quinta-feira, fevereiro 10

crónica de surpresa. Tenho que reconhecer e assumir alguma surpresa. Apesar de ainda cedo, de ainda faltarem 10 dias para as eleições, esperava mais participação da blogosfera nestas eleições. Tenho que reconhecer que esperava mais animação, mais debate, maior troca de ideias, um outro palco de confronto de ideias. Não falo nem me refiro ao contexto nacional, pois a esse nível há profissionais e máquinas que fazem quase tudo. Refiro-me ao contexto distrital, da blogosfera eborense, ou mesmo regional.
Espero que seja a eu que esteja a falhar por não encontrar primeiro e antes de mais nada espaços político-partidários, depois outros espaços, de independentes com dependência política, autores ou pretensos fazedores de opinião local ou regional a discutir esta ideias, as propostas que se apresentam.
À parte um ou outro ponto de encontro, como este do
PS, assumidamente distrital, este do CDS/PP, mais regionalista [mas não foram contra as regiões?], não se vislumbra uma discussão merecedora de referência [repito, espero que o erro seja meu, por ainda não ter referenciado esses espaços].
Obviamente que há contributos, uns mais habituais como é caso do
Sexo dos Anjos, apesar das minhas discordâncias, mais ideológicas que formais, outros mais pontuais, como o História e Política(s), ou ainda um que descola-não-descola mas que teve a ousadia de afirmar a sua posição, caso do VivaZ, outros que sem se assumirem discutem tudo e não fazem nada, típico de uma República das Bananas, e... e pronto.
Mantém-se a discussão em torno do pequeno problema, do problemazinho, circunscrito ao umbigo, bonito, redondinho como se estas eleições não fossem determinantes para tudo o que se segue, nomeadamente autárquicas, políticas locais, desenvolvimento local e regional, protagonistas e actores, papeis principais e figurantes. Lógicas estruturantes ou de consolidação, de permanência ou de afirmação.
Posso estar enganado, espero estar enganado e esta blogosfera não retracte a massa crítica alentejana, não seja um reflexo daquilo que somos, que haja mais gente, mais ideias, que a discussão se passe noutros locais, mas aconteça.
Faço votos para que esta região, com quatro estabelecimentos de ensino superior, mais de 100 escolas secundárias, quadros políticos e administrativos, uma forte tradição de cultura e uma idiossincrasia local tenha, de forma efectiva, capacidade para fazer ouvir a sua voz.

Caso contrário estamos tramados.