quarta-feira, agosto 31

obviamente

sabemos que a escola reflete, de algum modo, a sua sociedade. Não direi que é um espelho, mas serve para nos admirarmos, sentirmos e exigirmos.
Aqui, na área da administração pública em que presentemente me encontro, encontrei a mesma surpresa que na escola, nomeadamente quando digo às pessoas que definam o seu percurso, que solicitem o meu apoio na construção de um percurso marcadamente individual mas feito no colectivo.
Não sei se me faço entender. Não digo aos outros o que têm ou o que devem fazer (na mesma medida em que digo que não dou aulas). Procuro com eles construir um percurso de trabalho, e nele definir um sentido ao que se faz, sentido individual mas integrado no colectivo, quer pelas claras interpenetrações organizacionais, quer pelas inter-relações pessoais e sociais que se estabelecem.
Mas vejo, sinto a surpresa dessas margens de liberdade, da descoberta da planície, da abertura dos horizontes.
Obviamente que um chefe, tal como um professor, não é assim que habitualmente age. O chefe como o professor estão, social e esteriotipadamente, definidos. Gosto de contrariar essa ideia.
obviamente.