quinta-feira, março 11

da escola

Regressemos, uma vez mais, para variar, à escola.
Fui confratado, há dias, com uma visita de estudo de uma das minhas turmas. Procurei inquirir da razão e venho a descobrir, na minha pasta da turma, as razões da dita cuja visita.
Insere-se no seu projecto curricular de turma, dinamizado pela docente de Educação Física e, em princípio, pela Directora de Turma tendo como tema os Jogos Olímpicos. Digo em principio uma vez que pouco sei do desenvolvimento desta iniciativa.
No papel que encontrei deparei com o meu nome e com a minha disciplina como um dos núcleos do projecto, a calendarização de algumas acções, alguns objectivos e uma metodologia de trabalho.
Estou certo, de acordo com o que li, que alguns resultados se irão apresentar, que irá ser feita uma avaliação, pelo menos na perspectiva dos alunos, assim o espero, positiva e de sucesso.
Estou também certo que isto não é trabalho de equipa e muito menos de um conselho de turma.
Quanto muito é trabalho de um docente, ou dois, ou três, ou quatro. Mas não é e para utilizar uma expressão que aprendi com um velho colega de educação física, não é jogar futebol. É jogar à bola, cada um para seu lado, cada qual à sua maneira, em função do que sabe e do que pode.
Resultados conjuntos?, colaboração?, cooperação?, interajuda?, trabalho de equipa? Nada, zero.
Enquanto este estado de coisas não se ultrapassar, enquanto este estado de alma, individual, solitário e não solidário não se ultrapassar tenho sérias dúvidas que esta ou qualquer escola avance. Porque o problema não reside nesta escola, reside na forma de estruturar o trabalho docente em que interessa, a alguns pelo menos, manter o pessoal individualizado para ser mais fácil de abater.