sexta-feira, fevereiro 18

a minha campanha. Quase que terminada a campanha eleitoral, pelo menos a oficial, um ponto de situação antes de Domingo, esse mítico dia transformado antecipadamente em momento charneira, de reviravolta, de mudança, de transmutação.
Não sabemos, eu pelo menos, para onde se irá, qual o rumo a tomar, qual o(s) possívei(s) sentidos. Sei que quase que garantidamente muito irá mudar, espero, enquanto socialista, que para melhor. Se o será apenas o futuro o dirá.
Mas este ponto de situação reflecte essencialmente duas circunstâncias.
Uma de clara e manifesta surpresa. Ainda me cruzei com pessoas que olha a esquerda como se esta fosse um papão, depois dela nada mais houvesse ou fosse possível. Ainda há pessoas para as quais a democracia tem apenas um e único sentido, um e quase que exclusivo conjunto de protagonistas. Ainda há pessoas que acreditam solenemente que este país tem um donos e que todos os restantes apenas servem para obedecer. Estão erradas. Estão enganadas. Mas, mais do que o dizer ou afirmar, há que o demonstrar. Por um lado que alternativas e sentidos há muitos, olhares e vontades ainda mais. Por outro, que ninguém é dono de ninguém e que a vontade de muitos se deve sobrepor aos interesses de poucos. Isto é a democracia e, neste nosso país tem trinta anos, idade suficiente para casar, ganhar independência, pensar em deixar rasto, criar História, com H grande.
Segundo elemento de referência. Tudo o que se decidir Domingo irá ter, para o bom e para o mau, no melhor e no pior, consequências directas nas autárquicas, nos confrontos eleitorais e políticos que se seguirão. Este é apenas um momento. Estou certo que determinante. Mas não mais que um momento. Apreciemo-lo, saibamo-lo disfrutar.