segunda-feira, janeiro 19

da construção

Mais que procurar a inevitabilidade do entendimento, procuro, neste momento, um sentido ao meu próprio trabalho. Reconheço-me na insatisfação dos momentos, redescubro-me na redefinição dos sistemas. Mas preciso, neste momento, de algo mais. O prazer da blogosfera, em face da construção de uma ideia de escola ou da reconfiguração de um sistema, pode ser e é, pelo menos para mim, interessante e aliciante. Mas preciso de enfrentar o quotidiano, defender uma posição em que nada digo e nada faço.
A hipocrisia dos governos tem feito com que nos alheemos do debate, da participação, da reconstrução de uma dada identidade profissional. Reside aí, em grande parte, a defesa de uma escola e do lugar central do aluno.
A principal ideia a retirar, mais do que um posicionamento numa qualquer pirâmide social ou ideológica, é a da necessidade do reforço de todos os mecanismos de participação, autonomia e liberdade. O que fica expresso nestes e noutros blogues, que têm a escola ou a educação como tema central ou qualquer outro tema, é a participação, o debate das ideias, a troca de opiniões.
Este permanente refazer de ideias e de pensamentos tem provocado em mim um constante crescer. Cresço em mim, há medida que conheço mais os outros. E isto é, para mim o mais importante. Como é trazer mais gente ao debate, envolver o maior número de pessoas a partir de uma lógica de rede. Assegurar a participação, recusar a indiferença, este é o nosso desafio, da blogosfera e de quem nela participa.