quarta-feira, outubro 15

Tenho constatado, nos últimos tempos, uma certa aridez de atitude para com a cidade de Évora. alguma vinda da minha própria pessoa.

Aridez marcada por uma certa dose de desamor, desencanto, despaixão. Por outro lado relfecte-se, em termos práticos, no conhecimento de famílias que perspectivam sair da cidade - Igrejinha, no meu caso, Graça do Divor, Montemor-o-Novo, Aguiar ou Viana do Alentejo, Arraiolos, noutros casos.

O certo é que a continuar assim, certamente que os censos de 2010 se irão ressentir... e com eles alguns protagonistas políticos.

É certo que, e de acordo com o meuponto de vista, os últimos anos de gestão CDU/Abílio foram perfeitamente esgotantes, insalubres, atávicos, desorientadores. Marcaram a cidade, o seu crescimento e a sua imagem. Marca profundamente ideológica, arreigadamente política.

Esta nova gestão, que apoio, ainda não conseguiu encontrar o tom certo para perspectivar novos rumos, novos desafios. Évora não pode continuar a viver de frases feitas, palavras ocas, atitudes moles. Tem que se definir. O que queremos, com quem queremos, para o que queremos, são questões fundamentais para a qual, estou certo, muitos terão algum tipo de resposta. Mas o rumo a definir é o mais importante.

Por mim quero viver numa cidade de média dimensão de características europeias, isto é, até 250 mil habitantes, com vida própria, que apoia o desenvolvimento e não se torna sanguessuga de outros meios.

Como conciliar este crescimento com o património, é desafio para todos nós. Mas não quero admitir que para preservar o património e a imagem da cidade tenhamos que ficar a ver os combóios a passar.