sábado, novembro 29

Bloguices

É óbvio que ninguém escreve neste espaço da blogosfera para passar despercebido. É óbvio que há muita coisa na blogosfera, tão diversificada quanto os seus actores e autores. Variando entre a boa crónica e a má língua, o assim-assim da imaginação ou da crítica, entre o sufrível e mesmo o medíocre quanto aos alvos que escolhem ou às ideias que não têm. É também óbvio que o mesmo autor escreve com diferentes personalidades, diferentes ritmos e interesses de acordo com a hora do dia, a disposição do dia da semana, ou a altura do mês ou simplesmente o local onde e para quem escreve.
Neste sentido, tenho que concordar com Luís Carmelo relativamente aos comentários do dicionário do diabo.
Na parte que me toca, do desconhecido ao sufrível, apenas procuro discorrer sobre um quotidiano, o meu, um interesse, o meu, fazendo votos para que me sinta acompanhado na imensa solidão da ignorância, certo da "frivolidade do meio bloguístico".
Contudo, procuro não escrever para os amigos e muito menos para a família.
"Por mim, prefiro o acentramento, as assimetrias, a agenda não importada, a delonga não obrigatória, o fluxo das mil lógicas (do lixo à excelência), o suspenso, o debate sem rumo, a crítica aérea e terrena, o encontro mágico, a paródia, o humor e o resto", concordo Luís Carmelo.