quinta-feira, dezembro 18

da História

Eu sei que tenho andado por fora e que, por isso mesmo, me foi algo difícil acompanhar tudo e todos os processos da e na escola. Mas, em final de período, sou confrontado com uma evidência que me assustou. A disciplina de História tem menos tempos lectivos semanais que as disciplinas de Educação Física ou que as Línguas Estrangeiras.
Perante este cenário não se culpabilizem os docentes de História se, um dia mais tarde, estes alunos perguntarem quem foi Oliveira Salazar, o que é que aconteceu no nosso país em 1974, isto para já não falar na capacidade de manusear, tratar e organizar informação.
É uma questão de valorizações e, nos últimos tempos, temos andado muito preocupados com a atitude científica dos nossos alunos, como se a História, entre outras, não fosse uma ciência. Como se esta disciplina apenas olhasse para o passado. Quem assim pensa desconhece o papel que pode ter na utilização das tecnologias da informação e da comunicação, no manusear informação, na capacidade de transformar esta informação em conhecimento.
É esta confusão, entre o papel das disciplinas a valorização do currículo, a diferença entre saberes e competências, que tem feito e obrigado a escola a ser um mundo de estabilidade quando devia ser de mudança.