quinta-feira, janeiro 1

Novo Ano

Este é o primeiro dia do resto das nossas vidas, assim diria o poeta cantor. E a vida continua. Velha, velhinha, como todos os dias. As mesmas desventuras, as mesmas aventuras. Não fiz desejos de mudar grande ou pequena coisa. Mais do mesmo, apenas paciência e que a idade me atribua o bom senso que o passar dos anos deveriam conceber às pessoas.
Terminamos a semana, começamos um novo ano. Os desafios são os mesmos de sempre. Apoiar a criação de uma escola à dimensão dos sonhos, das necessidades e das utopias de cada um.
É, assumo isso, um desafio. Daqueles em que gosto de me envolver. Um desafio com todo o ingrediente de utopia. Provavelmente sentir-me-ei assustado quando tiver de colocar em prática esta utopia, este desafio. Mas não desistirei, por este meio e em todos os pequenos e grandes espaços, de pregar no meu deserto, à procura de ideias, de companhia, que vai crescendo à medida que as linhas aumentam, de gente boa, que há muita, de vontades e utopias, em que também há alguns, de práticas que possamos partilhar, em que as escolas se manifestam.
Este é um espaço privilegiado de partilha de opinião, de comentar ideias e um quotidiano, é um espaço de pequenas estórias com alguma história.
Neste espaço, estas minhas crónicas da escola, apenas procurarei acentuar um ou dois aspectos.
Em primeiro lugar, reforçar a concepção de uma ideia de escola. Assente na partilha, na participação, na conjugação de esforços, na negociação de futuros.
Em segundo lugar, por aqui procurarei deixar expressas as vontades e as ideias de uma cultura de colaboração. Juntos conseguiremos mais, melhor e mais facilmente do que, isolada e individualmente, andarmos a pregar no deserto.
Não pretendo nem inventar a roda, nem voltar a dominar o fogo. Apenas acentuar o que de bom existe em todas as escolas, na minha escola, em todos os quotidianos, no meu quotidiano, nas companhias que temos, na delicadeza dos pormenores, na insignificância de um sorriso, na abertura de uma ideia, na tolerância de um novo ano.
Outra vez, um BOM ANO 2004.
São estes os meus votos para este espaço dedicado, integralmente, à escola. E este será, assim o espero, um reforço que procurarei fazer este ano. Até que os dedos me doam e o tempo e a minha vontade o permita.