terça-feira, outubro 12

olhares

Eu sei que os nossos sentimentos, as ideias que partilhamos, as opiniões que defendemos condicionam o nosso olhar. A tudo isto acrescem a experiência e a formação pelo qual passámos, as influências que sentimos.
Não consigo ser neutro nem independente. Mas estou certo que em tudo aquilo que o senhor primeiro-ministro disse que fez existirão coisas que, por outros, são olhadas com rigor, enaltecimento e louvor.
A minha grande preocupação refere-se ao impacto e aos sujeitos daquele conjunto de medidas, das valorizações que são feitas, do estado que cada um sente depois da influência do Estado.
E aí são sempre os mesmos a pagar.
Fico, por outro lado, seriamente admirado quando vejo tantas promessas, um rigor tão formal e exagerado na tentativa de comunicar com o país, efectuar uma outra leitura dos mesmos factos. Os mais importantes comentários que hoje ouvi vieram de pessoas simples, do povo, quando comentavam se somos parvos, se continuam a pensar que vamos na cantiga do ceguinho, que caimos na primeira promessa de dinheiro fácil, riqueza já. Mas parecia o novo totoloto, seja excêntrico de um dia para o outro. O nosso primeiro ministro parecia um homem sério, de um momento parao outro. Até acreditamos. Nem sequer somos parvos