domingo, outubro 3

tremores

na sequência do congresso do PS e da assunção da liderença por José Socrates, é engraçado, digo eu, ver algumas tremeduras, alguns tiques de nervoso, talvez e ainda só miudinho. Mas os comentários e os comentadores, alguns blogues e alguns blogueadores fazem sentir, no meio das entrelinhas, naquele espaço entre uma e outra palavra, sinais de alguma incomodidade, de algum não conforto ao qual estavam já adaptados.
Quer na liderança, perdendo tempo e oportunidades a discutir formas em vez de conteúdos, qual atrevimento de inovar, de fazer diferente, de copiar outros exemplos, quer nos nomes, nas figuras que se aproximam desta nova janela de oportunidades. É ve-los a animar as hostes, a sacudir fantasmas, a abanar armários.
Mais engraçado será ver qual a dinâmica que se irá criar, que se irá manter. Os tempos vão ser de disputa - eleições nas ilhas, orçamento de estado, opções do plano, novo ano e eleições autárquicas, logo seguidas de presidenciais para apenas avagar nas legislativas.
Das duas três ou morremos antes de lá chegar, extenuados, rebentados de tanta dinâmica de tanta acção ou, pelo contrário, adormecemos ao som de conversas, desligamos pela saturação de ser mais do mesmo. A ver vamos.