Desafio
Tenho que assumir que, em resultado do desafio ou, preferencialmente, da polémica que o Miniscente procura desencadear, um sacudir temperamentos, ideias e opiniões, um claro agitar de águas, apresento (alguma) vantagem em relação àqueles que já o comentaram e aceitaram.
A pergunta é provocadora e, numa primeira instância, levar-nos-ia a concordar, a aceitar o carácter pretensamente "redentor", simples, da imagem.
Quando muitas vezes afirmamos, algo convencidos da nossa certeza, que uma imagem vale mais que mil palavras. Mas provocar é bonito, pensar é-o ainda mais.
Tenho que admitir que, em alguns pormenores, a televisão é o mediador entre a minha pessoa e o mundo. É ela que me traz o movimento das imagens, o som das palavras e, por vezes, a cor dos sentimentos. É também ela que me indica posições, ajuda a construir uma opinião. Mas é também ela que induz a confundir opinião pública com a opinião visionada, confunde, propositadamente (?), a árvore com a floresta. Me encanta e engana. Como afirma o Mário Filipe "ela também pode contribuir e muito para difundir visões não conformistas da sociedade".
Provavelmente estaremos a valorizar o objecto em detrimento do sujeito e, nesta perspectiva, há que recentrar a questão, atribuir o lugar preponderante ao sujeito e questionar sobre o que pretendemos da televisão, o que queremos ela seja e transmita, qual o seu contributo na formação de uma opinião crítica ou no embaraço da ignorância?
Fiquemos-nos por aqui e aguardemos por outros desenvolvimentos.
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