quinta-feira, novembro 27

Agora quanto ao resto do mário, faço minhas algumas das suas palavras, quanto à pertinência e ao arrojo da escrita. Quem cala consentirá que apenas esteve de passagem na defesa intransigente dos seus interesses, do seu cantinho e que faltam ideias quanto ao que é ser cidade, quanto ao que pode ser a cidade na e para a sua região.

O mário sabe mais disto de olhos fechados que eu com eles bem escancarados, vai daí percebo que é clara e directa a sua intenção de picar, de chamar a atenção para a necessidade de discussão, do arrojo das ideias, do confronto de opiniões, da participação de todos para a construção de uma cidade.

É pena o silêncio em que se caiu. Nem a dizer mal se conseguiram alimentar.

E esta cidade necessita de pluralismo, de debate, de discussão. Deixada durante tempo de mais na mão do PCP, cristalizou ideologias e, por muito incrível que possa parecer, ideologizou excessivamente comportamentos, moldou atitudes. Não podemos deixar agora que, nas mãos do PS, caia no marasmo, na apatia, no eterno retorno de lado nenhum.

Repare-se na dinâmica imprimida em Borba, Alandroal, Portel, para apenas focar as que estão mais próximas e mais recentes. É fundamental definir e imprimir na cidade qual a ideia de cidade.
Acredito que os edis da cidade a possuam, preciso é de saber qual é, por onde passa, quem envolve, que instrumentos utiliza, que estratégias fomenta, que actores convida.

Discutamos, então, os (não)límites de uma territorialidade cidadina. Haja participantes e estou certo que vamos longe.