terça-feira, março 9

Tudo igual

Na sequência da conversa de café entre argumentos trocados e outros esgrimidos, há quem defenda que não há diferenças entre um PS e um PSD, que a diferença, agora, reside no apoio do PP. De resto tudo igual.
Será? Será mesmo assim? Não existirão diferenças, quer na governação, quer na gestão dos interesses, quer na imagem perante a opinião pública entre um partido de esquerda e um partido de direita? Será que não se podem determinar diferenças de actuação, nas opções políticas, nas estratégias entre um PS e um PSD? Será que estamos, de novo, no rotativismo novecentista? Ora agora tu, ora agora eu?
Não quero acreditar. Como quero acreditar que o país necessita de uma campanha eleitoral para o parlamento europeu com argumentos e uma atitude europeia, que permita esbater essa sensação de igualdade entre partidos que defendem coisas diferentes, que têm opções diferentes, em que, quem sente a actuação política, são camadas sociais diferentes.
Quero acreditar que a democracia portuguesa vai fazer trinta anos e com eles os fantasmas estão, pelo menos assim o espero, ultrapassados e enterrados.
Não é, assim quero acreditar, não é tudo igual.