessoa comum apenas se interessa pelos cabeças de lista nacionais, seja ele qual for. Procura-se a companhia e a presença dos lideres partidários, é este que se procurar ouvir, é este que serve de mote ao debate, na taberna, na mercearia, no banco do jardim ou enquanto se espera. É sobre o líder partidário que se jogam comentários, apostas e se desenham futuros.
Em termos distritais apesar de uma ou outra referência nacional, o interesse é reduzido, a assunção de que pouco podem ou pouco farão é assumida pela generalidade das pessoas.
Seja pela incapacidade de penetração no mercado de tablóides, seja por falta de claros e assumidos protagonistas, as regiões ficam para trás nesta discussão e sinto que uma vez mais, o futuro se discutirá e definirá no Terreiro do Paço.
Junta-se a isto a clara desvalorização do PSD e do CDS/PP, o primeiro pela paraquedista, pelo medo em assumir protagonistas locais, novos actores políticos, esfrangalhdo que está mesmo no distrito, o segundo apresenta uma candidata apenas para não perder por falta de comparência e não magoar muito o seu parceiro de coligação, colaborando com ele na tentativa de segurar o seu deputado (o que tenho dúvidas). Não chega o PS, com Carlos Zorrinho, nem o PC com Abílio Fernandes. São dois elementos fundamentais, duas mais valias próprias mas que carecem de apoio, de outros elementos de suporte e de destaque.
Apesar de 4 estabelecimentos universitários, apesar de todo um conjunto de organismo com quadros técnicos superiores, a região Alentejo, pelo menos esta que conheço, passa ao lado de questões de afirmação, faltam protagonistas, faltam actores que assumam o seu papel, perante o qual nos possamos reconhecer e referenciar. Para o bom e para o mau.