sexta-feira, outubro 15

a rodar

Em face da sogra estar internada num hospital s.a. (Stª. Marta) permite-me olhar para esta realidade da qual apenas tenho referência via comunicação social e pouco mais.
Tenho, o que me favorece, um ponto de comparação, quando o meu pai ali esteve à pouco mais de 4/5 anos, no mesmo serviço e pelas mesmas razões.
Primeira constatação, é sempre a rodar, é a despachar, é a andar. Desde a unidade de cuidados intensivos à enfermaria, passando pela unidade de cuidados intermédios, o doente está o tempo estritamente necessário. Parece uma mesa de esplanada onde se é obrigado a circular, onde o tempo morto é uma perda de tempo. Não significa que existam menos ou menores cuidados, apenas não existe um conhecimento do doente para além dos parâmetros de normalidade da situação. Encaixado o doente dentro desses parâmetros, vá de circular, vá de rodar.
Segunda constação/observação refere-se à imagem. A imagem é um dos pontos de referência desta nova forma organizacional. Tudo, mas mesmo tudo, impecavelmente limpo, encerado, com lustro. Desde os corredores de entrada às enfermarias ou a qualquer outra unidade está tudo um brinquinho. Espero que com a esfregona não se disfarcem outras situações e resistam ao teste do algodão.
Os cuidados? para já com a atenção e oesclarecimento necessário a todas as partes com a ressalva que, a partir da mudança do doente, uma equipa cessa responsabilidades e outra a assume, não há uma responsabilidade global.