da emoção
No final das reuniões de avaliação, uma colega com quem partilho mais ideias e preocupações diz-me que, apesar do minha capacidade de análise do real, das situações ali vividas, da capacidade de antecipar atitudes e comportamentos, revelo uma grande incapacidade estratégica. Não defino uma acção estratégica, reajo com base na emoção e não crio um sentido, não defino um objectivo racional e orientado, talvez para a tomada do poder, para a supremacia de uma ideia ou de uma opinião.
É verdade, sempre assim fui. Emotivo, desbocado, radical na análise e no meu próprio comportamento. Apesar de entender o mundo e a escola como um palco estratégico onde se debatem e digladiam interesses e se jogam objectivos (ou será o inverso?) procuro o meu lado mais emotivo, mais emocional. Não procuro, com isto, o poder nem a afirmação peremptória de uma qualquer forma ou modo de superioridade. Apenas considero que a emoção é a minha razão. Dou azo, espaço e razão à emoção. Ainda que a considere não como um lado sentimental, apenas como um dos lados da razão.
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