sábado, dezembro 13

A escola única

No zaping que efectuo pelos diferentes blogs, numa perspectiva de me manter a par dos acontecimentos e das ideias, encontrei esta afirmação lapidar e laminar na página do real colégio: A escola única é injusta para todos.
Frase com a qual concordo em absoluto mas sempre que afirmada numa escola e perante muito docentes, toma aspectos de acintosa, provocadora, irreverente.
Já aqui o referi que a nossa sociedade insiste no mito da escola de sucesso, para os melhores e para os mais capazes. Relega os outros, aqueles que não se reconhecem nem revêem na escola para cantos marginais, seja na área da repetência, do absentismo ou do abandono ou, por outro lado, no encaminhamento destes elementos para os cursos dos centros de emprego.
A escola tem de se organizar de modo diferente no sentido de responder e corresponder àquilo que dela se espera é certo, a formação de pessoas, a aquisição de conhecimentos e competências mínimas, a compreensão do mundo que nos rodeia, entre outros aspectos como deve de preparar e habilitar para a integração, para o respeito pela diferença, para a democracia e para a participação, para o pensamento crítico e para todos aqueles que não lhe reconhecem utilidade.
Contudo a questão, nos tempos que correm, é exactamente esta como podemos nós, docentes, discentes, comunidade, pais e encarregados de educação, políticos e outros, organizar a escola para respeitar esta diferença, para combater o mito da escola única, de sucesso e de interesse para tudo e para todos, da mesma maneira e com os mesmos modos.
em tempo de reequacionar mitos e paradigmas é determinante que se comecem a perspectivar pistas de trabalho, hipóteses de ideias, uma vez que em educação não há pronto-a-vestir que resista.